Bastidores

Acatando solicitação do candidato do PMDB a governador de Goiás, Iris Rezende (foto), o marqueteiro da campanha, Dimas Thomas, da Fórum TV Mais, demitiu vários profissionais da área de comunicação. Alega-se que um deputado federal deixou de repassar recursos e por isso a empresa de Dimas Thomas não tem como honrar os compromissos. Iris e sua equipe decidiram que vão concentrar recursos no programa de televisão, nas carretas e adesivaços.
1 — Adriana Moraes — Repórter. De Goiás
2 — Ana Paula Simiema
3 — Antônio H. — Assistente de Câmara
4 — Bárbara Souza — Maquiadora. Do Distrito Federal
5 — Benigno André — Diretor de fotografia
6 — Bianca Benetti — Repórter. De Goiás
7 — Elias — Cinegrafista. De São Paulo
8 — Fernando Augusto — Primeiro assistente de Câmera
9 — Gisele Faria — Locutora de rádio. De São Paulo
10 — Januário Leal — Assistente de produção e motorista.
11 — Kellen Casara — Primeira assistente de produção
12 — Marilane Correntino — Repórter. De Goiás
13 — Omar — Produtor de elenco.
14 — Patrícia Augusta Barbosa — Planejamento de mídia.
15 — Paulo Rogério — Produtor de arte. De Goiás
16 — Sandro Pereira — Editor de imagem. De Goiás
17 — Thiago Bittencourt — Técnico de som. De São Paulo
18 — Valéria Almeida — Repórter. De Goiás
(Há mais demitidos e pelo menos mais uma profissional deve pedir demissão.)
Na disputa para presidente da República, desde 2002, o PSDB perdeu três eleições consecutivas para o PT do ex-presidente Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Caminha para perder a quarta, e para uma ex-petista, Marina Silva, do PSB.
Acreditava-se que o problema era o fato de o PSDB ser paulista demais. O paulistocentrismo do tucanato seria o principal responsável pelas derrotas eleitorais. Agora, com Aécio Neves — de Minas Gerais —, uma candidatura que nasceu em confronto com o paulistucanismo, percebe-se que o problema não é a terra de Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. O problema é mais grave: é o próprio PSDB.
O PSDB é um partido que não conseguiu enraizar-se socialmente e parece distante das batalhas e interesses da sociedade brasileira. Parece elitista, mas não é só isso. Nem a elite tolera mais o partido, que está deixando de ser, no plano nacional, uma alternativa eleitoral. Tanto que, de repente, Marina Silva está desbancando a candidata governista, Dilma Rousseff, e, como prova da solidez da democracia e do mercado privado, não se pode falar em crise alguma. Sua ascensão nas pesquisas de intenção de voto não provocou abalo nas bolsas. Ao contrário, a bolsa de valores aprovou a líder do PSB-Rede Sustentabilidade.
O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), diz que faz duas apostas. Primeira: vai ter segundo turno na disputa pelo governo de Goiás. Segunda: o segundo turno terá o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, do PSB.
“Iris Rezende está caindo em todo o Estado, pois os eleitores perceberam que não tem condições de derrotar Marconi. Vanderlan vai colar em Iris e, em seguida, vai passá-lo”, afirma Misael Oliveira. Ele aposta no efeito Marina Silva. “No meio do caminho não tem uma pedra — tem o povo”, acrescenta, enigmático.
Misael Oliveira é o único líder importante do PDT de Goiás que apoia Vanderlan Cardoso. Os demais, como a deputada Flávia Morais e o prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, estão na campanha de Marconi Perillo.
