A partir de segunda-feira, 1º de setembro, a vacinação contra a Influenza em Goiás será novamente restrita aos grupos prioritários, conforme orientação do Ministério da Saúde. A decisão foi comunicada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) aos municípios goianos por meio de nota técnica divulgada na última terça-feira, 26.

A medida tem como objetivo garantir que os públicos mais vulneráveis, como idosos, crianças e gestantes, tenham acesso às doses disponíveis, especialmente diante da baixa cobertura vacinal registrada até o momento. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 47,43% dos integrantes dos grupos prioritários foram imunizados no país. Em Goiás, esse índice é ainda menor: 44,24%, com destaque negativo para gestantes, cuja cobertura é de apenas 27,1%.

A campanha de vacinação contra a gripe teve início em 1º de abril de 2025, inicialmente voltada aos grupos prioritários. Diante da baixa adesão, a estratégia foi ampliada em 16 de maio para toda a população acima de seis meses de idade, com o intuito de estimular a procura pelos postos de saúde. No entanto, mesmo com a abertura, os índices de vacinação entre os públicos mais vulneráveis permaneceram aquém do esperado.

Com a aproximação do fim do ano e a previsão de chegada das novas doses atualizadas apenas em 2026, o Ministério da Saúde decidiu retomar o foco nos grupos prioritários, garantindo que haja imunizantes suficientes para atender essa parcela da população.

A secretaria também tem incentivado os municípios a adotarem ações de busca ativa, como vacinação em escolas e instituições de longa permanência para idosos, a fim de ampliar a cobertura entre os grupos prioritários. A retomada da exclusividade na vacinação contra a Influenza reforça a importância de proteger os mais vulneráveis e de ampliar a conscientização sobre a imunização como ferramenta essencial de saúde pública.

Quem tem direito

A partir de setembro, a vacina contra a Influenza estará disponível exclusivamente para:

– Crianças de 6 meses a menores de 6 anos

– Idosos

– Gestantes

– Puérperas

– Povos indígenas e quilombolas

– Pessoas em situação de rua

– Trabalhadores da saúde

– Professores do ensino básico e superior

– Profissionais das forças de segurança, salvamento e armadas

– Pessoas com deficiência permanente

– Caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo rodoviário

– Trabalhadores portuários e dos Correios

– População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional

– Adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas

– Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais

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