Mais Colunas
Gilvane Felipe pediu pra sair da cadeira de secretário estadual de cultura de Goiás. Fez bem. Deve ser insalubre permanecer à frente da pasta da cultura num governo cuja Secretaria da Fazenda tem por esporte favorito apupar artistas goianos. Marconi precisa se definir entre o “governador que mais fez pela cultura em Goiás”, autoproclamado em reunião com artistas ocorrida no início do ano no Palácio das Esmeraldas, e o gestor pródigo em publicidade e austero nas artes. Naquela reunião o governador reparou um “erro técnico” na distribuição do recém aprovado Fundo Estadual de Cultura. Agora, os recursos do Fundo estão com quatro meses de atraso e o secretário da Fazenda diz que serão liberados em cinco parcelas a partir de agosto. A briga da Cultura com a Fazenda não é de hoje. Artistas que tiveram seus projetos aprovados via Lei Goyazes já viram os recursos atrasarem, minguarem ou simplesmente evaporarem. Enquanto secretário, Gilvane sempre comprou a briga, mas aparentemente sem apoio nem na base nem no topo do governo. Na base do governo Marconi (e de qualquer governo), é raro encontrar algum parlamentar que tenha apreço pela cultura – exceto a da soja, do algodão, da cana, etc. Já no topo do governo, se é verdade que o governador tem uma relação antiga com o segmento cultural, essa boa relação não tem sido suficiente para evitar os atrasos e cortes de repasse de recursos impostos ao setor pela equipe técnica da Fazenda. Sem sustentação nem na base nem no topo – que tem outras prioridades que não a cultura --, e atropelado pela inculta sanha fazendária, Gilvane pediu pra sair do governo. Mas não rompeu com o governador. Fiel a Marconi desde o movimento estudantil – em detrimento de partidos, do PC do B ao PSDB --, Gilvane não tem o perfil do operador político goiano tradicional. Com origem na esquerda acadêmica e mestrado na Sorbonne, ele não tem paciência para o bruto jogo da “realpolitik”, nem se encaixa em nenhum dos diversos grupos que gravitam em torno de Marconi – para o bem ou para o mal. À frente da Secult, do Sebrae ou da Sectec – cargos que ocupou nos governos Marconi --, seu grande e único trunfo sempre foi a amizade e o respeito do governador. Usado com mais moderação do que desejavam seus poucos companheiros, esse trunfo logrou despertar a inveja e a ira dos seus não raros desafetos. Agora, Gilvane sinaliza para Marconi que não deseja mais ocupar uma pasta acossada pelo estrangulamento fazendário. O novo titular da Secult, Aguinaldo Caiado de Castro Aquino Coelho – ou Aguinaldo Coelho, como prefere --, talvez tenha mais traquejo para administrar a crônica crise da Cultura com a Fazenda. Carioca de berço vilaboense, Aguinaldo carrega em sua assinatura algumas das mais tradicionais famílias goianas. Mas a formação no Rio de janeiro deu ao artista plástico e professor universitário a faceta cosmopolita de que toda tradição carece. Gestorexperimentado, Aguinaldo Coelho dirigiu por cerca de dez anos a área de patrimônio histórico e artístico da antiga Agepel (Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira). Atualmente é vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura. Ligado ao grupo do historiador Nasr Chaul – seu chefe nos tempos de Agepel --, Aguinaldo Coelho transita bem entre artistas, políticos (muitos deles amigos de sua família e alguns até seus parentes), e técnicos da burocracia do governo. Seus amigos vão da Cidade de Goiás à TV Globo, e seu perfil aglutinador bem pode conquistar para a Cultura os áridos corações do secretário José Taveira (Fazenda) e de seus assessores tecnocratas. Com todos os problemas, o governador Marconi não pode ser acusado de entregar a pasta da Cultura ao prosaico loteamento de cargos, como tanto já se fez e ainda se faz por aí. Aguinaldo Coelho é um artista gestor, como exigem os novos tempos; Gilvane Felipe é um intelectual surgido na boa safra da esquerda goiana dos anos 80, que migrou com talento e habilidade para os escaninhos do poder; e nasr Chaul empreendeu o Fica, o Canto da Primavera e o Centro Cultural Oscar Niemeyer, do qual é o administrador. Quadros para gerir a Cultura em Goiás, os marconistas já provaram ter. Quanto aos recursos, o secretário Aguinaldo precisará de muita verve para arrancá-los da Fazenda. Marconi só precisa ter cuidado para não implodir seus quadros do segmento cultural, que tanto diz prezar.
Ubaldo e Ariano
Em menos de uma semana, a literatura e a Academia Brasileira de Letras perderam os dois mais populares de seus autores. João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna, ambos nordestinos, produziram obras-primas, conquistaram os corações de milhões de brasileiros, e fizeram de sua literatura uma digna profissão. No Brasil de Sarney, não é pouca coisa.[caption id="attachment_11123" align="alignright" width="620"] Prefeito João Gomes e secretário William O’Dwyer: desapropriação no Daia e finalização de obras na pauta[/caption]
As obras de acesso ao centro de convenções, tanto para quem já está em Anápolis, quanto para quem chega de Brasília ou Goiânia, foram objeto de discussão entre engenheiros da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) e técnicos da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), em reunião na quinta-feira, 24. As obras serão executadas numa parceria com a Agência e Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT). A reunião foi, na verdade, uma visita de cortesia feita pelo titular da SIC, William O’Dwyer, ao prefeito de Anápolis, João Gomes (PT).
