A tarifa de ônibus cobrada na região metropolitana de Goiânia é a mesma há cinco anos. Usuários do transporte coletivo pagam em uma viagem o valor de R$ 4,30 – o mesmo praticado desde 2019. O presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, anunciou no final de 2022 que neste ano também não haverá reajuste da tarifa.

Para manter esse valor, o Governo de Goiás, juntamente com as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo, firmam uma parceria para subsidiar o complemento da passagem. Conforme a lei Complementar 171 de 31 de março de 2022, o Estado e a capital arcam com 41,2% do custo da tarifa atual, enquanto Aparecida e Senador Canedo pagam 9,4% e 8,2%, respectivamente.

Em 2023, a tarifa técnica está calculada em R$ 7,59, o que acarreta um subsídio de R$ 3,29 por bilhete aos cofres públicos. Anualmente, R$ 310,2 milhões são revertidos às concessionárias para custear o complemento do valor das passagens, dos quais R$ 127,8 milhões saem do Tesouro Estadual e de Goiânia cada. Sendo assim, o valor anual é R$ 29,16 milhões para Aparecida de Goiânia e R$ 25,44 mi para Senador Canedo.

Modelos de bilhetes

Neste ano, foi criado o Cartão Família, que permite que até cinco membros de uma mesma família possam usufruir do transporte coletivo aos finais de semana e feriados. A cada viagem, é cobrado o valor de apenas uma passagem, R$ 4,30, no cartão principal. Para os demais membros, a viagem será gratuita.

A adesão ao programa é feita pelo site do Sitpass, onde o responsável deve cadastrar os membros da família que ficarão vinculados ao cartão principal. Podem ser cadastrados membros que a partir de cinco anos de idade.

Antes do Cartão Família, no passado já haviam sido lançados o Bilhete Único, que possibilita ao passageiro pagar uma única viagem e fazer até quatro integrações dentro de um período de 2h30; o Passe Livre do Trabalhador, que permite até oito embarques diários com o mesmo bilhete a qualquer hora do dia e aos finais de semana, e a Meia Tarifa, que oferece passagem de R$ 2,15 para usuários das linhas alimentadoras locais de Senador Canedo, Nerópolis, Trindade, Goianira e Aparecida.

Rede Metropolitana

A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) compõe todas as linhas e serviços de transporte coletivo que servem Goiânia e os 18 municípios integrados.

Além da capital, fazem parte da RMTC: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia (Nova Fátima), Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis e Trindade.

Ao todo, são 51 locais de integração com 21 terminais, 19 estações de conexão e 12 pontos de conexão. Dois corredores segregados para o transporte coletivo, sendo um com 12,9 km de extensão e outro com 15,4 quilômetros. A frota cadastrada para atender a demanda é de 1.321 ônibus.

Segundo a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), o subsídio do Estado cobre as demais cidades que fazem parte da rede e não estão incluídas no complemento da passagem.

Ônibus elétricos

Em fevereiro, a Rede Metropolitana recebeu mais de 20 novos ônibus em Goiânia. Agora, a expectativa é que cerca de 60 novos ônibus elétricos cheguem em julho para o BRT Norte/Sul.

Segundo a Secretaria Geral de Governo (SGG), o edital de locação dos ônibus elétricos que vão atender ao Eixo Anhanguera e suas extensões está em sua fase final de readequações para ser publicado novamente, após receber ponderações e questionamentos feitos pelos players do mercado.

De acordo com o Governo de Goiás, toda frota do transporte coletivo será renovada até 2025.