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Outubro Rosa no combate ao câncer de mama

De acordo com levantamentos do Instituo Nacional do Câncer (Inca), a cada ano, aproximadamente 14 mil mulheres morrem no Brasil de câncer de mama. Por isso, todos os anos, em outubro mo­numentos e espaços públicos são iluminados de rosa pa­ra representar a luta contra a doença. Em Anápolis, o viaduto Nelson Mandela foi enfeitado de faixas e banners, que fa­rão menção à campanha internacional Outubro Rosa. Nesta quarta-feira, 22, o Cais Mulher realiza o dia D e distribuirá rosas para conscientizar as anapolinas quanto à importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Durante a semana, serão feitos exames, consultas especializadas e palestras educativas. “Estamos em pleno século 21 e ainda temos mulheres morrendo por falta de exames preventivos. Além disso, nós entendemos que esse não é um assunto que interessa apenas ao universo feminino, pois todos nós temos peito”, afirma a vereadora professora Geli, destacando que a doença também atinge homens.

Plano é acabar com as erosões em 90 dias

Após várias tentativas sem sucesso, a região da Rua Leopoldo de Bulhões, no Centro, receberá, nas próximas semanas, intervenções para solucionar o problema de erosões existente há décadas. Segundo o secretário de Obras, Serviços Urbanos e Habitação, Leonardo Viana, o projeto, orçado em mais de R$ 4 milhões, será executado com recursos municipais e entregue em até 90 dias. “Além da construção de um muro de sustentação e drenagem do lençol freático da região, será realizado um estaqueamento metálico e o reforço do solo com atirantamento, que é um dos métodos mais modernos de contenção”, explicou Viana. A Secretaria de Meio Ambiente deverá acompanhar a obra, que fica próxima a uma das nascentes do córrego Catingueiro. “Foram mais de cinco meses dedicando esforços junto às equipes da prefeitura para que possamos garantir uma obra funcional, que atenda e dê segurança à população da região”, afirmou o prefeito João Gomes (PT).

Malala levou , mas Edward Snowden também merecia um Nobel da Paz

Adolescente foi reconhecida pelo comitê norueguês também porque atua ativamente contra o governo de seu país

“O Cerrado é o berço de águas do Brasil”

Pedro Freitas cartas1Professor Altair Sales Bar­bosa é, sem dúvida, um dos maiores es­tudiosos do assunto mostrado pela entrevista “O Cerrado está ex­tinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água” (Jor­nal Opção 2.048) e sua opinião, como sempre, foi muito pertinente para o momento que vivemos. O Cerrado é o berço de águas do Brasil e sua ocupação, sem critérios, implica sim em alteração no regime hídrico que prejudica o fornecimento de água potável nas cidades, assim como sua disponibilidade para a produção de alimentos, com ou sem irrigação; as atividades agroindustriais; e, no final, a qualidade de vida de hu­manos, animais e de toda a flora. Substituir a vegetação natural de Cerrado por lavouras e pastagens exige uma quota de responsabilidade de quem autoriza — o governo — e de quem executa — os empresários rurais. Existem tecnologias que proporcionam manter a capacidade de captação de água e recarga de aquíferos próximos à da vegetação nativa. O uso dessas tecnologias não faz parte de políticas públicas ou de recomendações agronômicas, quando se trata da produção de alimentos, fibras e matérias-primas. O exemplo mais marcante é o entendimento dos princípios básicos do sistema de plantio direto, os quais, uma vez respeitados, aumentam a infiltração de água no solo e a promovem a recarga plena de aquíferos. Pedro Freitas é Rio de Janeiro (RJ) Email: [email protected]

“É preciso focar em pesquisas voltadas para recobrar o Cerrado”

Miranda de M. Obrigada pela entrevista! Ex­tremamente educacional para mim. Perguntas que me vieram à cabeça — não é possível melhorar a situação fazendo: 1) Buracos profundos com pedras para captar a água das chuvas e reabastecer os aquíferos? (Vi algo assim sendo feito na Índia — muitos buracos relativamente pequenos); 2) Mudar o tipo de pavimentação das cidades para algum material permeável? 3) Educar a população e, sobretudo, os construtores e fornecedores de materiais de construção, não permitindo o uso externo de coberturas de solo impermeáveis? Essas ações, obviamente em pa­ra­lelo com pesquisas voltadas a recobrar o Cerrado (o que agora vejo co­mo crítico para o país), e vários ex­perimentos de intervenção recuperativa — enfocando inicialmente nos sistemas hídricos — podem ajudar. Email: [email protected]

“Esta já é a melhor literatura sobre a realidade que extinguiu o Cerrado”

José Carlos Marqui Excelente exposição do professor Altair Sales. Como cidadão consciente, considero esta entrevista a melhor literatura sobre a realidade que extinguiu o bioma Cerrado. Por falta de tempo, adiei várias audiências com o professor Sales, encontro sempre motivado pelos amigos Ortizon Filho e convites do professor Agostinho Carneiro. Foi melhor, pois agora tenho ampla noção dos conhecimentos, dedicação e carinho dos mestres do Instituto do Trópico Subúmido (ITS), voltados à conservação do Cerrado Nacional. Email: [email protected]