Em cerca de duas horas, a conversa entre os engenheiros foi para pensar uma forma mais fácil de execução das obras e para que o acesso seja eficaz. A previsão de entrega, acordada para o final do ano, foi outro ponto discutido, uma vez que as obras do centro de convenções já estão 60% concluídas. O serviço será finalizado no tempo previsto.
William destacou o interesse comum da prefeitura em desapropriar as áreas do Daia. O secretário ponderou a seriedade do problema, uma vez que envolve o particular e o governamental, o que se desenrola em processos e procedimentos. Ainda assim, ele afirma que, mais brevemente possível, serão liberados 13,5 alqueires do distrito. A área será administrada pela Goiás Industrial e a lista, com as empresas interessadas no terreno, é grande e diversificada.
Anel viário
A obra do anel viário, próxima ao aeroporto internacional de cargas, e a empresa Hyundai, é de responsabilidade da Goiás Industrial. Sob jurisdição da SIC, o custo já foi repassado ao órgão. “O atraso da obra foi por dificuldades financeiras da empreiteira”, disse William, que informou que um novo contrato já foi feito com outra empresa. O nome ainda não foi divulgado. A Trade Construtora firmou um acordo para agilizar e facilitar a sequência da obra. Até mesmo alguns equipamentos serão transferidos pela Trade à nova empreiteira. A previsão é que as obras sejam iniciadas em agosto. “O compromisso também é entregá-la até o final do ano”, diz William. A liberação das verbas já está atestada, para que não haja nenhuma outra interrupção. Segundo o secretário, a reunião com o prefeito foi a primeira. Em breve, a Goiás Industrial também vai participar das reuniões.Pedro Canedo, do PP, esclareceu o suposto apoio ao candidato ao senado Ronaldo Caiado, do DEM. “O que existe são amigos comuns, que estão se movimentando em Anápolis, com a abertura de um comitê, com as nossas candidaturas, a de Aécio Neves [candidato a Presidência da República pelo PSDB], do Caiado e minha. Eu sou partidário e estou com o meu partido”, afirma o candidato a uma cadeira na Assembleia. O caso é que Canedo é do partido do vice-governador do Estado, José Eliton, presidente da sigla, que estará, naturalmente, com o tucano e candidato a reeleição ao governo, Marconi Perillo (PSDB). Já Ronaldo Caiado compõem a majoritária com o cabeça de chapa Iris Rezende, do PMDB. Segundo Canedo, além do PSDB, a sigla está coligada com o PSD, PR e PTB. Com base eleitoral em Anápolis, o também médico oftalmologista esclarece ainda que a candidatura em 2016 à prefeitura já não é o foco: “No momento, eu só penso na minha candidatura a deputado estadual”.
Para atender as reivindicações da população e melhorar os serviços municipais, a Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria de Gestão e Planejamento, realizará audiências públicas para elaborar a Lei Orçamentária (LOA). Após as reuniões, no final de agosto, a lei será encaminhada para a Câmara Municipal de Anápolis. Além da audiência pública, a secretaria reunirá os gestores municipais e agentes de planejamento de cada pasta para discutir as ações de melhoria no município, junto ao prefeito João Gomes, nesta terça-feira, 29. “É uma forma de unir os trabalhos das secretarias municipais para discutir junto à população o que tem que ser feito. Esse planejamento antecipado permite que as ações da administração municipal sejam feitas com qualidade” afirma o secretário municipal de Gestão e Planejamento, Geraldo Lino.
[caption id="attachment_11118" align="alignleft" width="300"] Vereador Jakson Chaves: audiência para melhorar serviços cartorários Secom Municipal[/caption]
Melhorar o atendimento foi o objetivo de audiência provocada pelo vereador Jakson Chaves (PSB) junto ao Fórum de Anápolis. Rispidez e demora eram as reclamações recorrentes ouvidas pelo vereador. Outra reclamação veio do setor imobiliário. Pela demora, empresários estavam, inclusive, com dificuldade em concluir negócios. Os novos titulares dos cartórios levavam até 20 dias para entregar uma certidão de imóvel. Já para os registros, demora de 40 dias. “O atraso para entrega da documentação gera desgaste aos negócios e, consequentemente, perda de arrecadação pelo município”, alerta Jakson.
Os novos titulares justificam ter encontrado os cartórios com muitos problemas, o que dificulta agilidade da execução dos pedidos. Tudo é feito de uma forma muito artesanal ou arcaica, como adjetiva o vereador, pois os cartórios não utilizam as tecnologias disponíveis. Outra alegação refere-se ao período de convocação e adaptação dos novos servidores, que passaram a ocupar as funções via concurso público.
O diretor do Foro, Carlos Limongi, cobrou melhorias dos titulares, que pediram 90 dias para sanar os problemas. As promessas são de investimentos na estrutura física dos cartórios e um atendimento mais humanizado e respeitoso, a partir do treinamento dos novos funcionários. As certidões serão entregues no prazo de 24 horas e os registros sairão em 10 dias. “Certidões que demoravam até 20 dias, agora vão sair até no dia seguinte”, afirma o titular do 2º Registro de Imóveis, Ângelo Barbosa.
