Bastidores
Marqueteiros sugerem ao candidato a senador Vilmar Rocha que seja mais sintético e objetivo nas suas falas. Afirmam também que o presidente do PSD deve ser menos professoral e mais informal.
Pesquisadores e marqueteiros que os leitores não aprovam candidatos a cargos executivos que ficam xingando os adversários. Porém, embora a eleição para o Senado seja majoritária, os eleitores apreciam candidatos a senador que sejam mais bem posicionados. Mais: frisam que aquele que não está bem nas pesquisas de intenção de voto não pode ficar paralisado e atuando no campo apenas propositivo, isto é, precisa aceitar e até provocar o confronto político.
A dica dos pesquisadores e marqueteiros é que Vilmar precisa responder às críticas de Caiado ao governo, chamando a “batalha” para si, não deixando-a para o governador Marconi Perillo.
Um marqueteiro afirma que o candidato a senador do PSB, Aguimar Jesuíno, age corretamente ao buscar o confronto com Ronaldo Caiado (DEM), o líder nas pesquisas para o Senado. Assim como Caiado age com acerto ao fugir do debate com Aguimar. Ele não cai na armadilha ardilosamente preparada pelo socialista.
Os estudiosos avaliam que Marina Sant’Anna, do PT, também se equivoca quando passa ao largo do debate, porque o eleitorado fica com a impressão de que não tem coragem e preparo intelectual.
O governador Marconi Perillo está operando um cerco político no Estado, agora a partir das grandes cidades, como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, com o objetivo de liquidar a fatura já no primeiro turno.
O tucano-chefe, político metódico, que usa as pesquisas qualis e quantitativas como pilastras de sua campanha, está fazendo um trabalho planejado.
Ao mesmo tempo, tem convocado seus aliados para dizer que não aceita salto alto de maneira alguma. Ele quer, como Winston Churchill, muito suor e trabalho. O tucano avalia que a tese do já ganhou amolece aqueles que são decisivos nas campanha, os militantes e líderes.
O candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, tinha mais afinidade com o presidenciável Eduardo Campos, falecido na quarta-feira. Agora, com Marina Silva como candidata a presidente, sua situação não é muito confortável.
Marina Silva não tem simpatia por Vanderlan porque este tentou bancar a candidatura de Ronaldo Caiado para senador, mesmo sabendo que a ex-ministra do Meio Ambiente não aprovava tal articulação. Ela convenceu Eduardo Campos a afastar Caiado da coligação e ficou magoada com Vanderlan. Este vai tentar uma nova aproximação, via Elias Vaz e Aguimar Jesuíno.
Aliados de Vanderlan avaliam que ele pode pegar carona num possível sucesso de Marina Silva.
Vanderlan Cardoso tinha mais afinidades com Eduardo Campos, mas agora já acredita que a candidatura de Marina Silva pode ajudá-lo na disputa pelo governo de Goiás. Ele quer surfar na onda marinheira e pretende falar no dialeto marines.
Sem dinheiro para gastar na campanha, o delegado Waldir Soares migrou para as redes sociais. O tucano conta que tem mais de 300 mil seguidores no Facebook e frisa que, se tiver o voto de 100 mil deles, estará eleito deputado federal.
O delegado Waldir frisa que não tem dinheiro e que percebe que o PSDB está priorizando alguns dos ‘escolhidos” pelo Palácio das Esmeraldas, como Antônio Faleiros e Giuseppe Vecci.
Waldir tem sugerido que é o “candidato do povo” e que isto pode fazer a diferença.

[caption id="attachment_12462" align="alignleft" width="280"] Lucas Vergílio: político atento, o jovem tem surpreendido até seu pai, Armando Vergílio[/caption]
Lucas Vergílio, único candidato do Solidariedade a deputado federal, tem intensificado a agenda de campanha no Entorno do Distrito Federal. Filho do deputado federal Armando Vergílio, candidato a vice-governador na chapa de Iris Rezende (PMDB), ele considera o eleitorado da área estratégico para seu projeto político. O foco no território goiano limítrofe à capital federal é devido ao grande volume de emendas parlamentares aprovadas por Armando e que foram destinadas às obras de saneamento básico, construção e reforma de escolas, hospitais e estrutura asfáltica.