O fracasso nacional devolve o tucano Aécio Neves à política de Minas Gerais. Ciente de que sua situação é complicada, com aliados embarcando na candidatura de Marina Silva (PSB), discreta ou acintosamente, o tucano deve concentrar seus esforços, nos próximos dias, na política de Minas Gerais. Aécio Neves não quer perder o controle do governo em Minas Gerais. No momento, o petista Fernando Pimentel — aliado da presidente Dilma Rousseff — é o primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, superando Pimenta da Veiga, tucano bancado e imposto por Aécio Neves. Aliados de Pimenta da Veiga avaliam que sua situação só não é melhor porque, concentrado na política nacional, Aécio Neves aparece pouco nos seus palanques, no interior de Minas. Aparece, é fato, nos programas de televisão. Mas, como está visitando o país, negligenciou a política local. Entretanto, com o esvaziamento nacional, Aécio Neves deve voltar-se com unhas, dentes, pés e mãos para a política de Minas. Agora, é hora de pôr o retrato na parede e tentar colocar Pimenta da Veiga no governo. Porque, se não fizer o governador de Minas, Aécio Neves, embora senador, se tornará mais fragilizado na política nacional, sobretudo agora quanto o tucanato de São Paulo começa a embarcar na campanha de Marina Silva. Neto de Tancredo Neves, Aécio Neves sabe que só é forte na corte quem é forte na província.

O candidato do PSDB a presidente da República, Aécio Neves, foi para o espaço. Tanto que o coordenador de sua campanha, o senador Agripino Maia, do DEM, admitiu que a aliança tucano-democrata deve apostar tudo em Marina Silva no segundo turno. Que Aécio Neves está fora do páreo — dados a ascensão de Marina Silva e o fato de que a presidente Dilma Rousseff, mesmo fragilizada, tende a ir para o segundo turno —, todos sabem. Agripino Maia apenas disse a verdade. Agora, o que todos temem é que Marina Silva seja eleita no primeiro turno. Se isto acontecer, ela poderá amarrar alianças apenas quando assumir o mandato. No entanto, se for para o segundo turno, partidos políticos como o PSDB e o DEM poderão ocupar um espaço maior tanto na campanha quanto num eventual governo. O PSDB quer se tornar o PMDB do governo Marina Silva. E o DEM, claro, quer uma boquinha. Mas há políticos do DEM, como o deputado federal Ronaldo Caiado, que querem ver o demônio mas não aceitam apoiar Marina Silva.
Nem mesmo José Roberto Arruda acredita mais que poderá ser candidato a governador do Distrito Federal e seus aliados não querem participar de uma aventura de resultados imprevisíveis. Se puder disputar, o integrante do PR pode encomendar o terno da posse. O problema é que, depois, pode não assumir o mandato. Quem vai investir recursos políticos e financeiros num candidato assim? Nesta semana, os aliados do ex-governador estão articulando uma espécie de movimento “Adeus, Arruda” e preparam o lançamento de outro candidato.
Se dependesse exclusivamente de Arruda, a candidata seria sua mulher — a bela Flávia Carolina Peres, conhecida como Arrudinha. Mas os principais líderes da aliança, como o ex-senador Luiz Estevão e o grupo Roriz, avaliam que Arrudinha não tem experiência política nem administrativa. Por isso, a aliança listou outros nomes, que estão sendo submetidos ao ex-governador. A lista: Jofran Frejat (atual vice de Arruda), do PR, Gim Argello, do PTB, Alberto Fraga, do DEM, e uma filha de Joaquim Roriz (Jaqueline Roriz, do PMN).
Aliados de Arruda não se empolgam com os nomes apresentados. Frisam que Jofran não agrega e não tem densidade eleitoral. Dadas sua riqueza e denúncias, Argello seria um candidato tão vulnerável quanto o governador Agnelo Queiroz (PT). Alberto Fraga pertence ao partido mais desgastado em Brasília, o DEM, ao qual pertencia Arruda. Jaqueline Roriz (foto) é filha de Joaquim Roriz, político que, apesar do desgaste e vários denúncias, ainda tem certo apelo entre os eleitores mais pobres.
Candidato a deputado estadual, Darlan Braz, do PPS, e um dos articuladores do Movimento MariMar — Marina Silva e Marconi Perillo —, aposta que o candidato do partido a deputado federal, Marcos Abrão, deve ser um dos cinco mais bem votados da coligação governista. “Marcos Abrão está presente em praticamente todos os municípios de Goiás, com apoios consistentes. Sua campanha é um das mais visíveis.”