A Praça Dom Emanuel, em Jundiaí, recebe desde a última sexta-feira até o fim do mês, o 4° Festival Gastronômico e Cultural de Anápolis. Com minicursos e oficinas gastronômicas, o festival ainda propõe apresentações musicais e exposições. O Salão Itinerante de Negócios de Arte, Artesanato e Manualidades traz este ano mais de 40 empreendedores. “Nosso objetivo principal, com essa atividade, é divulgar e promover com exclusividade a comercialização de peças artesanais dos nossos empreendedores”, informa o diretor de Indústria e Comércio, Márcio Jacob. Já a Praça Abílio Wolney recebe o Famu no final de setembro. As inscrições para a sexta edição do Festival Anapolino de Música foram abertas pela Secretaria de Cultura. Os interessados têm até o dia 27 de agosto para se inscrever no evento. O objetivo é divulgar a produção musical e descobrir de novos talentos.
Edgar Welzel
[caption id="attachment_11100" align="alignright" width="250"] Livro de Irapuan tem crítica favorável de colaborador do Opção na Alemanha[/caption]
Eis uma coletânea de contos com um título que, à primeira vista, se nos parece desusado e enigmático, imediatamente nos leva a refletir, a perscrutar: “Teimosas Lembranças” (Editora Kelps – Goiânia). Acostumamo-nos a usar o adjetivo teimoso em relação a uma característica, um pouco anômala, do comportamento humano. Criança teimosa, indivíduo teimoso ou mesmo algo que nos incomoda como, por exemplo, um ruído teimoso.
É por isso que, em relação à lembrança ou à memória, o termo teimoso nos leva à indagação: como pode uma lembrança ser teimosa? O autor, Irapuan Costa Júnior, não se dá ao trabalho de explicar a razão do título inquisitivo. Fino observador e mestre da palavra, ele sabe que qualquer tentativa de explicação seria deturpar o leve suspense da narração.
O que Irapuan modestamente chama de “historietas aqui contadas” em verdade são contos que, por seu conteúdo claro e conciso, seu estilo direto e harmonioso imbuído de originalidade e vigor, isento de qualquer prolixidade, encontram-se em pé de igualdade com os de contistas laureados nacionais e estrangeiros. São contos que bem poderiam estar ao lado daqueles do maravilhoso e seleto grupo literário que chamamos de clássicos.
Quem conhece Irapuan Costa Júnior pessoalmente sente-se impressionado pela cativante naturalidade com a qual trata seus interlocutores. Este seu dote peculiarmente pessoal parece refletir-se em seus textos. Consciente ou inconscientemente Irapuan atende às seis regras essenciais de estilo de José Oiticica em seu “Manual de Estilo”: correção, concisão, clareza, harmonia, originalidade e vigor. Está tudo aí.
Irapuan domina com maestria a arte de cativar o leitor com uma refinada dose de leve suspense, se bem que o “opúsculo”, como o autor pessoalmente o denomina, está longe de ser enquadrado no gênero da literatura policial. Ao terminarmos a leitura do primeiro conto, sentimo-nos atraídos de forma que acabamos lendo os demais de um sorvo só. As histórias contadas, embora passadas em lugares e épocas diferentes e com protagonistas também diferentes, têm um elo comum que as une e que se estende da primeira à última.
Em todas as histórias o leitor atento encontra algo que Irapuan Costa Júnior, talvez de forma premeditada, resolve esconder. Ele esconde aquilo que levaria à explicação do título e este esconder em nada diminui a qualidade literária dos relatos.
No decorrer da leitura descobrimos, em sentido figurativo, ideias, pensamentos e ações que lembram obstinação, pertinácia, insistência e procrastinação. Eis aí a razão de serem as suas lembranças “teimosas” lembranças, reminiscências, recordações que, com o passar do tempo, na maoria das pessoas, começam a diluir-se, apagar-se em consequência de um fenômeno natural com o qual nos castiga a Natureza.
No caso de Irapuan, este fenômeno natural parece ter passado de lado, pois suas histórias, algumas delas vividas há quase setenta anos, são contadas de forma tão precisa e convincente que nos deixa a impressão de terem se passado ontem. Irapuan Costa Júnior, além de fino observador tem requintado talento em descrever suas observações em mínimos detalhes sem entediar o leitor. Encontramos exemplos típicos no conto “O vulto da outra”, à página 47: “... as suas doses de uísque (de Alexandre) eram maiores e consumidas mais rapidamente... Irene parecia irmã gêmea de Marta... O vestido também era como o de Marta... buscou uma garrafa de uísque da qual se serviu generosamente, por várias vezes, enquanto eu mal provava do meu copo”.
Em se tratando de pessoas Irapuan parece dissecá-las metodicamente. O diálogo com Manoel Joaquim no conto “A festa dos garimpeiros”, à página 63, é apenas um dos exemplos para tal afirmação. O autor desconfia que Manoel Joaquim lhe esconda algo. Disseca-o, “espreme-o” e ao mesmo tempo cria uma situação de confiança. Só então Manoel Joaquim se abre, mas tem receio e Irapuan não quer destruir a fraca plantinha de confiança: “Fique tranquilo. Não vou falar nem fazer nada. A coisa morre aqui”.