“Era melhor indicar Caiado para a Saúde, mas isso não significa que ele não será bom na Segurança Pública”

Antonio Alves Conforme o mostrado na matéria “‘Bomba de Iris foi um traquezinho’, diz delegado Waldir sobre anúncio de Caiado como secretário” (Jornal Opção Online), o delegado Waldir tem razão: melhor seria ter indicado Ronaldo Caiado para a Saúde, mas isso não significa que Caiado não será um bom Secretário de Segurança Pública. Gregor Mendel, pai da Gené­tica, não foi biólogo, era padre. Embora segurança seja uma questão técnica, não deve ser feita exclusivamente pelo secretário, o secretário toma decisões administrativas e dá fé aos documentos públicos. É a equipe técnica que faz o serviço. Acho que o delegado deve se lembrar de que José Serra (PSDB), mesmo sendo economista, foi ministro da Saúde no governo FHC. Email: [email protected]

“Neoliberalismo é confundido pela esquerda com o liberalismo clássico”

Wesley Gomes O neoliberalismo de fato existe, como mostrado na matéria “A imbecilidade neoliberal” (Jornal Opção 1.979), mas ele é confundido pela intelectualidade esquerdista com o liberalismo clássico. O neoliberalismo não é nada mais que uma nova forma de intervencionismo e pode ser visto no Consenso de Washington. O neoliberalismo defende um Estado “menos intervencionista” e “mais eficiente”, onde haja uma boa margem para a economia de mercado, mas onde a mesma ainda fica submetida aos caprichos do Estado. Já o liberalismo clássico defende totalmente a economia de mercado e há economistas que são “minarquistas”, porque acham que deve existir o Estado mínimo, onde o mesmo não deve influenciar em quase nada na economia. Há também entre os economistas austríacos os anarco-capitalistas – que defendem a abolição completa do Estado, pois, segundo eles, o Estado distorce o valor conferido à propriedade privada. Então, o neoliberalismo não é nada mais do que o liberalismo clássico adaptado ao paladar socialista. Os marxistas dogmáticos insistem em dizer que o neoliberalismo é sinônimo de liberdade de mercado, quando na verdade não é, pois, mesmo assim, ele ainda defende uma economia planificada. Entendeu agora por que os liberais odeiam ser rotulados como “neoliberais”? Se você quer um exemplo de países com economias liberais, veja a lista da Heritage Foundation, onde mostra os países que têm o maior índice de liberdade econômica e vejam os que estão no topo e os que estão na lanterna. A partir dessa conclusão podemos afirmar que FHC e o PSDB são neoliberais, mas eles não são liberais, pois defendem um “Estado musculoso” (ex­pres­são do próprio FHC). Mas, mesmo assim, eles são considerados capitalistas e pró-mercado, pois, devido à intoxicação ideológica marxista nas universidades e escolas, mesmo no neoliberalismo, há mercado demais. O certo, segundo os marxistas, seria uma economia totalmente planificada (como em Cuba) ou semiplanificada (deixa uma parte minúscula parcialmente livre e o resto amarrado, como ocorre na China e no Brasil). Email: wesley_f_gomes@hotmail

“Ronnie Von e Chico Buarque me decepcionaram”

Betinha Abreu catas2Concordo com o que foi exposto na matéria “Ronnie Von vira santo em biografia autorizada” (Jornal Opção 2.045). Quando eu era pré-adolescente, quando havia aquele movimento da Jovem Guarda e da MPB, eu virei fã do Ronnie e do Chico Buarque, que hoje me decepcionaram. O Ronnie ficou chato demais, muito arrogante com esse negócio de “conhecer tudo”. Acho que a gente deve demonstrar que conhece alguma coisa dentro de um contexto, e também por tentar ignorar sua história com a Ana Luisa, com quem ele acabou o casamento. Já o Chico decepcionou pelas suas escolhas políticas. Estou imaginando um livro cor de rosa. Email: [email protected]

“Falar de Pio Vargas é dividir um sentimento pelo qual ainda me emociono”