Darlan Braz diz que, na sua campanha, costurou apoios sólidos em várias cidades, como Goiânia, Minaçu, Formosa, Novo Gama, Anápolis, Rio Verde. “Trata-se de apoio qualitativo, baseado mais em ideias e propostas do que em recursos financeiros. Fazemos a campanha do corpo a corpo, apresentando ideias para melhorar o Estado.” O líder do PPS afirma que conseguiu forte apoio dos setores religiosos e dos contabilistas goianos.
Dilma Rousseff? Aécio Neves? Qual nada. O maior movimento suprapartidário está surgindo em Goiás para apoiar a candidatura de Marina Silva a presidente da República. Trata-se do Movimento MariMar — Marina e Marconi. Uma reunião será organizada na terça-feira, às 19 horas, na sede do PPS, à Rua Amélia Artiaga Jardim, nº 99, no Setor Marista (abaixo da Ricardo Paranhos, em frente ao Batalhão Anhanguera).
O MariMar conta com o apoio do PPS (leia-se Marcos Abrão e Darlan Braz), PSB (setores do partido) e PHS (leia-se Eduardo Machado), além de integrantes do PSDB. Darlan Braz, um dos coordenadores do MariMar — vale dizer que apoiava a aliança PSB-PPS antes da morte de Eduardo Campos —, avalia, depois de uma comparação detida dos números das pesquisas, que Marina Silva deve ser eleita no primeiro turno.
O publicitário Renato Monteiro, da agência Cantagalo, disse ao Jornal Opção que, apesar de ter conversado com alguns políticos do PMDB, não foi convidado para coordenar o marketing da campanha do candidato a governador de Goiás pelo partido, Iris Rezende. “Não recebi nenhuma proposta”, garante. Renato Monteiro, marqueteiro oficial do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), disse que, se convidado, participará da campanha de Iris Rezende. Porque é um profissional do setor de marketing, um especialista (bem-sucedido) em campanhas eleitorais. Iris Rezende já confidenciou para mais de um político que não está satisfeito com a atual equipe de marketing.

O secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, Jeovalter Corrêa, organizou o projeto de Iris Rezende para a educação. Ele é um dos frequentadores do comitê de Iris Rezende. O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, e o marqueteiro Renato Monteiro também foram vistos num comitê de Iris Rezende. Detalhe: foram vistos por várias pessoas.

Peemedebistas alegam baixa produtividade e falta de recursos financeiros

Nota à imprensa José Eliton de Figuerêdo Júnior Lamento profundamente que a coligação adversária tenha transformado uma cidade do Nordeste do Estado em um palco de horrores, agressões e ofensas a pessoas e famílias. O vale-tudo eleitoral nunca construiu nada. Na política, existem adversários, não inimigos; discutem-se ideias, não agressões. A prática política da oposição está enraizada no século passado, assentada em princípios do coronelismo e dos senhores de engenho. É o reflexo do desespero de quem se encontra atrás nas pesquisas. O rancor de quem assiste a união dos 21 prefeitos do Nordeste em torno do projeto do governador Marconi Perillo. Neste festival de baixarias, reúnem em comício não mais do que poucos gatos pingados que ainda se dispõem a ouvir o que não poderia ser repetido em casas de família. Esse comportamento é próprio da arrogância e da prepotência. É próprio de políticos que dizem que não mentem, mas que a cada palavra e a cada olhar, a mentira e a desfaçatez vão se transformando em suas marcas. Políticos que dizem que não traem, mas sua trajetória é marcada por punhais cravados nas costas dos amigos, tanto é que não possuem velhos amigos. É próprio daqueles que dizem que não roubam, mas tem o patrimônio construído a base de "herança" e não de trabalho e suor. Esse ignóbil comportamento ofende a todos os goianos que esperam de seus políticos atitudes respeitosas e decentes. Da parte da campanha do governador Marconi Perillo, temos um compromisso de continuar uma campanha limpa e propositiva. Até mesmo porque temos muito o que mostrar daquilo que fizemos e também temos um caminho a apontar para o futuro, consolidando Goiás como um estado justo, equilibrado e próspero. Aqueles que vão para o palanque para agredir e xingar, em verdade querem ocultar a completa ausência