Aidenor Aires, em seu belíssmo texto “Salvados da memória”, resume já na contracapa do livro: “Afinal, como disse anteriormente, não é uma obra asséptica e neutra. Mergulha no humano e não poderia sair dessa imersão, sem a linfa das águas cristalinas ou o lodo das torrentes turvas”.
Alguns dos contos têm um toque de tristeza que se esvai à medida que avançamos na leitura. Em vez de embrenharmo-nos na tristeza, alegramo-nos com a qualidade da narração, com a perfeição da linguagem, com a clareza de estilo e com o conteúdo cativante das histórias contadas. Terminada a leitura concluímos: “Belo texto, bem redigido”. Uma expressão de admiração e de louvor, um elogio que o autor não ouve. Merece ser escrito. É o que fiz.
Edgar Welzel é colaborador do Jornal Opção na Alemanha.
E-mail: [email protected]
“Iris Rezende não admite ninguém com mais luz do que ele no PMDB”
Rildo Alves dos Reis A respeito da entrevista do ex-deputado Frederico Jayme (Jornal Opção 2036), quem acompanha e conhece um pouquinho da história política de Goiás com certeza vai concordar: Iris Rezende é um manipulador, que excluiu vários nomes no passado, que estavam ligados ao PMDB, porque temia que estes nomes se sobressaíssem. Ele não admite ninguém com mais luz do que ele, ou pelo menos a luz que ele julga ter. Um ótimo fim para seu reinado na política goiana será mais uma surra nas urnas, que ele vai levar não de Marconi Perillo (PSDB), mas do povo de Goiás, que não é e nunca foi gado de seu pastoreio. E-mail: [email protected]“MP não constatou nada contra Iris”
Fábio Carneiro Iris foi o único político que teve a vida dele e de seu pai devassada pelo MP de Goiás durante mais de 6 anos. E o MP-GO constatou que nada havia de errado na vida de ambos. E-mail: [email protected]“Uma vida inteira não basta para ler Machado de Assis”
Jô Mitre Sr. José Maria, seu trabalho visto na matéria “Discípula de Paulo Freire assassina Machado de Assis” (Jornal Opção 2028) remete ao Capítulo VIII de Memórias Póstumas, “Razão contra Sandice”. A nós, leitores, conforta muito: não estamos sozinhos diante do bárbaro espetáculo. Uma vida inteira não basta para ler Machado. Quem sabe o que é ler, o que é literatura e qual é a vocação do ser humano compreende isso e sabe que Machado transforma. Os que não sabem? Serão apenas “pontuais na sepultura”, como “os Hebreus do cativeiro” e “os devassos de Cômodo”. E-mail: [email protected]“Uso de reposição hormonal por lutadores é injusto”
Fábio Rafael Nunes
“Futebol é apenas um lazer. Precisamos de vitórias no aspecto social"
Maria Ferreira [caption id="attachment_11099" align="alignright" width="620"]

[caption id="attachment_10518" align="alignright" width="620"] Titular da SIC, Wiliam O’Dwyer: meio de campo com potenciais investidores
Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O GIC (Government of Singapore Investment Corporation Private Limited, na sigla em inglês) é um fundo soberano de Cingapura, que iniciou operações no Brasil em meados de maio deste ano. O fundo inaugurou um escritório em São Paulo com o objetivo de dar início à prospecção ativa de negócios na América Latina, tendo como foco principal o Brasil.
O GIC administra várias reservas internacionais de Cingapura, atualmente um dos países economicamente fortes da Ásia. O foco dos investimentos do grupo são empresas sólidas e com perspectivas concretas de crescimento a longo prazo. Em geral, são empresas que exigem investimentos complexos e de valor elevado. O fundo possui mais de US$ 100 bilhões em ativos sob gestão e está posicionado para investimentos flexíveis e de longo prazo.
Mas não apenas empresas serão beneficiadas com a chegada do fundo. Na semana passada, representantes do grupo estiveram em Brasília e convidaram o secretário de Indústria e Comércio (SIC), o anapolino William O’Dwyer, assim como o Governo do Distrito Federal para uma reunião. É certo que o fundo quer firmar parcerias com os Estados, visando fazer um planejamento de longo prazo para melhoria da qualidade de infraestrutura tanto em Goiás quando no DF.
A iniciativa já é chamada nos bastidores de “Operação Cingapura”. Se firmada, a parceira promoverá ações de planejamento e trabalho que visam alcançar resultados até o ano de 2060.
E essa não é a primeira vez que William, que também é cônsul honorário da Alemanha em Goiás, se encontra com empresários asiáticos. Uma das primeiras reuniões de que participou como titular da SIC foi justamente com os países emergentes que formam o “Mercosul asiático”. Países como: Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. A questão é que esse grupo de países têm demonstrado interesse em estreitar conversações com Goiás.
William tem bom trânsito fora do país, uma das razões para que o governador Marconi Perillo o tenha colocado na SIC. Tanto é que em setembro ele receberá mais embaixadores de mais de 100 países em Brasília em uma festa chamada “Go to Goiás”, que será realizada para apresentar o Estado aos países estrangeiros.