Linda Rezende Muito obrigada pela brilhante volta ao passado, na matéria “Três poemas de Pio Vargas” (Jornal Opção 1.906). Pio Vargas passou por aqui como um cometa com luz própria em tempos de juventude, efervescência cultural e revolução. Com certeza, hoje, está brilhando no céu. Falar de Pio Vargas é dividir um sentimento pelo qual ainda me emociono como se ele ainda estivesse aqui. Ele era muito engraçado, gozador, brincalhão. Eu e vários colegas fazíamos parte da Comissão Nacional da Juventude e Pio era o presidente daquele órgão, que existia no PMDB, que era um partido probo e idealista, que nós, jovens, achávamos que poderia mudar o mundo. E, realmente, nós éramos meio revolucionários mesmo. Não concordávamos com as imposições políticas da época. Luramos contra a ditadura militar. Sem dinheiro, nós fazíamos pedágios pelas cidades para conseguir dinheiro a fim de ir participar das convenções em São Paulo, mais precisamente em Osasco. Lembro-me como se fosse hoje das noites frias. Tremíamos de bater queixo, pois tínhamos poucos agasalhos e o frio era de doer na pele. Alojávamo-nos em um ginásio público, mas lá estávamos. Foram muitos ônibus nessa época que saíam da Praça Cívica em direção a São Paulo e Pio Vargas foi convidado à mesa de honra, como tinha de ser. E quem foi fazer a abertura do evento? Ele, o presidente do partido, o presidente do Congresso Nacional, o maior mito de nossa história contemporânea: Ulisses Guimarães. Após os cumprimentos e elogios aos jovens que ali estavam, o então deputado Ulisses, já velhinho, afirmou: —Eu sou um peemedebista histórico... E sem maiores cerimônias, Pio Vargas o interpelou: — Histórico sou eu, presidente, o senhor é pré-histórico. A gargalhada foi geral, inclusive do próprio Ulisses. Daí em diante a convenção transcorreu no maior clima de alegria e entusiasmo. E a tirada agradou tanto ao velho Ulisses que, muitas vezes depois, em ocasiões diversas, afirmou que era um “peemedebista pré-histórico”. Saudades do meu amigo Pio por termos dividido muitos momentos agradabilíssimos. Email: [email protected]

O Brasil é um país homofóbico?

cartas.qxdA matéria “O Brasil já vive sob a ditadura das minorias” (Jornal Opção 2048), do jornalista José Maria e Silva gerou um extenso debate na rede social Facebook na última semana. Por isso, reproduzimos uma parte da longa discussão: Rodrigo César Dias: Engraça­do, eu achava que o ditador era aquele que mandava e desmandava, o que impunha sua vontade a todos. Mas veja que ditadura curiosa essa dos gays e das feministas: os gays não conseguem criminalizar a homofobia, nem garantir por lei o casamento civil, nem doar sangue. As mulheres não conseguem receber o mesmo salário dos homens pra desempenhar a mesma função, nem realizar abortos que são permitidos por lei. O Zé Maria me apresentou a um novo conceito de ditador: é aquele que não manda, mas se submete à vontade alheia. Wenceslau Miro Cezne: Um dos aspectos que não entendo nesses movimentos é por que as pessoas fazem questão de, a toda hora, quererem dizer e mostrar às demais pessoas que têm uma cor de pele negra e que tem uma preferência sexual diferente. Em vez disso, por que não tentam mostrar às outras pessoas seu valor e competência como pessoa? Significa dizer: “Não gosto que vocês olhem para a minha cor da pele ou queiram saber a minha preferência sexual, mas percebam o meu valor como pessoa humana”. João Paulo Lopes Tito: Hoje em dia, a força que uma minoria faz para ser valorizada e respeitada enquanto ser humano, e para fazer valer seus direitos e liberdades vem sendo chamada de “ditadura”. Qualquer mudança de status quo incomoda mesmo. Que chiem os conservadores, mas estamos testemunhando mudanças históricas. Por outro lado, não vejo, de modo algum, como censura o que fizeram com Levy Fidelix. Porque não fizeram a mesma coisa com o Pastor Everaldo e com Aécio Neves, que também são defensores “da família”. A crítica ao Fidelix não foi por expressar sua opinião: foi por incitar o ódio. Fidelix não discorda dos homossexuais - ele incita a maioria a lutar contra a minoria. Defende que homossexuais sejam tratados longe de nós, “normais”, “homens de família”. Dar opinião é uma coisa, incitar o ódio, a discriminação e a segregação social sempre foram, e continuarão, sendo coisas de covardes e hipócritas. Maria Reis: E não tem coisa menor e medíocre do que discutir cor e opção sexual das pessoas. Emille Lemes: Por que será que esse povo fica desfilando com bandeiras coloridas e/ou cobrando o respeito à cor da pele? Nunca vi heterossexuais desfilarem e nem brancos cobrarem respeito à sua cor. Dar o melhor de nós é o bastante para que as pessoas nos valorizem. João Paulo Lopes Tito: A meu ver, a questão que você propõe foi invertida antes, Emille. O preconceito às diversas minorias surge justamente porque a questão que você apresenta não foi feita lá atrás. A discriminação por classe social, cor, religião e sexualidade adveio inicialmente porque, mesmo dando o melhor de si, alguns grupos não foram devidamente valorizados – antes, foram marginalizados. Brancos nunca foram discriminados apenas por terem essa cor de pele, nem heterossexuais por sua sexualidade. Por que eles sairiam às ruas? Por que discursariam sobre o orgulho em pertencer a essa classe? Não há motivo. Infelizmente, dar o melhor de nós não é suficiente para que nos valorizem enquanto seres humanos. Aliás, cuidado! O simples fato de te incomodar que pessoas saiam às ruas se expressando livremente (seja lá em que sentido for) pode ser sintomático. A cura para o preconceito começa com a análise e aceitação de nossos próprios defeitos, internamente. Wenceslau Miro Cezne: Vejo incoerência nesses movimentos porque promovem as características da cor da pele ou preferência sexual e outras questões. Quanto mais as pessoas queiram que eu as veja como negras ou gays, estas tenderão a serem as suas características pessoais principais para mim e para muita gente. Mas, no entanto, eu gostaria que a sua cor de pele ou preferência sexual não tivesse importância para mim, mas sim a suas características pessoais como competência, personalidade, etc. Seria desejável a maior integração possível e não o separatismo ou compartimentação das pessoas na sociedade. Thiago Burigato: Denise Var­gas, se a pessoa que foi assassinada não era negra e nem gay, então certamente o motivo de sua morte não foi a sua cor de pele ou sua orien­tação sexual, já que simplesmente não se matam brancos por serem brancos ou héteros por serem héteros. Wenceslau Miro Cezne, ninguém quer ser visto por sua cor de pele ou por sua orientação sexual. Aliás, é justamente o oposto disso. Mas, infelizmente, até hoje são apenas por essas características que boa parcela da população é caracterizada, estereotipada e julgada pelo restante da sociedade. Emille Lemes, brancos e héteros não fazem desfiles carregando bandeiras por sua cor de pele ou orientação sexual simplesmente porque não há direitos a reivindicar que os outros não tenham e nem lutas a serem travadas para não serem discriminados. Denise Vargas: É mesmo? Onde está a homofobia que as pessoas tanto pregam? Cerca de 200 homossexuais são mortos todos os anos e 70% das mortes acontecem porque gays matam outros gays, seu parceiros (como o caso Donati). Portanto, cadê os cristãos que saem das igrejas do Malafaia e matam gays nas ruas? Onde estão estas pessoas? Vocês querem criminalizar qualquer senhora de 80 anos que torce o nariz ao ver dois homens se beijando? A verdade é que o movimento gay quer privilégios e não direitos iguais, aí promovem um discurso de ódio que simplesmente não existe. Eles é que são heterofóbicos, cristaofóbicos e outrosfóbicos. Com certeza. Aliás, Thiago, está cheio de gays criticando os fundamentalistas LGBT e falando as verdades na Internet. Thiago Burigato: Acontece que os discursos religiosos servem de combustível para atitudes de ódio e preconceito, que então ficam travestidos de uma aura de moralidade. Esses discursos, inclusive, geram o fenômeno que provoca o assassinato de gays por outros gays: a homofobia internalizada. Ensinado a vida toda que seu desejo é errado e pecaminoso, o pensamento é mais ou menos o seguinte: “Meu Deus, pequei! Cedi aos meus desejos 'impróprios' e ninguém pode saber disso.” Ensinado que o desejo dele - e a própria identidade dele - é suja e errada, o que ele faz? Mata seu objeto de desejo, que por sua simples existência o lembra de quem ele é, como se estivesse matando seu próprio desejo. Pergunte a qualquer psicanalista e ele vai confirmar o que digo. Repare que o assassino de Donati se recusa a se assumir como homossexual. João Paulo Lopes Tito: A questão para mim é simples: a pessoa que ouve as palavras do Levy Fidelix e diz que não existe homofobia, não existe preconceito e, pelo contrário, o movimento LGBT é que cria um discurso de ódio deve viver em outro mundo. Um mundo onde “homofobia” só acontece quando um heterossexual mata um homossexual. Não tem nenhuma lógica.