de ideias e propostas. Simplesmente afloram o seu ódio, rancor e menosprezo a Goiás e aos goianos. É vergonhoso que os nossos adversários nos forcem a deixar o caminho do bom debate para responder a ataques rasteiros. Talvez um dia Goiás não precise mais conviver com esses expedientes. Até que esse dia chegue, sempre será necessário jogar luz sobre a escuridão. Nenhuma mentira prosperará sem encarar a verdade e nenhuma ofensa ficará sem resposta. A todos os goianos, reforço o compromisso de realizar uma campanha de ideias, voltada para o futuro. Infelizmente, alguns candidatos têm os pés fincados no passado. José Eliton de Figuerêdo Júnior, vice-governador de Goiás, é candidato à reeleição

O governador Marconi Perillo (PSDB) convocou integrantes de sua equipe e, mais vez, exigiu que deem adeus ao salto alto e que devem trabalhar, em tempo integral, para que seja eleito no primeiro turno. Daí a ação concentrada nas grandes cidades, como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. A vitória no primeiro turno tende a ser decidida nas três cidades — por isso a busca maciça por novos aliados na região e, sobretudo, pela conquista de novos eleitores, seja entre os indecisos, seja entre os que apoiam outros candidatos mas, pensando no voto útil, podem trocar de nome. O tucano-chefe tem enviado um outro recado: existe a possibilidade de disputa no segundo turno. Mas, se isto ocorrer, quer ir para a etapa seguinte com uma frente ampla, que mantenha sua expectativa de poder.
O ex-senador Mauro Miranda (PMDB) costuma dizer que, na política, é preciso ter votos e, também, sorte. Os “santos” da política parecem conspirar a favor de Marconi Perillo. A queda de Aécio Neves (PSDB), que, como a presidente Dilma Rousseff (PT), foi atropelado pelo furacão Marina Silva (PSB) — “Alemanha da Silva”, no dizer dos aliados —, poderia prejudicar o tucano-chefe. No entanto, não é isto que está ocorrendo. No caso de vencer no primeiro turno, Marconi ficará à cavalheiro para apoiar tanto Dilma Rousseff — por quem tem simpatia pessoal, notadamente porque a presidente tem se comportado de modo republicano em relação ao seu governo — quanto Marina Silva.
A tendência é Marconi apoiar Dilma Rousseff, na hipótese de segundo turno com Marina Silva. Porém, como o PSDB deve subir no palanque do PSB, há alguma possibilidade de o tucano compor com a líder máxima da Rede Sustentabilidade.
Na semana passada, ao moderar seu discurso, buscando atrair o capital financeiro — as bolsas, longe de cair, subiram — e o agronegócio, Marina Silva dava a entender que se considera praticamente eleita, mas não no primeiro turno. Por isso, seus aliados mais pragmáticos — ou “mais políticos” — começam a costurar novas alianças (para, em caso de vitória, garantir a governabilidade e enfrentar a “fúria” do PT). Eles admitem que a aproximação com o tucanato — que já cristianizou Aécio Neves, que fica para 2018 — é inevitável. As pontes são o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e José Serra — que vislumbram que a única possibilidade de arrancar os petistas do poder é articulando uma aliança com uma ex-petista. Marconi, líder emergente do PSDB, recebeu sinalizações de que Marina Silva quer “abrir” diálogo, especialmente depois que soube que o tucano é anti-Ronaldo Caiado e que o candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, é carne, unha e quase cutícula com o deputado federal do DEM. Nos bastidores, o candidato do PSB estaria apoiando Caiado para senador, cristianizando Aguimar Jesuíno, por quem não tem simpatia, exceto pro forma (antes do início da campanha, Vanderlan ofereceu a vaga de Jesuíno para Armando Vergílio, que preferiu compor com o PMDB).

Vinculado ao setor industrial, devido sua passagem pela Secretaria de Indústria e Comércio, entre 2011 e 2013, Alexandre Baldy, candidato a deputado federal pelo PSDB, tem surpreendido pela capacidade de romper barreiras entre segmentos. Na semana passada, comandou reunião com produtores culturais para ouvir sugestões. Outro destaque é a paixão com que participa de debates sobre políticas de qualificação profissional, uma de suas principais bandeiras.