Em comemoração aos 107 anos do município, Prefeitura resgata escritos das gavetas e estimula a escrita com publicação de livros Por meio da Secretaria Municipal de Cultura, a Prefeitura de Anápolis realiza, na próxima quarta-feira, 23, o lançamento dos livros do projeto Anápolis em Letras, Fatos e Imagens. O Teatro Municipal será palco da quarta edição do projeto e trará mais de 62 obras publicadas, que envolvem 84 escritores anapolinos. Poesias, prosas, crônicas e livros acadêmicos estão entre os gêneros das produções. União Literária Anapolina é parceira no lançamento da coletânea. As bibliotecas da rede pública de ensino da cidade e do estado e de instituições de ensino superior receberão um kit com os livros lançados. “A administração municipal contribui para que o escritor tenha um espaço de publicação e a população tem acesso a essa literatura que é produzida na cidade. Teve um período em que as pessoas da cidade tinham o potencial, capacidade, talento para escrever, mas não ficávamos sabendo. Esse projeto permitiu que manuscritos de livros saíssem das gavetas” afirma o secretário municipal de Cultura, Augusto César de Almeida. Ele também destaca o estimulo à escrita, provocado pela possibilidade de publicação.
Anápolis é um dos principais corredores da riqueza no Brasil. A afirmação foi feita pela revista “Exame”, com base em levantamento realizado pela consultoria Urbans Systems. A pesquisa mostra os dez principais eixos da economia brasileira. A cidade está entre os quatro mais promissores eixos nacionais, junto dos corredores econômicos São Paulo-Campinas, Rio de Janeiro-Campos dos Goytacazes, Joinville-Florianópolis e Porto Alegre-Caxias do Sul. Mais de 31 mil empresas foram abertas no eixo Goiânia-Anápolis-Brasília. A estimativa da consultoria é que mais 70 mil sejam abertas até 2025 e ressalta que é, de longe, o maior polo de atração de novos negócios. As Ferrovias Norte-Sul e Centro Atlântica, a construção do aeroporto de cargas e o polo farmacêutico foram destacados pela publicação.

[caption id="attachment_10513" align="alignright" width="620"] Prefeito João Gomes: ações da prefeitura em prol do bem-estar da comunidade[/caption]
Com uma política socioambiental, a Prefeitura de Anápolis tem construído e reformado praças e parques. Na última semana, foi o bairro São Joaquim que recebeu a visita do prefeito João Gomes (PT) para assinar a ordem de serviço. O secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco Carlos Costa, ressaltou a inserção social, numa ação de resgate da convivência familiar, pelo lazer.
Na Praça São Joaquim, serão 2 mil m² de pista para caminhada. As crianças ganham um playground. O local já tem boa arborização, mas quando não tem, há o plantio de mudas. O piso será permeável, o que permite o escoamento adequado da água da chuva. Os bancos feitos de madeira tratada. Além disso, cria-se um espaço que tira o jovem da marginalidade e propõe convívio social mais efetivo. A iluminação pública também auxilia na redução dos crimes. O ganho ambiental é válido. “É comum que a população descarte lixo quando encontra um espaço aberto. Se é transformado em praças, área de convivência, automaticamente, essa prática é inibida e faz com que esses moradores virem defensores desse novo espaço. Contribuindo assim, com a limpeza urbana”, explica.
“Temos uma ação muito importante, pois o prefeito João Gomes entende que não é necessário apenas construir, e sim preservar e dar manutenção ao que já existe na cidade”, disse Francisco sobre a criação de equipes exclusivas, designadas para limpeza, pintura de meio-fio e poda de árvores, nas praças. O município já ganhou quatro vezes consecutivas o prêmio socioambiental Chico Mendes, de reconhecimento nacional.
Nesta segunda e terça-feira, dias 21 e 22, quem transitar pela Praça Americano do Brasil, no período matutino, perceberá uma ação do programa de Educação, Orientação e Conscientização de Pedestres e Motoristas. O programa, da Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT), tem como objetivo conscientizar os anapolinos de todas regiões, para uma redução dos acidentes e, assim, um trânsito mais seguro. Além disso, palestras e oficinas serão realizadas. Na Colônia de Férias, do programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), são promovidas atividades lúdicas temáticas, com leis e normas de trânsito, para as crianças. “Assim criaremos uma nova geração comprometida com os deveres e direitos que o Código de Trânsito Brasileiro estabelece”, afirma o diretor de Educação para o Trânsito, João Alves.
Antonio Alves
A matéria “Índice de analfabetismo escancara descaso da população e dos governantes com a educação” (Jornal Opção Online) chama a atenção para um fato. O crescente aumento da criminalidade, nos últimos cinco anos, é uma ironia que cobra dos governos o investimento dos 18% de arrecadação de impostos da união e os 25% dos estados e municípios. O Brasil condicionou a sociedade de maneira a necessitar desses investimentos. Há passos dados que não permitem voltar atrás. E, muito provavelmente, o que não se gasta com educação terá que se gastar com segurança e combate às drogas, pois essa já é uma realidade incontestável. Uma coisa é certa: um país sem Educação é um país sem futuro. E as mudanças não passam apenas por investimento. Hoje se faz necessário fazer o caminho de volta. E para isso é preciso repensar temas polêmicos como direitos humanos e maioridade penal, bem como a questão do trabalho do jovem adolescente.
