O abastecimento de veículos, uma atividade cotidiana para milhões de motoristas, pode esconder riscos que passam despercebidos. Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o Tenente Hudson Rodrigues, do Corpo de Bombeiros de Anápolis, destacou, nesta terça-feira, 16, os principais cuidados que devem ser adotados e os erros mais frequentes observados em situações de emergência.

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Tenente Hudson Rodrigues | Foto: Acervo pessoal

Segundo o Tenente, a prevenção começa antes mesmo de o combustível começar a ser bombeado. Ele orienta que o motorista mantenha distância segura das bombas, evite o uso do celular e não manipule objetos que possam gerar faíscas. Outro ponto crítico é a atenção a possíveis vazamentos no veículo, já que o calor do motor aliado ao combustível exposto pode iniciar uma combustão.

O militar explica que, em casos de princípio de incêndio, o comportamento mais comum é o pânico. Muitas pessoas abandonam o local sem tentar agir, o que pode ser correto apenas para quem não sabe utilizar o extintor. No entanto, ele lembra que frentistas geralmente têm treinamento para operar o equipamento e que há extintores disponíveis tanto no veículo quanto próximos às bombas.

O Tenente reforça que o extintor deve ser usado nos primeiros segundos do incêndio, quando ainda é possível controlar as chamas. A técnica correta consiste em direcionar a mangueira para a base do fogo e criar uma névoa com o agente extintor, cobrindo todo o foco das chamas. Enquanto isso, outra pessoa deve acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Caso recente reforça alerta

O tema ganhou ainda mais relevância após um incidente registrado neste fim de semana em um posto de combustíveis no Setor Paraíso, em Anápolis, quando um veículo pegou fogo durante o abastecimento. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram que as chamas começaram na parte dianteira inferior do automóvel.

Funcionários do posto relataram que o fogo teve início enquanto o carro era abastecido e só não se espalhou porque foi rapidamente controlado com extintores. Populares informaram que o veículo, um Volkswagen Gol de quarta geração, havia saído recentemente de uma oficina e apresentava vazamento de combustível, problema que não foi percebido antes do abastecimento.

O carro também permaneceu ligado durante todo o processo, o que aumentou o risco. Duas pessoas estavam dentro do veículo no momento do incidente, mas conseguiram sair sem ferimentos.

O Tenente Hudson destaca que situações como essa ilustram exatamente os perigos que ele menciona: vazamentos não identificados, motor ligado e falta de atenção aos procedimentos básicos de segurança podem transformar um ato simples em um grave acidente.

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