Uma operação conjunta entre a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) e a Vigilância Sanitária de Goiânia desativou, nesta quarta-feira, 22, uma fábrica clandestina de alimentos localizada no bairro Jardim Esmeralda. O local, que funcionava em uma residência, produzia pizzas, tortas de frango e salgados distribuídos em feiras populares de Goiânia e Aparecida de Goiânia, tudo em condições alarmantes de insalubridade.

Durante a inspeção, os agentes se depararam com um verdadeiro “ninho de baratas”, como descreveu o delegado Humberto Teófilo, responsável pela ação. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele mostra o ambiente tomado por sujeira, utensílios enferrujados, alimentos mal armazenados e a presença constante de insetos. “Posso dizer que é um dos piores locais em que já entrei. Vocês vão ver aqui… Aqui se fabrica pizza, salgados e tortas de frango para as feiras. Distribui para feiras de Goiânia e Aparecida de Goiânia”, disse o delegado.

Ao mostrar o local, Teófilo descreve o cenário encontrado. “Nós estamos aqui deparando com, no momento, um ninho de baratas. Próximo… Segue aqui, vem a massa. As panelas. Detectado mais um objeto, mais uma barata. E das grandes. Olha o ambiente. O lixo desse estilo. Aqui se chama, o nome é Oficina de Sabores. Vende salgado, repito, pizza, torta de frango. O que que tá acontecendo? Claro que tá sendo interditado”, apontou.

A fábrica, que operava sob o nome “Oficina de Sabores”, não possuía qualquer tipo de autorização sanitária. Os produtos eram manipulados sem higiene básica e vendidos em feiras livres, colocando em risco a saúde de centenas de consumidores. Sobre isso, o delegado afirma que a proprietário do estabelecimento vai responder pelo crime de infração de medida sanitária preventiva.

A mulher responsável pelo imóvel foi autuada e o local, interditado. A operação reforça o compromisso das autoridades em combater práticas clandestinas que ameaçam a segurança alimentar da população. Teófilo aproveitou para fazer um alerta aos empreendedores. “Quer montar um negócio? Procure a Vigilância Sanitária. Isso aqui é inadmissível”, pontuou.

Ele também criticou duramente o estado do ambiente: “Um ambiente insalubre, desrespeitoso. Gente, você que tá querendo montar um negócio, vá à vigilância, procure orientações. Isso é uma falta de respeito ao consumidor”, disse.

Sobre a atuação da polícia, o delegado reforçou que não há distinção de local: “Ah, não, mas quer tocar na tora… Vai dar, sim! Vai dar canetada! Porque nós estamos indo a qualquer local, seja local da periferia, seja local da elite, seja qualquer tipo de local. Isso é um desrespeito ao consumidor”, afirmou.

Ele ainda reiterou o crime cometido. “Ela [a proprietária] vai responder pelo crime de infração de medida sanitária preventiva. E, mais uma vez, compartilhando isso com você, consumidor: ela distribui nas feiras de Goiânia”, disse.

Por fim, Teófilo fez um alerta aos frequentadores de feiras: “Eu, que gosto de ir à feira, aí cê vai e se depara com salgado, não sabe de onde que é o salgado. Não tô generalizando. Mas tá aí, uma pessoa, nesse ambiente, que produz todos esses alimentos. Então, fechado”, finalizou.

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