E-mail: [email protected]
“Maria do Rosário e toda essa gente querem acabar com nossa família”
Adalberto de Queiroz
“Pessoas demonstram ser a favor da justiça pelas próprias mãos”
José Carlos
“Todo político deveria ter a coragem que Romário tem”
Rinaldo Lopes
Sobre a matéria “Jovair Arantes chama Romário de ‘ridículo’ após receber críticas pelo Facebook” (Jornal Opção Online): O Romário fala o que pensa. Se está certo ou errado é outra história. Todo político deveria ter a coragem que ele tem. Nesse caso em particular ele está certíssimo!
E-mail: [email protected]
[caption id="attachment_9826" align="alignleft" width="150"] Foto: Divulgação[/caption]
Genilton Vaillant de Sá
O maior sonho de todo brasileiro que se preza, que prima pela lisura e bem-estar do país, é ver o Brasil fora da Copa e o Galvão “nada Bueno” fora do ar definitivamente. Vai ser tudo muito benéfico para a educação e cultura que tanto almejamos para o futuro da nação. E que seja breve, muito breve!
Genilton Vaillant de Sá é de Vitória (ES).
E-mail: [email protected]
“Hoje eu fiquei triste, e o céu ficou alegre”
Pedro Sérgio Dos Santos [caption id="attachment_9827" align="alignleft" width="620"]
“Valdir Peres só teve uma falha”
João Custódio Como falam sem pesquisar a história dos goleiros para a Copa 1982! Valdir Peres, que era destaque do time de 82, só teve uma falha. E Leão era desagregador de elencos, saiu brigado de todos os clubes. Telê Santana queria paz na Seleção. E se Leão fosse tão melhor, por que não ganhamos em 74 e 78, quando ele foi titular? Em 78, não fosse Amaral, iríamos para casa ainda na primeira fase, pois Leão falhou grotescamente numa saída de gol contra a Espanha. Quanto a Raul Plassman, ele foi o primeiro goleiro convocado por Telê em 1980 (era o preferido do treinador), mas falhou tanto na Seleção que não foi mais chamado. É só pesquisar a história. Valdir estava muito bem no gol da seleção e hoje o sacrificam por uma única falha. E-mail: [email protected]“Machado de Assis não é uma divindade da qual não se podem mudar os verbos”
Epaminondas Silva A escritora-empresária Patrícia Secco confunde ciência com religião e o José Maria Silva, na matéria Ministério da Cultura confunde ciência com religião ao falsificar Machado de Assis (Jornal Opção 2029), confunde Machado de Assis com alguma divindade, da qual não se pode nem mudar os verbos. Machado de Assis é intocável. Mas um “A Filosofia de Sir Isaac Newton Explicada para o Uso das Damas”, pode. Pergunto-me se tal obra manteve original o conhecimento do cara da maçã ou quem sabe, “simplificou”. E continua o julgamento do mérito em se escrever apenas livros que aumentem a altura do pedestal em que colocaram o pobre Machado. Se vamos entrar no mérito, o que seria preferível: gastar R$ 1 milhão por renúncia fiscal num livro ruim ou deixar a gaita ir para o saco comunal do governo, que bem sabemos, só tem a missão de sustentar a si próprio? O que é curioso na insistência do assunto é que no fundo, se tem a expectativa que salvaremos nossos filhos da ignobilidade de lerem Machado no original. A Patrícia Secco leu o original. E ainda cometeu a heresia de reescrevê-lo. E quando a Globo adaptou o conto nos anos 1990, num especial de uma hora? Será que a transcrição de uma mídia para outra poupou todas elucubrações do Bacamarte, transmitindo exatamente a complexidade machadiana? Claro que não. Adaptações não são feitas para preservar original, são feitas para proliferar uma estória. Eventualmente, como tributo à obra original e seu criador. Mas adaptação perfeita? Só se ambas as peças são muito ruins. Senão, vai ser impossível. Mas não me lembro de ninguém indo ao Facebook nos anos 90 para reclamar da adaptação da Rede Globo. E-mail: [email protected]“É isso, o velho Crísias tinha razão”
Adalberto de Queiroz Muito boa a crônica “O universo que me perdoe, mas o tempo podia passar mais lento” (Jornal Opção 2032) escrita pelo André Gomes. Lembrei-me de Antonio Tabucchi, em “O Tempo Envelhece Depressa”: “(...) e quem sabe por que viu a imagem de um menino que, pela mão da mãe, volta de uma feira do interior, a feira acabou, é domingo à noite e o menino carrega um balão amarrado no pulso, segurando-o orgulhoso feito um troféu e de repente, pff, o balão murcha, alguma coisa furou o balão, talvez o espinho de uma sebe? Sentiu-se como aquele menino que de repente se via com um balão vazio nas mãos, como se alguém o tivesse roubado, mas não, o balão ainda estava lá, tinham somente retirado o ar de dentro. Então era assim, o tempo era ar e ela o tinha deixado escapar por um buraquinho minúsculo que não tinha percebido? Mas onde estava o furo? Não era capaz de vê-lo.” É isso, o velho Crísias tinha razão: “Seguindo a sombra, o tempo envelhece depressa” (legenda do livro de AT, fragmento pré-socrático, atribuído a Crísias). E-mail: [email protected]“Alemanha provavelmente teria ganhado a guerra”