Sobre formação profissional, vale lembrar que Baldy é ligado ao setor farmoquímico, ramo industrial que depende visceralmente do desenvolvimento científico e da alta qualificação de seus colaboradores. Por isso o jovem empresário é tão atento ao tema. Segundo ele, o governo federal melhorou parcialmente sua performance quanto ao ensino profissionalizante, mas ainda falta muito para se adequar à realidade do mercado de trabalho.
No governo Lula, diz Baldy, o paradigma era o Plano Nacional de Qualificação, uma peça quase fictícia. “Um documento altamente ideológico e ufanista que, ao longo de 26 páginas, não faz qualquer menção, de fato, às necessidades e demandas regionais do país”, diz o ex-secretário.
Para Baldy, dizer que qualificação profissional é fator de inclusão social é correto e bonito, mas não resolve se não houver encaminhamento prático.
Com Dilma Rousseff, diz o tucano, houve pequeno avanço com o Pronatec, pois, pela primeira vez, o governo federal pelo menos cita que é preciso interiorizar a oferta de cursos profissionalizantes. Mas a boa intenção parece ter ficado apenas na teoria.
Baldy pediu à sua assessoria que levantasse quais cursos gratuitos o Pronatec oferece em Goiás e ficou “assustado”. Nas maiores cidades goianas (Goiânia, Aparecida e Anápolis), o Pronatec apresenta em seu site apenas 66 vagas para cursos como o de agente de limpeza, trabalhador doméstico, vendedor, recepcionista e garçom.
“Estamos falando de um universo de 2 milhões de pessoas e só disponibilizam essas 66 vagas”, critica Baldy, completando o diagnóstico: “Em Anápolis, temos um polo industrial diversificado e a demanda por profissionais qualificados é alta. Onde estão os cursos para atender essas necessidades?”
Entre suas propostas para a área, Baldy afirma ser essencial que entidades representativas de empresários e trabalhadores participem da formulação das políticas de qualificação. Para definir o tamanho do investimento e também que tipos de cursos devem ser oferecidos em cada cidade ou região.

O candidato do PT a governador de Goiás, Antônio Gomide, diz que comete um equívoco aquele analista que, a partir das pesquisas de intenção de votos, avalia que o quadro eleitoral está inteiramente definido. “O analista não pode tomar uma tendência como fato definido. A possibilidade de ‘surpresas’, quando o eleitor estiver mais bem informado sobre os candidatos, sempre existe.”
Examinando o quadro eleitoral com atenção, Gomide diz que é possível concluir que o governador Marconi Perillo estabilizou-se em primeiro lugar e que o segundo colocado, Iris Rezende, “está estagnado”. “Iris não cresce e, assim, parece não ter chance de superar o candidato do PSDB. Portanto, acredito que, com um trabalho intenso e um contato permanente com os eleitores, tanto pessoalmente quanto pelo programa de televisão, podemos superar Iris e disputar o segundo turno com Marconi Perillo.”
No plano nacional, Gomide diz que o crescimento de Marina Silva é visível. “Porém, como ainda não foi contraditada, não se sabe o que o eleitorado vai dizer quando perceber que não é tão ‘pura’ quanto parece. É cedo para julgar seus números. Depois do encanto, uma espécie de mesmerização, às vezes vem o desencanto. Aposto que a presidente Dilma Rousseff, que tem muito o que mostrar, será reeleita. Quando passar a fase emocional, o eleitor certamente vai comparar o que Dilma fez com o que Marina pretende fazer e aí a diferença será gritante. Estão tentando ‘camuflar’ o radicalismo de Marina, tornando-a palatável aos banqueiros e ao agronegócio. Quando o eleitor que está descontente com ‘tudo’ perceber isto ficará desnorteado e poderá abandoná-la.”
O que o eleitor realmente quer e está cobrando dos políticos? “Pensa-se que exclusivamente em saúde, educação e segurança pública. Mas o que eleitor quer mesmo é ter confiança nos políticos, quer que tenham credibilidade. O eleitor está muito descontente com os políticos, que prometem muito, fazem pouco e, depois das eleições, ainda desaparecem.”