Democracia, o Deus que falhou
06 outubro 2024 às 00h00
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A democracia como regime político existiu na Grécia antiga, mas como uma aristocracia. A república democrática , com voto universal, foi adotada há dois séculos, com a Constituição americana após o fim da colonização inglesa. Até a primeira guerra mundial de 1914 existiam apenas três repúblicas na Europa: França, Suíça e Portugal. Até então predominavam as monarquias.
Até 1914, Ao término da primeira guerra mundial, vencida com a importante participação dos Estados Unidos da América, este o único país a não sair falido na guerra, as monarquias cederam lugar a democracias. Foi o fim do Império Otomano , Austro-húngaro e da queda da monarquia russa. Portanto, exceptuado o histórica da experiência democrática popular nos Estados Unidos, este regime foi exercitado tão somente há um século. O que, como experiência histórica, é uma vida curta, ainda que o comunismo tivesse conseguido comprovar a sua inviabilidade em apenas setenta anos. Isto devido ao fato de que uma experiência que violenta a natureza humana precipita os resultados.
A democracia veio como alternativa à monarquia. O governo, nos primórdios da experiência democrática, custa à nação cinco por cento do produto interno bruto ( PIB)— sendo dois e meio por cento para as despesas com a defesa nacional e o restante para sustentar a máquina governamental. Hoje, o governo dos Estados Unidos apodera-se de quarenta por cento do PIB. Sem isto significar que os princípios da Constituição do país — vida, propriedade e liberdade. estejam melhor assegurados.
Ninguém mata mais americanos do que as suas guerras de conquista; ninguém saqueia mais o direito de propriedade do que os seus impostos e tributos; ninguém restringe mais a liberdade do cidadão americano do que as milhões de leis e regras impostas pelo governo. A democracia , aqui tomada como exemplo por sua temporalidade e importância, está se encaminhando para a obsolescência. Esta é o leit motife do texto do livro : Democracia, o Deus que falhou.
Este livro explica que “a democracia é uma máquina de destruição de riqueza, de desperdício econômico e de empobrecimento; e ele a identifica como uma causa sistemática de corrupção moral e degeneração. Em suma: a democracia é mostrada como uma forma “branda” – e especialmente insidiosa – de comunismo”.
Ao mesmo tempo, este livro apresenta “uma rigorosa defesa da instituição da propriedade privada, demonstrando que ela é uma condição necessária para a paz e a prosperidade duradoura”.
Hans-Hermann Hoppe, autor do Democracia: o Deus que falhou, texto que está disponível a ser baixado gratuitamente no site do Instituto rothbard ( https://rothbardbrasil.com ) ou na Amazon, $67,90, 372 pág. é uma bem fundamentada crítica ao regime democrático. O texto, muito erudito, faz repensar as nossas verdades. Estamos tão impregnados pelas louvações a este regime que perdemos o senso crítico. E o autor, ainda que não se concorde com ele, deve ser ouvido por todos os que aceitam repensar as suas verdades.
Ele tem o que dizer e o faz com competência. Á abandonada monarquia, Hoppe, atribui o mérito de ser um regime em que o monarca absolutista , administra como proprietário privada o seu território, cuidando da sua melhoria e expansão . Já a democracia é administrada como uma propriedade pública, pois os governos são transitórios, só cuidando do imediato desconsiderando a importância das ações de longo prazo.
Deve ser entendido não ser este livro uma defesa da monarquia. Na verdade, é uma defesa ao esvaziamento dos estados – tanto os monárquicos quanto os democráticos – e a sua sucessiva substituição por uma sociedade de leis privadas, por uma“ordem natural”.