Luiz Caldas Sobre o artigo “Melhores generais da Alemanha não obedeciam Hitler” (Jornal Opção 1878) A Alemanha perdeu devido à obediência cega a um lunático. Se não houvesse aberto duas frentes (ao atacar a União soviética em 1941) provavelmente teria ganhado a guerra. Hitler era um lunático declarado, mas hoje não estamos convivendo com outros, porém de forma velada? Qual a diferença do ataque à Polônia em setembro de 1939 com o do Iraque recentemente? Os motivos são os mesmos: econômico. O atual xerife do mundo defende direitos humanos (motivo oficial do ataque ao Iraque), mas lançou duas bombas atômicas em alvo civil. O Japão atacou sem declarar guerra, mas o alvo foi militar. E-mail: [email protected]“FHC e PSDB são neoliberais, não liberais”
Wesley Gomes Sobre o artigo “A imbecilidade neoliberal” (Jornal Opção 1979): O neoliberalismo de fato existe, mas ele é confundido pela intelectualidade esquerdista com o liberalismo clássico. O neoliberalismo não é nada mais que uma nova forma de intervencionismo, o que pode ser visto no Consenso de Washington. O neoliberalismo defende um estado “menos intervencionista” e “mais eficiente”, onde há uma boa margem para a economia de mercado, mas onde essa economia ainda fica submetida aos caprichos do Estado. O liberalismo clássico, por outro lado, defende totalmente a economia de mercado e há economistas que são minarquistas, achando que deve existir o Estado mínimo, que não deve influenciar em quase nada na economia. Há também entre os economistas austríacos os anarco-capitalistas — que defendem a abolição completa do Estado. Segundo eles, o Estado distorce o valor conferido à propriedade privada. Então o neoliberalismo não é nada mais do que o liberalismo clássico adaptado ao paladar socialista. Os marxistas dogmáticos insistem em dizer que o neoliberalismo é sinônimo de liberdade de mercado, quando, na verdade, não é. Mesmo assim essa política ainda defende uma economia planificada. Um exemplo de países com economias liberais está na lista da Heritage Foundation, que mostra os países que têm o maior índice de liberdade econômica. É preciso ver os que estão no topo e os que estão na lanterna. Dessa forma, podemos afirmar que o FHC e o PSDB são neoliberais, mas eles não são liberais, pois defendem um “estado musculoso” (expressão do próprio FHC). Mesmo assim eles são considerados capitalistas e pró-mercado, pois devido à intoxicação ideológica marxista nas universidades e escolas, mesmo no neoliberalismo há mercado de mais. O certo, segundo os marxistas, seria uma economia totalmente planificada (como em Cuba) ou semiplanificada (deixa uma parte minúscula parcialmente livre e o resto amarrado, como ocorre na China e no Brasil). E-mail: [email protected]“Brasil condicionou a sociedade a precisar de investimentos em segurança”
Antônio Alves A matéria “Índice de analfabetismo escancara descaso da população e dos governantes com a educação” (Jornal Opção Online) chama a atenção para um fato. O crescente aumento da criminalidade, nos últimos cinco anos, é uma ironia que cobra dos governos o investimento dos 18% de arrecadação de impostos da União e os 25% dos Estados e municípios. O Brasil condicionou a sociedade de maneira a necessitar desses investimentos. Há passos dados que não permitem voltar atrás. E, muito provavelmente, o que não se gasta com educação terá que se gastar com segurança e combate às drogas, pois essa já é uma realidade incontestável. Uma coisa é certa: um país sem Educação é um país sem futuro. E as mudanças não passam apenas por investimento. Hoje se faz necessário fazer o caminho de volta. E para isso é preciso repensar temas polêmicos como direitos humanos e maioridade penal, bem como a questão do trabalho do jovem adolescente. E-mail: [email protected]“Pessoas demonstram ser a favor da justiça pelas próprias mãos”
José Carlos Pego ônibus todos os dias e ouço passageiros comentando sobre diversos assuntos e temas. Assuntos ligados à segurança pública e justiça ganham cartaz. Há alguns anos, percebi a indignação das pessoas com as punições brandas a criminosos, dando a entender que o crime compensa. Percebi também que os passageiros demostraram ser a favor de se fazer justiça com as próprias mãos, pois não acreditam nas leis, como demonstrado pela matéria “Populares matam homem suspeito de assassinato em Luziânia” (Jornal Opção Online). Esse quadro não é bom para a política semidemocrática instalada no nosso país. Porém, se não houver mudanças nas leis penais, mais criminosos serão mortos ou feridos pela população honesta e trabalhadora. Acredito que muitos dos criminosos que sofreram ações de justiceiros no Brasil, cometeram diversos crimes e foram beneficiados por leis penais fracas. A OAB poderia lutar junto ao Congresso para que fosse aprovada uma lei que previsse a redução de pena somente para os réus primários, e em caso de reincidência o criminoso iria cumprir a pena integral. Assim, com certeza, o cenário atual referente à criminalidade iria mudar e os justiceiros deixariam de existir. Sabemos que isso nunca vai acontecer, por que a OAB não comunga com esse pensamento, por motivos óbvios. E-mail: [email protected]“É da competência da União legislar sobre transporte interestadual”
