Brasil e Paraguai destroem mais de 300 hectares de plantações de maconha em nova fase da Operação Nova Aliança
05 novembro 2025 às 17h27

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Em uma ofensiva estratégica contra o narcotráfico na América do Sul, a Polícia Federal do Brasil e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai concluíram a 53ª fase da operação Nova Aliança, com resultados expressivos no combate ao cultivo e distribuição de drogas na fronteira entre os dois países.
Durante duas semanas de ação intensiva, as forças de segurança erradicaram 309 hectares de plantações ilegais de Cannabis sativa em território paraguaio. Além disso, foram destruídas 141 áreas de cultivo, 96 acampamentos utilizados por traficantes, 23 prensas industriais e apreendidos 37.940 kg de maconha picada, 1.532 kg de maconha prensada e 490 kg de sementes.
A operação, encerrada na sexta-feira, 31, contou com o suporte da Força-Tarefa Conjunta do Exército Paraguaio, do Ministério Público do Paraguai e da Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal brasileira. Especialistas dos dois países realizaram coletas e análises de solo e plantas nas áreas erradicadas, com o objetivo de rastrear a origem dos entorpecentes, os insumos utilizados no cultivo e o perfil químico da droga apreendida.
Segundo os peritos envolvidos, os dados obtidos serão fundamentais para aprofundar investigações e desenvolver estratégias mais eficazes de enfrentamento ao tráfico internacional. A análise técnico-científica permitirá identificar padrões de produção e rotas de distribuição, fortalecendo o trabalho de inteligência das autoridades.
Somente em 2025, já foram realizadas seis fases da operação Nova Aliança, que resultaram na destruição recorde de 5.464 toneladas de maconha, cultivadas em cerca de 1.700 hectares. Desde o início da iniciativa, em 2012, mais de 14.000 hectares de plantações ilegais foram erradicados e mais de 45.000 toneladas da droga foram inutilizadas, com o ano atual sendo o mais produtivo da série histórica.
Fontes da Polícia Federal afirmam que a ação direta nas áreas de cultivo representa um golpe significativo contra o crime organizado, impedindo que grandes quantidades de entorpecentes cheguem às capitais brasileiras e a regiões dominadas por facções criminosas. A estratégia de atacar a produção na origem tem se mostrado eficaz para reduzir a oferta de drogas no mercado interno.
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