Goiás tem mais de 65 cidades na lista de prioridade de vacinação contra a dengue

25 janeiro 2024 às 11h26

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Mais de 65 municípios goianos estão na lista de prioridade de vacinação contra a dengue, anunciada nesta quinta-feira, 25, pelo Ministério da Saúde. A campanha de imunização está prevista para começar em fevereiro.
Neste ano, os casos prováveis de dengue tiveram aumento de 170%. Segundo dados do ministério se comparada as três primeiras semanas de janeiro de 2023 com o mesmo período de 2024, os casos prováveis subiram 44.753 para 120.874. Já os óbitos diminuíram, de 26 para 12, neste ano.
Em todo o país, segundo o Ministério, são prioridade na vacinação as regiões consideradas endêmicas para a doença. Com isso, foram seguidos três critérios, são eles: municípios de grande com mais de 100 mil habitantes, taxa de transmissão de dengue registrada em 2023, e a maior predominância do sorotipo DENV-2. Dos 521 municípios selecionados, 66 são de Goiás.
Nesta primeira etapa da campanha, serão imunizados o grupo composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, de acordo com o ministério, depois dos idosos, que ainda não têm indicação de vacinação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a pasta, a decisão por esse esquema foi tomada junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), – órgãos que representam estados e municípios na estrutura do SUS – seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O ministério informou que “a definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina”. O esquema vacinal é composto por duas doses do imunizante Qdenga, fabricado pela farmacêutica Takeda, respeitando o intervalo de três meses entre elas.
Cidades goianas na lista de prioridade do Ministério da Saúde:
Abadia, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Araçu, Aporé, Águas Lindas de Goiás, Avelinópolis, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caturaí, Campestre de Goiás, Chapadão do Céu, Cezarina, Cristalina, Cristianópolis, Cromínia, Damolândia, Doverlândia, Edealina, Edéia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Indiara, Itaguari, Itauçu, Jandai, Jataí, Jesúpolis, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mairipotaba, Mineiros, Nazário, Nerópolis, Nova Veneza, Novo Gama, Orizona, Ouro Verde de Goiás, Perolândia, Petrolina de Goipas, Piracanjuba, Pontalina, Portelândia, Professor Jamil, Santa Bárbara de Goiás, Santa Rita do Araguaia, Santa Rosa de Goiás, Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Senador Canedo, Serranópolis, Silvânia, São Francisco De Goiás, São Miguel Do Passa Quatro, Taquaral De Goiás, Trindade, Valparaíso De Goiás, Varjão, Vianópolis, Vicentinópolis.
Dengue em Goiás
Em 2023, Goiás registrou mais de 112 mil notificações de dengue, chikungunya e Zika. Deste total, mais da metade foram confirmados. Com estes números, Goiás ficou entre os Estados brasileiros com maior incidência de dengue, segundo o Ministério da Saúde.
Apesar disso, é uma redução de 58% em comparação com 2022, que registrou 269.030 notificações e 192.587 casos confirmados.
Neste ano, o número de casos registrados é 50% maior do que o registrado no mesmo período de 2023. Foram, respectivamente, 3.883 casos na primeira semana e 4.013 na segunda. Já na terceira semana, houve uma queda de 28%, com 2.079 registros.
Já o número de mortes suspeitas por dengue em Goiás saltou de seis para 14 entre a primeira e a terceira semana epidemiológica, segundo o painel da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Um óbito foi confirmado na cidade de Uruaçu ainda na primeira semana do ano.