“E a política não é uma competição moral. É uma disputa pelo poder”
[caption id="attachment_17815" align="alignleft" width="620"]Arnaldo Neto: “Vejo que o PT está buscando o apoio da Marina nas eleições. E daí, meus jovens? Qual a novidade? Isto é política, tão somente. E política não é uma competição moral” / Foto: Reuters Arnaldo Neto: “Vejo que o PT está buscando o apoio da Marina nas eleições. E daí, meus jovens? Qual a novidade? Isto é política, tão somente. E política não é uma competição moral” / Foto: Reuters[/caption] Arnaldo B. S. Neto No meu tempo de movimento estudantil, na Goiânia da segunda metade dos anos 1980, nós, os “reformistas”, éramos rivais dos “trotskistas” e dos “stalinistas” (isto foi em outra vida, tenho certeza!). Nosso principal esporte consistia em nos atacarmos mutuamente, com uma fúria verbal absoluta. Mas, vez ou outra, entre uma assembleia, eleição ou manifestação, terminávamos no boteco, tomando cerveja e rindo das atitudes uns dos outros. Vez por outra as alianças mudavam, e os espinafrados de ontem viravam os aliados do dia seguinte. Sem saber, eu estava aprendendo ali algo muito importante sobre a política: a de que ela não pode ser tida como um subproduto da moral. Aliás, quando verdadeiramente é pensada assim, você termina sendo proibido de beber e sua namorada é obrigada a usar burca para ir à escola (se puder ir à escola...). Pois bem, vejo aqui a notícia de que o PT está buscando o apoio da Marina nas eleições. E daí, meus jovens? Qual a novidade? Isto é política, tão somente. E a política não é uma competição moral. É uma disputa pelo poder. E escrevo isto por uma razão. Há quem confunda o âmbito da moral e o da política. Só isto explica que alguém cancele a amizade, mesmo que virtual, com outra pessoa, por conta de uma opinião política ou de uma escolha eleitoral. Quem age assim está fazendo um juízo de inteiro desapreço sobre uma pessoa (ela não presta! é um babaca!) com base tão somente num aspecto limitado de sua individualidade. Nesta armadilha não escorrego. Votar no Pastor Everaldo não faz de ninguém um canalha e nem votar no Eduardo Jorge faz de alguém um poço de virtudes. O mesmo vale para as escolhas de Dilma e Aécio. Somente no relato bíblico do apocalipse, o bem e o mal se enfrentam frente a frente. Mas, como sabem, Goiânia sequer tem estrutura para este tipo de evento como o fim do mundo... O âmbito da política, mesmo que permeado por questões morais, tem a sua autonomia (relativa, obviamente). Finalmente (texto de internet não pode ser longo demais), mesmo que projetos distintos estejam em disputas e os conceitos de direita e esquerda ainda façam sentido, não confundam política com moral. Você estará cobrando algo que o político (ou o partido) que você acredita lhe representar não irá lhe dar nunca, caso realmente possua um projeto de chegar e ficar no poder. Seus adversários de hoje são os aliados de amanhã e todos irão comemorar a vitória (o que interessa!) num restaurante chique. Você, pobre sujeito, que achou que tudo era uma questão puramente moral, tão somente ficou sem amigos... Valerá a pena? Arnaldo B. S. Neto é doutor em Direito Público pela Universidade Vale dos Sinos (Unisinos-RS) e professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Aliança com Gomide não fortalece Iris em Anápolis

