Nós brasileiros somos  vaidosos do nosso  imenso território. Temos  orgulho do heroísmo do nossos antepassados  pela formação da nossa nação.

Não faltaram  tentativas estrangeiras de abocanhar parte do nosso patrimônio territorial. As  páginas da nossa história as têm em destaque. As mais exemplares  foram:  a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro; dos holandeses do nordeste; e dos paraguaios do Mato Grosso.

Devemos o nosso território à ação heróica dos nossos militares/cidadãos e  da competência dos  nossos  diplomatas. Sem essas ações o mapa do Brasil teria hoje um contorno bem diferente, seria menor.

As nossas Forças Armadas ( FFAA ) e o nosso corpo diplomático têm conosco o compromisso de defesa da soberania conquistada com tanto heroísmo.

Entretanto, a história não se faz só de passado, mas também de futuro. Uma  história bem sucedida  não nos permite baixar a guarda,  mesmo sem antever , no momento, outra ameaça que não seja a internacionalização da Amazonia.

Assunto que surge de quando em vez na imprensa mundial sob o pretexto de defender a sua integridade. A Amazônia é um objeto de cobiça. Devemos cuidar de poder defendê-la, como a de qualquer um dos nossos interesses.

A defesa da nossa soberania exige não dormir sobre os  louros da vitória. Dormir nestes louros, em nosso caso,  seria não investir estrategicamente nas FFAA e na nossa diplomacia.

E é da nossa miopia ( insensatez ) que se pretende tratar neste texto.

A atual diplomacia baseada em uma ideologia ultrapassada, cujos parceiros são a escória mundial: Cuba, Nicaragua, Venezuela, Colombia, Russia e satélites, não nos fortalecerá nos fóruns internacionais. É um risco que corremos.

Sensato é nos alinharmos ideologicamente com aqueles que têm  os mesmos valores sociais,  políticos e econômicos em que se baseiam a nossa cultura e é  da nossa vocação .

Ao contrario de nós, a Argentina se aproxima dos Estados Unidos e Israel, cujo poder é incomparável. Neste caso, já estamos saindo em desvantagem no jogo de poder no tabuleiro de xadrez da geopolítica.

As Forças Armadas de um país, por melhor que sejam, só podem ser eficazes se estiverem baseadas sobre uma economia exuberante.É indispensável  investir em competência profissional e modernização dos armamentos.

Uma economia pobre está para a defesa da soberania nacional como uma estátua com pés de barro.

Foi  a sua impotência econômica que dobrou os joelhos da União Soviética ( URSS),  que não aguentou  a corrida armamentista de Reagan com o desafio da  “ guerra das estrelas” . A economia dela não suportou manter os gastos militares em  40% do PIB da URSS.

Uma guerra é um “brinquedo” caríssimo. Insuportável como descobriu o Reino Unido, que terminou falido e perdeu a hegemonia mundial na segunda guerra mundial. Churchill venceu a guerra, mas perdeu a soberania do Império Britânico. Salvou os dedos, mas perdeu todos os anéis.

A tranquilidade do presente não garante a do futuro. Mesmo que, segundo o testemunho de um amigo militar, o poderio militar do Brasil seja superior a soma da do restante dos nossos vizinhos. Isto não nos permite dormir sobre os louros.

Mantida a atual tendência, em algumas décadas,  a Argentina suplantará a economia brasileira. No esforço de recuperação da economia argentina ( economia  de guerra), Milei só fez uma exceção : mesmo em crise liberou a compra de aviões de guerra. Ele não está descuidando da defesa nacional.

Da mesma forma que as FFAA acompanham ( e o fazem ) os passos das organizações militares vizinhas, deveriam preocupar-se mais com a estagnação econômica do Brasil — estagnada há quarenta anos e com as nossas relações diplomáticas, ambas vitimas de politicas equivocadas.

Sem relações internacionais acima de superados cacoetes ideológicos , sem FFAA modernamente preparadas e sem uma economia pujante, superior a dos nossos vizinhos, a nossa soberania está ameaçada. Podemos ser uma estátua de ouro com pés de barro.