Lucas tem como principais bandeiras a defesa da livre iniciativa, a redução de impostos e facilidades para a liberação de linhas de créditos para o pequeno e médio empreendedor. O empresário do ramo de seguros, de 27 anos, pretende lutar pela aprovação do projeto de implantação de cursos técnicos profissionalizantes em todos os colégios da rede estadual.
Para a área de segurança pública, depois da saúde a que mais tem preocupado o eleitorado, Lucas Vergílio defende mais investimentos em sistemas de vigilância eletrônica em municípios com mais de 50 mil habitantes e o aumento dos efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Não custa refrescar a memória dos eleitores: foi o PMDB que levou Carlos Cachoeira para o governo de Goiás. Na gestão do governador Maguito Vilela, entre 1995 e 1998. Cachoeira era o chefe da Gerplan. E a demolição da Celg começou com a venda de Cachoeira Dourada, também no governo de Maguito. Maguito diz que foi pressionado pelo governo de Fernando Henrique para vender a Celg. Deve ser verdade, porque o peemedebista não é dado a mentir. Mas vale lembrar que, mesmo pressionado, Itamar Franco, quando governador de Minas Gerais, decidiu não vender sua galinha de ovos de ouro. Vendeu quem quis.
O médico Gustavo Sebba deve ser o puxador de votos do PSDB à Assembleia Legislativa. Filho de Jardel Sebba (PSDB), prefeito de Catalão, ele tem o apoio de 16 prefeitos e 100 vereadores, inclusive do PT e do PMDB, além do apoio da presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Helder Valin (PSDB), que desistiu de disputar a reeleição. Valin disse a um repórter do Jornal Opção, no Empório Saccaria, que o jovem deve obter de 40 mil a 50 mil votos.

[caption id="attachment_12671" align="alignleft" width="620"] Foto: Jornal Opção/Fernando Leite[/caption]
O candidato do PT a governador de Goiás, Antônio Gomide, vai usar os primeiros programas de TV para se apresentar ao eleitorado. No momento, ele está visitando os municípios goianos e conversando com as pessoas. Sua tese: eleitor, ao vê-lo na TV, tenderá a reconhecê-lo. Na primeira fase, antes de partir para a “qualidade”, o projeto de governo, o petista vai apostar na “quantidade”.
Gomide vai mostrar o que fez em Anápolis, uma reestruturação completa da prefeitura, o que contribuiu para recuperar a autoestima da população, e vai dizer que planeja fazer muito mais no Estado. Vai sugerir que os problemas de Goiás hoje são muito parecidos com os que enfrentou no seu primeiro mandato como prefeito, em 2009.
O petista vai se apresentar ao eleitor como “gestor” eficiente e o político que investiu em crescimento e desenvolvimento.
Alexandre Duarte, da Sambatango, é o marqueteiro da campanha do petista; Pedro Novaes, o redator e Érico Rassi, o diretor de vídeo.
Poucos políticos são tão obstinados quando Vanderlan Cardoso. O líder do PSB, de rara firmeza, não desiste nunca. Mas aliados comentam que notam certa desaceleração na campanha. Eles afirmam que, por falta de estrutura financeira e partidária no interior, Vanderlan vai concentrar seus trabalhos nas grandes e médias cidades e, sobretudo, no programa eleitoral da televisão. “Com o programa, ele vai crescer e virar o jogo”, aposta Joaquim Liminha (PSC). Por ser empresário, dos mais conscienciosos, Vanderlan não gosta de trabalhar com dívidas “complicadas” e de lidar com “cobradores”. Por isso, planeja uma campanha ajustada e mais modesta.