[caption id="attachment_2841" align="alignright" width="620"]Foto: Fernando Leite O candidato peemedebista, Iris Rezende, obteve apenas 4,59% dos votos anapolinos e a proposta de aliança política para o segundo turno não favorece sua candidatura no município[/caption] No é segredo que o PMDB não é bem visto no município anapolino. O governo de Maguito Vilela (PMDB), de 1995 a 1998, deixou resquícios. A cidade não foi prestigiada pelo então governador como um polo industrial em expansão. E o resultado novamente apareceu nas urnas neste ano: o candidato ao governo de Goiás pelo PMDB, Iris Rezende, obteve apenas 9 mil votos (4,59%) em Anápolis. Nessa conta, alguns fatores interferiram. Primeiro, a gratidão do eleitorado anapolino pelo governo municipal do petista Antônio Gomide. O imbróglio com o então vice Tayro­ne Di Martino que renunciou à candidatura na última semana antes das eleições, não tirou Gomide do páreo e o petista levou 56,41% dos votos de Anápolis, quase 111 mil eleitores. Segundo, o tucano Marconi Perillo soube bem destacar as obras que fez no município. A aprovação se mostrou nos 34,13% dos votos, ou seja, cerca de 65 mil eleitores votaram no candidato tucano. Porém, o voto útil foi conversa fiada. Marconi não levou os votos de Gomide e tampouco derrotou Iris no primeiro turno, como pré-anunciado. E para o segundo turno, diferentemente do terceiro colocado em número de votos, Vanderlan Cardoso (PSB), que se posicionou neutro, Gomide e o PT estadual decidiram creditar apoio à candidatura de Iris. O prefeito do município, João Gomes (PT), desmentiu a informação dos bastidores de que apoiaria o tucano-chefe, com quem tem amizade e aliança antigas. De todo modo, João Gomes disse que não participou da reunião que resultou no apoio da sigla a Iris. “As decisões são muito rápidas, pois é um período muito curto entre primeiro e segundo turnos. Meu trabalho é dedicado à prefeitura. Meu expediente começa às sete da manhã e saio às dez horas da noite. Por isso, faremos o que for possível, fora do expediente”, afirmou o prefeito João Gomes. O vice-presidente do PT, Ceser Donisete, comentou que a proposta de apoio é campanha de rua. Enquanto o material gráfico não fica pronto, como bandeiras e adesivos, o presidente informa que o partido tem mobilizado as li­deranças de todo o Estado. Se­gun­do ele, a aposta é valorizar os jovens, as mulheres, os professores e firmar a bandeira de Iris e da candidata à Presidência da Repú­blica, Dilma Rousseff (PT), não apenas em Anápolis, mas em todo o Goiás. O “porém” é que, ainda que seja preferência do eleitorado anapolino, Gomide não consegue transferir votos e, muito menos, o foco do atual prefeito é em prol de Iris. Além disso, a campanha tucana será proativa e propositiva. Segundo o presidente do PSDB de Anápolis, Valto Elias, houve uma conversa com as lideranças e com a base aliada na última semana. Ficou definido que, a partir desta semana, a campanha estará nas ruas. “Res­saltaremos o que foi feito, como os investimentos no polo industrial, as obras do aeroporto de cargas e do Centro de Conven­ções, que fortalecem a cidade. E nós também mostraremos o que poderá vir com a reeleição de Marconi Pe­rillo. Já existem 40 empresas na espera de uma vaga no Daia 2”, conclui.

