Bastidores

[caption id="attachment_47458" align="alignright" width="620"] Prefeito João Gomes: milhas à frente dos possíveis adversários na disputa pela prefeitura[/caption]
O PT, embora esteja desgastado com toda a situação nacional, de afastamento da presidente Dilma Rousseff, segue forte em muitos municípios. Em Aragarças, a vereador Bruna Jacqueline é o nome do PT para prefeita. Na cidade, ela disputa contra José Elias (PSDB). Em Corumbá, o nome petista é Jairo Rodrigues, presidente do partido na cidade.
Mas o nome com maior capilaridade eleitoral do partido é João Gomes, atual prefeito de Anápolis, que tem bons índices de aprovação e parte para uma campanha consistente e que conta o apoio de oito partidos, até agora, número que deve aumentar para 11, pelo menos.
Estão com o PT anapolino, até o momento: o PSB do vereador Frei Valdair, PDT, PSD, PCdoB, PMN, PPL, PtdoB e PRP. Podem apoiar: PR, PP e o PMDB do vereador e pré-candidato Eli Rosa. As conversas continuam.
Fora isso, há Adriana Accorsi, em Goiânia. O partido confia que a delegada tem condições para chegar ao segundo turno da eleição da capital.

Daniel Vilela é, de fato, o melhor nome que o PMDB tem atualmente para a disputa à Prefeitura de Goiânia. O vice-prefeito da capital, Agenor Mariano, e os deputados estaduais José Nelto e Bruno Peixoto são nomes qualificados e que poderiam contribuir com a cidade. Porém, Daniel teria mais chances de convencer o eleitor, visto que é jovem e passa a imagem do “novo político”, aquele que se prepara para os desafios da gestão. Além disso, como presidente regional do partido, e de olho no governo em 2018, seria essa a oportunidade para que Daniel se apresentasse à população como um político de qualidade e, mais: testasse a si mesmo no Executivo. Se fizer uma gestão na capital, Daniel sai pronto para a disputa majoritária estadual nas próximas eleições e se firma como o líder do PMDB em Goiás.
O PSDB tem um terço dos prefeitos de Goiás; são 81. E a intenção do partido é a de aumentar esse número na eleição deste ano. Os tucanos têm favoritos em seis das cidades estratégicas. São elas: Trindade, onde o prefeito Jânio Darrot está bem avaliado e lidera a disputa; Catalão, com o atual prefeito Jardel Sebba; Anápolis, com o deputado Carlos Antonio; Jataí, com o vereador Vinícius Luz; Ceres, com Rafael Melo; e Porangatu, com Pedro João Fernandes, que é presidente do PSDB municipal. Porém, embora pretenda aumentar o número de prefeitos, o partido só terá candidato onde tiver competitividade. Se o candidato não for competitivo, o partido deverá apoiar outro.

[caption id="attachment_59055" align="alignright" width="620"] A senadora Lúcia Vânia, o pré-candidato Vanderlan Cardoso e o vice-presidente nacional do PSB Beto Albuquerque em evento do partido na capital | Foto: Leo Iran[/caption]
O PSB é, talvez, o maior exemplo de como se adaptar às novas legislações. Após as mudanças no código eleitoral, que modificaram a campanha a partir deste ano, o partido foi o único que começou, desde cedo, a se movimentar. Com um tempo de propaganda eleitoral mais curto, o PSB soube aproveitar as liberações em relação à pré-campanha e, desde o ano passado, tem promovido reuniões e se apresentado à população — o presidente nacional da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, esteve em Goiânia pelo menos quatro vezes desde o início do ano.
Isso mostra que um partido organizado tem condições de se antecipar aos debates. É claro, isso só foi possível porque o partido definiu logo o seu candidato e começou a trabalhar. Além disso, o PSB conta com uma estrutura para dar sustentação à candidatura de Vanderlan Cardoso — três deputados estaduais, dois vereadores e um bom número de candidatos na região metropolitana de Goiânia, tanto ao Executivo quanto ao Legislativo. Em grande parte, esse up do PSB se deve à filiação da senador Lúcia Vânia, que assumiu a sigla no fim de 2015.

“Temos candidato e é o melhor desde Nion Albernaz”. A fala de Afrêni Gonçalves, presidente regional do PSDB, sobre Giuseppe Vecci, o pré-candidato do partido à Prefeitura de Goiânia. Segundo ele, Vecci é o nome mais forte, em muito tempo, que a base do governo estadual tem para disputar a gestão da capital. “O que Goiânia mais precisa é de planejamento e gestão, e isso é o que Vecci mais fez na vida. Por isso, toda a base deveria estar apoiando sua candidatura”, diz.

[caption id="attachment_58991" align="alignright" width="620"] Foto: Renan Accioly/ Jornal Opção[/caption]
Com a saída definitiva de Iris Rezende (PMDB) da disputa à Prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSB) tende a se aliar ao governador Marconi Perillo (PSDB), num provável segundo turno. A lógica de Vanderlan, segundo apontam aliados, é que o PMDB só tem a popularidade de Iris a oferecer, enquanto a base do governador tem estrutura e ainda conta com a boa fase do governo estadual, que tem feito muitas obras na capital.

