Felca expõe o influenciar Hytalo Santos em suposto caso de exploração infantil
08 agosto 2025 às 19h00

COMPARTILHAR
O influenciador digital Hytalo Santos, natural de Cajazeiras, Paraíba, está sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB), desde dezembro de 2024, por suspeita de exploração infantil. O caso ganhou grande repercussão nesta semana após denúncias públicas feitas pelo também influenciador Felca, conhecido por seu conteúdo crítico e educativo.
O caso reacende discussões sobre os limites da exposição infantil nas redes sociais, a responsabilidade dos influenciadores digitais e a necessidade de regulamentação mais rígida para proteger crianças e adolescentes no ambiente virtual.
A investigação, conduzida pela promotora Ana Maria França, especializada na defesa dos direitos da criança e do adolescente, teve início após uma denúncia feita ao Disque 100, relatando a possível exploração de crianças e adolescentes em vídeos com danças de conotação sexual.
Nos conteúdos publicados por Hytalo, adolescentes eram frequentemente expostos a ambientes com bebidas alcoólicas, situações íntimas e comportamentos considerados inadequados para menores. O influenciador se referia aos jovens como suas “crias” e alegava estar ajudando adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Em um dos casos mais emblemáticos envolve a influenciadora mirim Kamyla Maria Silva, conhecida como Kamylinha, que anunciou em maio de 2025 estar grávida de Hyago Santos, irmão de Hytalo. Posteriormente, Hytalo comunicou que Kamylinha sofreu um aborto espontâneo. Outras duas adolescentes sob sua tutela também estariam grávidas, o que intensificou as críticas públicas.
Após as denúncias, o perfil de Hytalo no Instagram foi removido ou desativado, com a mensagem “Infelizmente, esta página não está disponível” sendo exibida aos seguidores.
O vídeo de Felca denunciando o caso ultrapassou 3 milhões de visualizações, com acusações de que o conteúdo de Hytalo atraía um público adulto com intenções maliciosas. A promotoria está apurando a idade dos jovens envolvidos, o vínculo legal com Hytalo, a natureza dos conteúdos publicados e a responsabilidade dos pais ou responsáveis legais.
Leia também: Eduardo Bolsonaro deve sair do PL e articula manobra para tirar outros bolsonaristas do partido até 2026