Cia de dança faz espetáculo

A companhia de dança Quasar Jovem apresenta os espetáculos Fica Comigo e Lupita em uma mesma sessão, nesta segunda-feira, 13, no Instituto Federal de Goiás, em Anápolis. “São espetáculos bem juvenis e gostosos de assistir” ressalta a coordenadora do grupo, a bailarina mexicana Martha Cano. Segundo ela, o objetivo, além de lotar o teatro, é atrair os anapolinos para que “prestigiem e valorizem essa arte que é muito deleitosa.”  Os espetáculos foram coreografados, respectivamente, por João Paulo Gross e Daniel Calvet. Com 40 minutos de duração, Fica Comigo é um espetáculo mais denso que rememora as lembranças de um homem. Já Lupita, com 45 minutos de dança, é uma dança de luz, figurino e música alegre ou, como diz Martha, é “totalmente uma novela mexicana.” Com 7 anos, a Quasar Jovem é um projeto de formação de bailarinos. O elenco, composto por dez bailarinos goianos com idade entre 17 e 21 anos, iniciou o processo criativo e laboratorial em março. Diferentemente, Martha explica que a companhia Quasar é um grupo profissional: “A Quasar ‘velha’, como brincamos, é um grupo de bailarinos profissionais. Eu e meus companheiros já passamos por várias companhias. Na Quasar Jovem, nós formamos os bailarinos”. A entrada para os espetáculos é franca.

Consultório na rua disponibiliza atendimento em saúde itinerante

[caption id="attachment_17795" align="alignleft" width="320"]Profissionais de saúde e assistência social percorrem a cidade e disponibilizam cuidados em saúde às pessoas em situação de risco Profissionais de saúde e assistência social percorrem a cidade e disponibilizam cuidados em saúde às pessoas em situação de risco[/caption] Com base em um acompanhamento feito através do programa nacional “Crack, é possível vencer”, coordenado pelo Ministério da Justiça, a diretora de Saúde Mental de Anápolis, dra. Marinalva Ribeiro Neto Almeida, afirma que uma grande parcela da população nacional é, historicamente, desassistida e que, no município, a situação não é diferente. Para mudar esse quadro, a prefeitura anapolina, em parceria com a secretaria municipal de Saúde, realiza um programa da Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, o “Consultório na rua”. Há mais de um ano, o veículo transporta uma equipe itinerante que disponibiliza cuidados em saúde aos moradores de rua e às pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Médico, psicólogo, assistente social, técnico em higiene bucal, terapeuta ocupacional, enfermeiro e técnico de enfermagem atendem essas pessoas em situação de risco e propõe ampliar o tratamento para o alcoolismo e uso de drogas. Os profissionais mapeiam os principais pontos de uso de drogas em locais públicos.  A equipe realiza os atendimentos e encaminha os usuários para os demais serviços de saúde oferecidos. Marinalva explica que a ação é feita em duas vias: “Essas pessoas não costumavam chegar até as unidades de cuidado, seja por não buscarem o serviço ou porque, quando o buscavam, o serviço não estava preparado para atendê-las. Por isso, temos levado essa população para as demais unidades de saúde e temos preparados os profissionais para recebê-la”. A ação também reintegra essas pessoas em situações extremas à sociedade e os apoia com moradia e trabalho. Segundo Marinalva, o resultado já é muito positivo.

Inscrições abertas para o Bolsa Cultura

A Secretaria Municipal de Cultura divulgou na quinta-feira, 9, que estão abertas as inscrições para o programa Bolsa Cultura, que disponibiliza sete vagas para o Corpo de Baile (4 vagas), Orquestra Jovem (1 vaga para piano e 1 para trombone ou flauta) e Companhia Anapo­lina de Teatro (1 vaga). O processo seletivo é para pessoas acima de 16 anos. As inscrições continuam abertas até o dia 22 de outubro. No dia 25, os artistas participarão de uma audição, realizada por uma banca especializada. O resultado sairá até o dia 30, também desse mês. Criada pela Prefeitura do município, a Bolsa Cultura disponibiliza uma bolsa de R$ 400 por 12 meses a cada artista selecionado. O benefício contempla, ao todo, 50 pessoas que utilizam o recurso em ensaios, montagens e apresentações. Em contrapartida, os beneficiados disponibilizam dez horas semanais a projetos de formação artística, desenvolvidos pela Secretaria de Cultura.

