*Com colaboraçao de Cilas Gontijo

Com cerca de 10 mil pés de jamelão espalhados pelas praças e canteiros, Goiânia enfrenta um problema recorrente que se intensifica durante o período chuvoso: o risco de acidentes envolvendo motociclistas. A informação sobre a quantidade de jamelões foi requerida pelo Jornal Opção, nesta quinta-feira, 25.

As árvores que produzem jamelão, embora contribuam para a beleza urbana e ofereçam sombra em dias quentes, tornam-se um perigo quando caem e se acumulam no asfalto molhado, deixando as vias escorregadias e imprevisíveis. O Jornal Opção entrevistou motociclistas que passavam na Praça C-171, no setor Nova Suiça, onde caem vários frutos em tempo de chuva.

Gustavo Silva de Souza, de 21 anos, é barbeiro e também atua como entregador. Para ele, a combinação de chuva e jamelões espalhados representa um risco real. “Na chuva já é perigoso andar, imagina com jamelão espalhado. É bem perigoso, cara”, afirma.

Gustavo Silva de Souza, de 21 anos, é barbeiro e também atua como entregador | Foto: Cilas Gontijo/Jornal Opção

Ele conta que em algumas avenidas já avistou cones sinalizando áreas críticas, o que ajuda a redobrar a atenção, mas não resolve o problema. “Você já vê que algo ali à frente está acontecendo, já fica mais esperto. O motoqueiro tem que andar sempre atento, porque o trânsito é complicado”, completa.

A situação levanta um dilema entre segurança viária e preservação ambiental. Enquanto Gustavo defende a manutenção das árvores com mais cuidado e sinalização, outros profissionais que enfrentam diariamente o desafio das ruas pedem medidas mais drásticas. Douglas Lúcio da Silva, de 34 anos, trabalha como entregador há um ano e meio e não esconde a frustração. “Todo ano a mesma coisa, a mesma novela. Eles nunca tomam providência. Tem que tirar, tem que resolver”, diz.

Douglas Lúcio da Silva, de 34 anos, trabalha como entregador há um ano e meio | Foto: Cilas Gontijo/Jornal Opção

Ele cita a Praça da Nova Suíça como um dos pontos mais críticos, onde o chão fica extremamente escorregadio. “É perigoso pro motoqueiro. Tem que tomar uma providência logo”, alerta.

A recorrência do problema e a ausência de soluções efetivas por parte do poder público alimentam o sentimento de insegurança entre os motociclistas. A cada temporada de chuvas, o cenário se repete, e os riscos aumentam. Enquanto isso, os profissionais seguem enfrentando o desafio diário de equilibrar trabalho, trânsito e segurança em meio aos frutos que, apesar de inofensivos à primeira vista, podem representar um perigo real nas ruas da cidade.

Leia também:

Câmara de Anápolis aprova empréstimo de R$ 756 milhões para o executivo; entenda

6 autores mais polêmicos e ‘cancelados’ da literatura

Inauguração do CORA em Goiás é marcada por relatos comoventes de mães de pacientes com câncer