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A reação do governo brasileiro às recentes pressões comerciais de Donald Trump revela mais emoção do que estratégia. É compreensível que medidas que afetam interesses nacionais provoquem indignação — mas não se pode perder de vista que se trata, antes de tudo, de negócios.

A história recente oferece um bom contraste. Diante do mesmo tipo de provocação por parte dos Estados Unidos, a China reagiu com firmeza, mas sem espalhafato. Silenciosa, resiliente e estratégica, respondeu ponto a ponto, sem perder a compostura nem cair na armadilha do confronto verbal. A lição foi clara: não se trata de bravatas, mas de resultados.

O Brasil, por temperamento ou cultura política, tende a reagir de forma imediata. A retórica toma o lugar da diplomacia e, muitas vezes, transforma disputas comerciais em ofensas pessoais. Isso enfraquece nossa posição em qualquer negociação — especialmente quando lidamos com um adversário volátil como Trump.

O ex-presidente norte-americano, cujo estilo é conhecido pela imprevisibilidade e pela truculência, tenta preservar o que resta da hegemonia americana. Seu alvo: o dólar. Sua motivação: o temor de ver os Estados Unidos perderem influência global em um mundo cada vez mais multipolar.

Não por acaso, a sugestão dos BRICS — sob liderança do Brasil — de criar uma moeda alternativa para o comércio internacional foi interpretada como um ataque direto. E Trump respondeu com o que sabe fazer: barulho e ameaça.

Nesse contexto, seria mais inteligente adotar uma postura fria, técnica e bem articulada. Em vez de confrontar de peito aberto, o Brasil deveria agir com discrição e estratégia, como bem resumiu David Li, diretor do Laboratório de Inovação Aberta de Shenzhen:

“Temos mais mil dias de Trump. Uma hora ele vai embora, e outro governo surgirá. Então poderemos negociar.”

A frase sintetiza o que nos falta: visão de longo prazo. Trump é transitório. A diplomacia — e os interesses nacionais — são permanentes.

O mundo tem muito a ganhar com a concorrência justa. E os Estados Unidos também, caso retomem o equilíbrio fiscal, respeitem as regras do comércio global e recuperem a confiança internacional.

Neste momento, o Brasil precisa mais de estratégia do que de retórica. O que está em jogo não é vencer o embate verbal — mas assegurar resultados comerciais consistentes. Em vez de esbravejar, é hora de agir com inteligência, não pisando nos calos do Trump.

[Nota: Texto editado pela  inteligência artificial da OpenAI.]