Detran aprova o transporte escolar do município

O Departamento de Transporte Escolar da Secretaria de Educação de Anápolis gerencia uma frota com mais de 50 veículos, que transporta, mensalmente, mais de três mil estudantes de quatorze escolas municipais, dez estaduais e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Na quarta-feira, 8, o serviço recebeu aprovação em todos os itens inspecionados pelo Depar­ta­mento Estadual de Trânsito (Detran). Realizada desde 2011, em parceria com o Ministério Público de Goiás, a inspeção garante segurança e qualidade do serviço em todo o Estado. A coordenadora do Departamento de Transporte Escolar, Cecília Ázara, ressalta a importância de uma manutenção preventiva e corretiva da frota e a formação dos condutores: “Esses cuidados garantem a qualidade dos serviços e a segurança dos nossos estudantes, e isto é comprovado pelo resultados das vistorias, na qual temos conseguido de 90% a 100%”.

Jogo sujo da Turquia enfraquece a coalizão e deixa o Estado Islâmico ainda mais forte

Comportamento de Recep Taype Erdogan vem provocando desconforto entre os países mem­bros da Otan

Congresso retrô

Apesar do segundo turno lá e cá, a parte desta eleição que realmente poderia fazer a diferença para o Brasil e para Goiás acabou. E acabou tão melancolicamente como a entrada de um ingênuo palhaço no malicioso picadeiro da política. No Congresso Nacional eleito, em quase nada diferente do atual, o palhaço é o menor problema: ele é no máximo um sintoma do cinismo generalizado em relação à política, tão característico do nosso tempo. (Toma lá, dá cá.) Um problema que se agrava no legislativo federal é a progressiva onda demagógico-conservadora. Em todo o país, os puxadores de votos para a Câmara federal carregam numa verborragia sem charme, insistem no malogrado casamento entre moral e política, e apresentam soluções simples para problemas complexos. (A julgar pelo que se viu no horário eleitoral gratuito, o problema da segurança pública estará resolvido já depois do carnaval.) Um especialista dirá que os puxadores de votos não refletem a média do pensamento do Congresso. Ainda bem... Mas será que eles não refletem a média do pensamento dos eleitores? Os partidos dão guarida aos campeões de votos, para aumentar o quosciente partidário e eleger mais parlamentares. A manobra começou com o nanico e neofascista PRONA (partido da retificação da Ordem Nacional) e seu (“meu nome é”) Enéas, funcionou e foi assimilada até pelas grandes legendas. Em Goiás, o delegado Waldir bateu recorde histórico de votos (274.625). Eleito pelo PSDB, na campanha ele disse coisas que fariam corar os tucanos ortodoxos de plumagem uspiana. A começar pelo slogan que criou para divulgar seu número – 45 do calibre e 00 das algemas --, o deputado federal goiano mais votado do partido cujo cardeal (FHC) defende a legalização do uso da maconha adotou a linha do “eu prendo e arrebento”. Já por aqui, a gana justiceira do delegado não há-de causar espécie entre os tucanos graduados. Aliás, ele terá até um par “neocon” na bancada. Trata-se do deputado federal reeleito João Campos, também delegado. Evangélico e mais discreto que seu novo colega, ele se destacou pela defesa de um projeto de lei que propunha a “cura” dos homossexuais. Ruborizados, os tucanos nacionais o isolaram. Mas seus eleitores, não. A cada quatro anos, sempre surgem artigos e comentários críticos sobre o crescimento da bancada conservadora no Congresso. E ela cresce a cada eleição, com a cumplicidade ou a omissão dos grandes partidos. O mais surpreendente é que essa tendência continue, mesmo depois das ruidosas manifestações de junho de 2013. É com essas bancadas retrô que o Brasil vai fazer reformas para o futuro? Faz não...

