Goiano perde R$ 100 mil em investimentos com falência do Banco Master
20 novembro 2025 às 17h21

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A falência do Banco Master, anunciada pelo Banco Central do Brasil nesta terça-feira, 18, deixou milhares de investidores em situação de incerteza. Entre eles está o jornalista goiano Guilherme de Andrade, que afirma ter perdido R$ 100 mil aplicados em produtos considerados de baixo risco e garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Segundo Guilherme, o dinheiro correspondia à maior parte da herança recebida após o falecimento da mãe. Ele e o irmão decidiram aplicar os recursos em investimentos conservadores, inicialmente pela plataforma Easynvest, posteriormente adquirida pelo Nubank e transformada em NuInvest. “Era um rendimento baixo, mas seguro. O ponto principal era a garantia do FGC”, relata.
Na última semana, os clientes foram surpreendidos por uma mensagem da NuInvest informando que o Banco Central havia liquidado o Banco Master, o Banco Master de Investimento e o Banco Letsbank. O comunicado dizia que os valores seriam devolvidos via FGC. No entanto, até o momento, os investidores não receberam qualquer pagamento. Ao acessar o aplicativo do Fundo Garantidor, a única mensagem disponível é: “O FGC está aguardando o envio da base do Liquidante para iniciar o pagamento.”
A situação gerou revolta e insegurança entre os clientes. “Um investimento que era considerado seguro simplesmente desapareceu da noite para o dia. O dinheiro sumiu e ninguém dá previsão de quando teremos acesso novamente”, afirma Guilherme.
Ele destaca ainda que, em meio ao escândalo, surgem notícias de prisões de executivos e denúncias de desvios bilionários, o que aumenta a sensação de fragilidade do sistema financeiro.
Mais de 100 mil investidores estariam no limbo, aguardando o repasse das informações do liquidante para que o FGC possa iniciar os pagamentos. Para o jornalista, cresce a percepção de que o governo terá de arcar com os prejuízos causados por práticas fraudulentas de grandes empresários ligados ao mercado financeiro da Faria Lima.
Para Guilherme, o episódio deixa uma lição amarga. “O que resta para o investidor é insegurança. O dinheiro que estava à disposição a qualquer momento agora virou uma incógnita”, finalizou.
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