Rio de Janeiro enterra policiais mortos em megaoperação que deixou 117 suspeitos mortos
30 outubro 2025 às 19h12

COMPARTILHAR
Quatro policiais mortos durante uma das maiores operações de segurança pública do Rio de Janeiro foram sepultados, nesta quinta-feira, 30, em cerimônias marcadas por homenagens e comoção. A ação, realizada nesta terça-feira, 28, nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense, também resultou na morte de 117 suspeitos, segundo balanço oficial.
Entre os agentes mortos estão o sargento Heber Carvalho da Fonseca e o policial militar Cleiton Serafim Gonçalves, ambos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Fonseca foi sepultado no cemitério de Sulacap, na zona oeste do Rio, com o caixão coberto pela bandeira nacional e escoltado por um caminhão do Corpo de Bombeiros. Familiares, colegas de farda e autoridades estiveram presentes para prestar as últimas homenagens.
Pela Polícia Civil, perderam a vida Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, conhecido como “Máskara”, de 51 anos, chefe da 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita), e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, inspetor da 39ª DP (Campo Grande), que havia ingressado na corporação há apenas dois meses.
A operação, que teve como alvo áreas dominadas pela facção Comando Vermelho, foi apresentada pelo governo estadual como uma resposta à crescente atuação do crime organizado na região. De acordo com dados divulgados pelas autoridades, 54 corpos foram encontrados no dia da ação e outros 63 foram localizados por moradores em uma área de mata no Complexo da Penha, na quarta-feira, 29.
Além das mortes, a força-tarefa resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de um arsenal composto por 118 armas, incluindo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver, 14 artefatos explosivos e uma quantidade ainda não especificada de drogas.
Leia também:
Presidente da Amma critica podas da Equatorial: “Eles mutilam as árvores da cidade”
Reforma Tributária pode aumentar o custo do transporte e encarecer o agronegócio, diz especialista
Denúncia do MPRJ expõe rituais de tortura e poder paralelo do Comando Vermelho no Rio