Internação deve ser último recurso no tratamento de dependentes químicos

[caption id="attachment_17031" align="alignleft" width="264"]O Hospital Espírita de Psiquiatria de Anápolis recebe os casos mais graves, aqueles que demandam serviço especializado, que não pode ser feito pelo Caps|Fot: Reprodução O Hospital Espírita de Psiquiatria de Anápolis recebe os casos mais graves, aqueles que demandam serviço especializado, que não pode ser feito pelo Caps|Fot: Reprodução[/caption] O município de Anápolis disponibiliza diversos serviços para o tratamento de dependentes químicos. A diretora de saúde mental do município, dra. Marinalva Ribeiro Neto Almeida, destaca três frentes de ação: a família, a unidade móvel e o centro de atenção psicossocial. “Começamos com o trabalho básico e chegamos até o especializado”, diz. O trabalho feito junto às famílias propõe desmistificar a internação dos dependentes como o primeiro e o único recurso de tratamento. Além disso, a diretora propõe um alerta quanto às drogas lícitas: “Anápolis não difere dos outros municípios do país. Comenta-se muito sobre as drogas ilícitas, mas, com em todo o mundo, a droga que mais mata é o álcool”. Os jovens têm um contato com o álcool cada vez mais cedo. Porém, apenas uma parcela das pessoas, que entram em contato com a droga, desenvolve algum problema de saúde mental. O diálogo, portanto, é valorizado pela diretora. Distanciar o dependente de sua vida familiar, profissional e social agrava o quadro. “Como o todo que refere à saúde mental, nós pensamos em uma abordagem que mantém a pessoa mais próxima de sua vida funcional”, reitera. Após procurar uma unidade de saúde próxima à sua casa –– como propõe Marinalva –– o paciente pode ser encaminhado para o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Viver, onde passa por um acolhimento multiprofissional e por um processo terapêutico singular. A particularidade de cada caso, ressaltada pelo termo “singular”, esclarece que existem diferentes razões que levam o paciente a um quadro de dependência e, por isso, as diferentes formas que pode ser tratado. Quando a pessoa demonstra algum tipo de risco a si mesmo e às pessoas ao redor, apresentam intoxicação ou necessitam de cuidados clínicos, a triagem é diferente. Os casos leves que demandam internação são encaminhados para hospitais gerais; se o paciente precisar ser desintoxicado, cuja internação levaria cerca de um mês, ele será encaminhado, especificamente, para o Hospital Espírita de Psiquiatria de Anápolis, onde também são feitas internações mais delongadas. Existem três tipos de internação com amparo legal. A primeira é a voluntária. Existe uma indicação médica e a pessoa concorda. A segunda é a involuntária. A pessoa tem todos os critérios para internação, mas não acredita que seja necessária; portanto, a equipe médica e um membro da família concordam quanto à necessidade de internação e informam, dentro de 72 horas, o Ministério Público que a pessoa será internada. O terceiro tipo é a compulsória, determinada judicialmente. “A internação é o último recurso. Só a fazemos quando já esgotamos as outras possibilidades e, ainda assim, tentamos fazer uma internação voluntária. Em último caso, pedimos a compulsória”, frisa Marinalva. O movimento no Caps Viver é menor que o esperado, devido à ideia de internação como último recurso. “Nós temos motivado as pessoas a buscar informações e esclarecimentos, o que tem aumentado a procura pelo serviço”, destaca. Segundo a diretora, o problema com as drogas é mais amplo, por isso, “nós pensamos em uma rede articulada. Pois, a droga é um problema de saúde, educação, cultura, de comunicação, entre outros”.

Vistoria com objetivo de agilizar obra

Após pausa, o trabalho na obra da Praça Poliesportiva no Bairro Antônio Fernandes foi intensificado. Segundo o engenheiro da secretaria de Meio Ambiente do município, Ro­dol­fo Teles, a pausa foi para complementar o projeto que propõe recuperar uma área degradada do bairro. O pre­feito João Gomes (PT) visitou as o­bras para garantir a agilidade da construção, que deve ser entregue até fevereiro de 2015. No lugar do antigo campo de futebol, será construído um centro esportivo com mais de 18 mil m². Além da área de convivência, quadras cobertas, poliesportiva e de areia, o centro terá campo de futebol society, pistas de caminhada, skate, e de ciclismo, um teatro de arena, aparelhos de ginástica para terceira idade e playground.

Indústria farmacêutica goiana é reconhecida nacionalmente

[caption id="attachment_17023" align="alignleft" width="243"]William O’Dwyer: “Daqui alguns anos, o polo farmacêutico goiano estará entre os primeiros do país”|Foto: Fernando Leite/Jornal Opcão William O’Dwyer: “Daqui alguns anos, o polo farmacêutico goiano estará entre os primeiros do país”|Foto: Fernando Leite/Jornal Opcão[/caption] Pela primeira vez na história, o polo industrial farmacêutico goiano atingirá mais de 33% da produção nacional de todos os tipos de medicamento. O dado é do Sindicato das Indústrias Farma­cêu­ticas do Estado de Goiás (Sindifargo). Até o fim do ano, a produção em Anápolis, Goiânia ou Aparecida de Goiânia chegará a mais de 1,3 bilhão de caixas. O mercado nacional, assim, deverá fechar o saldo de R$ 4 bilhões de unidades fabricadas para o varejo. São produzidos medicamentos similares, medicamentos isentos de prescrição e que necessitam de receita, como os antibióticos. Segundo o secretário de In­dús­tria e Comércio, William O’Dwyer, o resultado reflete os investimentos do governo estadual, os incentivos e a atração provocada pelo sucesso de empresas pioneiras, como o laboratório Teuto e a Neoquímica. “Estas ações possibilitam o aumento do portifólio de produção, a transferência de linhas de produção de São Paulo para Goiás e manutenção em programas de qualificação de mão de obra”, acrescenta. O’Dwyer destaca o programa de incentivo fiscal Produzir que, desde 2001, beneficiou 87 empresas ligadas ao setor farmoquímico, no Estado. As empresas beneficiadas investiram R$ 1,6 bilhão na economia goiana. Além do destaque nacional, as ações no setor geraram mais de 12 mil postos de trabalho. No quadro nacional, tanto a produção industrial, quanto a geração de emprego estão em queda. A perspectiva goiana é de expansão. “Uma indústria atrai a outra e, assim, forma-se um grande parque industrial. Daqui alguns anos, o polo farmacêutico goiano estará entre os primeiros polos do país”, ressalta.