[caption id="attachment_12935" align="alignleft" width="620"] Senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)[/caption]
A Justiça afastou José Roberto Arruda da campanha para governador do Distrito Federal. O líder do PR recorreu e decisão deve sair até setembro, o que vai dificultar sua campanha.
Com a queda de Arruda, o segundo colocado, Agnelo Queiroz, é cotado para subir para o primeiro posto. Mas em Brasília até os monumentos “sabem” que, quando a campanha pegar fogo, e se Arruda estiver mesmo fora do páreo, o candidato que deve “pegar” será o senador Rodrigo Rollemberg. Por três motivos.
Primeiro, numa cidade em que a corrupção se transformou em patrimônio coletivo, Rollemberg conseguiu se manter limpo.
Segundo, e talvez até mais importante: Rollemberg é o candidato da presidenciável Marina Silva.
Terceiro, o líder do PSB conta com o apoio de José Antônio Reguffe, o darling da classe média e também apontado como político ético. Reguffe é candidato a senador pelo PDT.
Em Brasília, portanto, o próximo governador deverá ser Rollemberg. Agnulo? Bem, o governador, sem mandato, certamente vai responder a processos na Justiça comum.
Peemedebistas jovens não aguentam mais ouvir Iris Rezende contando histórias de mutirões que aconteceram em meados da década de 1960. Há quase meio século.
Quando Iris começa a sessão nostalgia, os jovens desconversam e alguns acionam seus celulares, escapando para as redes sociais e jogos. O pior é que o peemedebista não percebe que não está agradando. Iris, definitivamente, não é contemporâneo dos goianos. Vive no passado.
Ninguém teve coragem de dizer a verdade para Iris Rezende. Mas se for mesmo verdade que ele vai começar seu programa na televisão participando de uma corrida com amigos e professores de academia estará cometendo mais um desatino. Um homem de 81 anos não deixa de ser um homem de 81 anos só porque participa de uma corrida.
Iris Rezende, político experiente e sério, deveria tentar vencer Marconi Perillo, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide noutro campo: o das ideias. Nesta área, fica-se com a impressão de que o peemedebista está mais do que defasado. As pessoas, depois de ouvi-lo, concluem que “parou” no tempo. É uma pena, porque Iris é um político com uma estatura que se aproxima da de Pedro Ludovico e Mauro Borges.
Depois que disse que as pessoas não podem mais colocar “cadeira no passeio”, sugerindo um bucolismo, uma nostalgia e desconhecimento do mundo moderno ímpares, só falta Iris dizer que vai asfaltar até os quintais das casas de todo o Estado.
O mestre em história pela Sorbonne Gilvane Felipe integrou-se à equipe de José Paulo Loureiro, com o objetivo de contribuir para organizar uma juventude mais participativa e, politicamente, agressiva para a campanha do governador tucano Marconi Perillo.
Ex-militante do PC do B, agora filiado ao PSDB, Gilvane Felipe tem experiência na “arte” de lidar com jovens.
Importante: o governador Marconi Perillo mantém seu apreço por Gilvane Felipe, que considera competente e leal.
A ascensão de Nayara Barcelos e, sobretudo, de Paulo do Valle em Rio Verde começa a assustar Heuler Cruvinel. Na disputa para deputado federal, Cruvinel ainda é o favorito, mas Valle e Nayara começam a cair no gosto do eleitorado.
Nayara Barcelos foi casada com Heuler Cruvinel, mas não faz uma campanha de vingança.
Em Rio Verde, até os “doutores” Milho e Soja “dizem” que, se Heuler Cruvinel (PSD) for derrotado para deputado federal e se Lissauer Vieira for eleito para deputado estadual, a situação do primeiro se complica.
Lissauer Vieira, se eleito, pode pleitear a Prefeitura de Rio Verde.