[caption id="attachment_70556" align="alignright" width="620"] Placar do primeiro turno da eleição | Foto: Maryanna Oliveira[/caption]
A batalha entre Rodrigo Maia (DEM) e Rogério Rosso (PSD) tem grandes possibilidades de se repetir em 2018. Os dois são cotados para disputar o governo do DF.Mas Rodrigo, que saiu vencedor da eleição à presidência da Câmara, pode ter que enfrentar certo “fogo amigo”.
Acontece que o deputado Alberto Fraga, que é do DEM do DF, também está na disputa e colaborou para a vitória de Maia. Dizem, pelos corredores do Congresso, que Fraga espalhou boatos sobre Rosso dias antes da votação que elegeu o novo presidente da Câmara.
Isso teria prejudicado Rosso e, logicamente, favorecido Maia. Dessa forma, Maia estaria em dívida com Fraga. Do outro lado também haverá disputa. Tadeu Filippelli, presidente do PMDB do DF, articulou para a vitória de Rosso na Câmara. O trabalho de Filippelli teve dupla intenção.
A primeira foi atender a um pedido pessoal do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que interferiu em favor de Rosso. A segunda foi em favor próprio. Se vence, Rosso ficaria em dívida com Filippelli, o que favoreceria o último em 2018.
Porém, de todos, o que pode sair melhor da história é Rogério Rosso. Ele pode tanto disputar a presidência da Câmara novamente no ano que vem, como ir ao Senado em 2018, visto que é apontado como favorito do partido ao cargo.

[caption id="attachment_67528" align="alignright" width="620"] Giuseppe Vecci em entrevista ao Jornal Opção | Foto: Renan Accioly[/caption]
Passou despercebida a fala do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, sobre o possível futuro do PMDB em Goiânia: “Se a gente não tem candidato ideal, mas o PT, o PSDB, o PTB, o PSC tiverem, por que não apoiá-los?”.
Após a briga declarada entre peemedebistas e o prefeito Paulo Garcia, a probabilidade de reaproximação do PMDB com o PT é pequena; o mesmo vale com Luiz Bittencourt (PTB); o PSC não tem um candidato posto. Isso quer dizer que o PMDB poderia apoiar a candidatura de Giuseppe Vecci?
Não é segredo de que os prefeitos estão com dificuldades. Nesse sentido, quem pretende se reeleger na eleição deste ano, ou fazer o sucessor, está com problemas. É esse o quadro visto no Entorno do Distrito Federal. Nas 11 principais cidades do Entorno, há uma legião de indecisos e um crescente desejo por mudança, sobretudo por alguém que se distancie da figura de um político tradicional. Em Planaltina, o candidato apontado como favorito é Davi Lima (Pros) e não o atual prefeito Eles Reis (PTC). Entretanto, pesa contra Davi o fato de ele morar no Lago Sul, em Brasília, e não em Planaltina.
Em Cristalina, após o rompimento do atual e desgastado prefeito Luiz Attié (PSD) com seu vice, o tucano João Fachinello, o PSDB corre só. Fachinello seria o candidato, mas não cresceu e acabou preterido. Lá, há três pré-candidaturas fortes: Daniel do Sindicato (PSB), que é apontado como o favorito, disputa contra o empresário Wanderlei Benatti (PMDB) e Maks Louzada (PSD), que é o candidato apoiado pelo prefeito Attié. Fred Bastos (DEM) também é pré-candidato a prefeito em Cristalina, mas deve desistir e compor com outro candidato, possivelmente o peemedebista Benatti. Aliás, Benatti surgiu como candidato devido ao apoio do deputado federal Daniel Vilela (PMDB) e busca o apoio de vários outros partidos. Pode surpreender.
Em Valparaíso, há três nomes para a disputa à prefeitura — e com chances de vitória: Pábio Mossoró (PSDB), Ângela Pessoa (PSC) e Plácido Cunha (PMDB), que é apontado como forte.

Em Novo Gama, Sônia Chaves (PSDB) ainda caminha nas ruas como favorita na disputa. Favorita não, favoritíssima. Isso porque Everaldo do Detran (PP), o atual prefeito, sofre com o desgaste de sua gestão e, por isso, perde espaço eleitoral.
Em Inhumas, o pré-candidato a prefeito Pacheco Jr. (Rede) tem buscado, incessantemente, firmar parcerias com empresários da região. Até o momento, todos o têm recebido e ouvido, mas ainda não demonstraram apoio. A questão é a seguinte: os empresários aguardam o anúncio oficial da candidatura de Abelardo Vaz (PP), apontado como “o favorito do povo” para a disputa do Executivo municipal. Pesa contra Pacheco Jr. o fato de Suair Teles (PSDC), seu vice, ter saído do PSDB e rompido com a base do governador Marconi Perillo. Suair queria ser candidato a prefeito, mas não conseguiu apoio.
A convenção do PSDB está marcada para o dia 30 de julho, no Tatersal de Elite da Pecuária de Goiânia. O evento deverá confirmar a candidatura do deputado federal Giuseppe Vecci à Prefeitura de Goiânia, assim como as alianças que forem firmadas até lá. Até o momento, o PP é o único que declarou apoio.

Delegado Waldir (PR) tem se comparado a Ronaldo Caiado, senador pelo DEM. A comparação é vista mais como um afago, uma vez que Caiado é aliado do PMDB, partido com o qual Waldir quer firmar aliança. Porém, Caiado não goza de tanta popularidade em Goiânia e já dizem que ele pode mais atrapalhar que ajudar, pois não representa nada novo politicamente.