A reconstrução da ponte na BR‑226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), entrou em um dos momentos mais aguardados desde o início das obras. Vídeos divulgados nas redes sociais nesta segunda‑feira, 15, mostram caminhões carregados atravessando a nova estrutura, em testes de carga que antecedem a liberação oficial do tráfego. A inauguração está prevista para segunda-feira, 22, e contará com a presença do Ministro dos Transportes, Renan Filho, que representará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

As imagens registram veículos pesados circulando pelo tabuleiro da ponte, ainda em fase final de execução. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), esses testes fazem parte dos ensaios técnicos que avaliam a resistência e o desempenho da construção diante do peso de grandes veículos, condição essencial para garantir segurança aos usuários.

O órgão explica que parte das cargas transportadas pelos caminhões está sendo utilizada na própria obra, especialmente na pavimentação asfáltica e na conclusão dos acessos. Essa etapa é considerada decisiva para que a ponte seja entregue dentro do cronograma.

O DNIT estima que cerca de 95% dos serviços já foram concluídos. As equipes trabalham agora na instalação de dispositivos de segurança, como guarda‑corpos e barreiras do tipo New Jersey, além dos acabamentos finais. A previsão é de que a travessia seja oficialmente concluída entre 20 e 27 de dezembro.

Com investimento federal superior a R$ 171 milhões, a reconstrução mobiliza aproximadamente 500 trabalhadores em dois turnos. A nova ponte terá 630 metros de extensão e 19 metros de largura, com duas faixas de rolamento e acostamentos, ampliando a capacidade de tráfego e oferecendo mais segurança aos motoristas.

Um ano após o colapso

A travessia substitui a antiga Ponte Juscelino Kubitschek, que desabou em 22 de dezembro de 2024, provocando uma tragédia que deixou 14 mortos e interrompeu uma das principais ligações rodoviárias entre Tocantins e Maranhão. O colapso afetou diretamente o transporte de cargas, o comércio regional e a rotina de milhares de moradores.

Por isso, a passagem dos primeiros caminhões pela nova estrutura teve forte impacto emocional na população local. Moradores acompanharam os testes à beira do rio, muitos lembrando que a data marca quase um ano da queda da ponte anterior.

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