Allan Barreto O Projeto de Lei citado a matéria “Projeto de Lei cria mecanismos para identificar torcidas organizadas” (Jornal Opção Online), é uma bobagem e uma inconstitucionalidade. Apenas no transporte interestadual a lei obriga o passageiro a identificar-se, mas apenas no momento do embarque. Também, é da competência da União legislar sobre o assunto e, ao Estado, cabe licitar e fiscalizar o serviço intermunicipal. E-mail: [email protected]“São necessários mais investimentos nas licenciaturas”
Edergênio Vieira O projeto destacado na matéria “Escolas brasileiras poderão ser obrigadas a garantir fluência oral ao ensinar língua estrangeira” (Jornal Opção Online) é louvável. Todavia, não será garantido por força de lei. São necessários mais investimentos nas licenciaturas, que em geral são ofertadas por instituições públicas. Por exemplo, os cursos de letras em língua estrangeira deveriam garantir pelo menos um ano de imersão na língua com aulas práticas fora do país. Só aprendemos a falar uma língua falando. Só seremos fluentes tendo contado com o falante estrangeiro nativo. A gramática normativa deve ser entendida como mais um elemento da língua. Na aquisição da língua, não deve ser o único, uma vez que existem outros métodos. Acredito que estamos começando a entender isso. Porém, ainda muitos alunos viciados em saber estruturas que por si só ficam anacrônicas e obsoletas... Já dizia Ferdinand de Saussure: a língua foi imposta ao indivíduo, enquanto a fala é um ato particular. A soma língua + fala resulta na linguagem. Logo, devemos auxiliar nossos alunos no desenvolvimento da linguagem dotando nossos alunos das condições necessárias de leitura e interpretação do mundo, construindo assim seu próprio discurso. Dessa forma, resumir o ensino à mera gramática é engessar todos naquela que Carlos Drummond de Andrade chamou de “Amazonas da minha ignorância”. E-mail: [email protected]
Clodoveu Reis: “O povo anapolino aprova o governo de Antônio Gomide”
Analisando a alta aprovação da administração do ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT), o ex-deputado estadual Frederico Jayme (PMDB), bem visto no município, disse que o atual candidato ao governo não fez grandes modificações na cidade. Jayme analisa o caso da seguinte maneira: “Anápolis era feia, principalmente a parte central, que tinha os pavimentos e praças muito desgastadas. Medidas pequenas poderiam mudar aquele visual. Gomide percebeu isso. Vem daí sua grande aprovação como gestor”.
Com a imagem da cidade bonita no governo dele, disse o ex-deputado, Gomide teve boa votação. Frederico Jayme, no entanto, faz o contraponto, ao dizer que a gestão de Gomide não teria sido tão notável. “Não é isso tudo, tanto que Marconi está subindo nas pesquisas em Anápolis e Gomide está sofrendo queda”.
O secretário de Obras, Serviços Urbanos e Habitação de Anápolis, Clodoveu Reis, responde o ex-deputado, afirmando que Frederico não conhece mais a cidade, pois se mudou há muito tempo. “Nós asfaltamos todos os bairros, foram quase um 1 milhão de metros em asfalto. Isso não é só embelezamento. É asfalto com galerias de água pluvial. Nós fizemos obras em bueiros, cujas passagens de córregos, que não funcionavam, contabilizavam mais de 50 espalhados pela cidade. Construímos dois viadutos importantíssimos no centro da cidade. Fizemos correções de drenagem nas obras que foram realizadas com o partido dele [PMDB] no poder. Lugares que já estavam prontos e precisavam de correção”, pontua. Os viadutos são outros pontos citados por Jayme. Segundo ele, Gomide recuperou o pavimento nas ruas centrais e fez fontes luminosas. “E conseguiu, com recurso federal, fazer uma trincheira — que por sinal está deixando muito a desejar. Ônibus batem nas laterais, carros se acidentam, pois a pista ficou muito estreita”, diz.
Sobre a popularidade, Clodoveu também responde: “O povo, quando atribui 92% de aprovação a um governo, não o faz por ser um povo bobo. Se fosse só por embelezar a cidade, o povo não acreditaria nisso”. Ele ainda pontua que os moradores das mais longínquas periferias estão satisfeitos com o que foi feito. “Essa afirmação política é até nojenta. Eu vivi aqui nos últimos 50 anos, sei o que foi feito e nunca foi feito tanto pelo município quanto agora.”
Clodoveu vai além. Ele cita, por exemplo, que na área do esporte foram feitas ações para que mais de 20 mil crianças fossem matriculadas em programas para a primeira idade. “O Parque Ipiranga, uma área em que depositavam lixo, no Jundiaí, hoje é um local onde cerca de 3 mil pessoas estão aproveitando o lazer, ao final da tarde. Portanto, não é para embelezar, é justamente para cuidar do lazer.”
O secretário declarou enquanto cidadão que mora e conhece a cidade: “Sou engenheiro e professor universitário. Fico muito satisfeito com tudo o que foi feito. Se perguntar aos cidadãos anapolinos sobre a diferença entre essas e as outras gestões, ouvirá que foi privilegiada a infraestrutura, a educação, saúde e o lazer”. Ele conclui dizendo que Frederico faz denúncias vazias, em período eleitoral.