Bastidores
Candidato a deputado federal pelo Solidariedade percorreu principais Avenidas do setor Central com centenas de apoiadores e cabos eleitorais
Do embate da Prefeitura de Goiânia com a Câmara Municipal para aumentar o IPTU na capital resta pelo menos um aspecto positivo: a impressão de que ainda existem parlamentares independentes e bem preparados para o debate — com capacidade, sensibilidade e criatividade para, ao menos, tentar barrar o rolo compressor do Executivo.
O vereador Virmondes Cruvinel (PSD) deu exemplos de criatividade aos seus colegas durante a votação do IPTU por vários motivos. Primeiro porque levou o assunto às redes sociais para saber o que o seu público pensa sobre a majoração do tributo. Praticamente todos os seus seguidores foram contra o aumento, o que subsidiou seu posicionamento desde então.
Segundo porque, ao votar contra o projeto da prefeitura, gravou um vídeo selfie de sua participação na tribuna e postou imediatamente na internet. Se alguém estava pedindo modernidade na representação política, eis um modelo. Virmondes também votou contra a venda de áreas públicas e a favor do voto aberto para a cassação de parlamentares. Um craque do futuro? Não. Do presente.
Em Brasília, entre ricos e pobres, o deputado federal José Antônio Reguffe (PDT) é chamado de “Rei Guffe” e, às vezes, de são Francisco de Assis. Com estrutura mínima, com o uso mais da fala e de caminhadas incansáveis, sem cabos eleitorais, Rei Guffe faz uma campanha eleitoral absolutamente franciscana, ao contrário de outras campanhas milionárias. A pesquisa do Ibope divulgada nesta semana mostra o Rei Guffe com 37% das intenções de voto (cima da pontuação do candidato a governador do Distrito Federal de sua coligação, Rodrigo Rollemberg). O segundo colocado é o petista Geraldo Magella, com 16%. O senador Gim Argello, do PTB, tem 13%. Sandra Quezado é citada por 3%.
Os principais adversários do Rei Guffe, somados, têm 32%. O candidato do PDT tem 5% a mais do que os três juntos.
O Ibope mostra o Rei Guffe em ascensão. Ele subiu 2%. O PT deve perder o governo do Distrito Federal e possivelmente não fará o senador. Será uma das maiores derrotas do partido no país.
A crise do IPTU está escondendo outra crise. Há pelo menos um grupo que não quer o fortalecimento da tendência liderada por Rubens Otoni e Antônio Gomide

Peemedebistas que frequentam o comitê eleitoral do candidato do PMDB ao governo de Goiás, Iris Rezende, dizem que a primeira ordem do momento é: evitar que Marconi Perillo, candidato do PSDB, seja eleito no primeiro turno.
A segunda ordem é: trabalhar para que, em caso de segundo turno, Iris não chegue lá tão desidratado e, deste modo, leve uma goleada.
A terceira ordem é: combater a tese de que Vanderlan Cardoso está crescendo e tem condições de ir para o segundo turno contra o tucano-chefe.
Se necessário, Iris, que está preservando Vanderlan, vai partir para o ataque, sugerindo que o empresário investe mais em outros Estados do que em Goiás. O peemedebismo também vai sugerir que o candidato do PSB administrou apenas um município pequeno e, portanto, não tem experiência administrativa.
Aliados de Iris têm dito que o peemedebista aceita até perder para Marconi, mas não admite ficar em terceiro lugar.
[Marina Silva e Rodrigo Rollemberg: Brasília é do PSB]
Pesquisa de intenção de voto do Ibope, divulgada na quarta-feira, 24, mostra o candidato do PSB a governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, com 31% (tinha 28% no levantamento anterior). O segundo colocado, Jofran Frejat, do PR, tem 21% (manteve o índice da pesquisa anterior). O governador Agnelo Queiroz, do PT, aparece com 19% (caiu dois pontos). Tecnicamente, o republicano e o petista estão empatados, porém o primeiro está em ascensão, enquanto o segundo está patinando em todas as pesquisas. A possibilidade de Frejat ir para o segundo turno é maior, para disputar com Rollemberg – chamado em Brasília de “Marina Silva de calça” –, é, portanto, maior. O tucano Luiz Pitiman e Toninho, do PSOL, têm 3%. Perci Marrara, do PCO, não foi citado pelos eleitores. 14% não responderam. Brancos e nulos são 9%.
A pesquisa do Ibope, com margem de erro de 2% para mais e para menos, foi feita entre 21 e 23 de setembro, e ouviu 1.610 eleitores. Registro nº: DF-00057/2014.
Segundo turno
No segundo turno, confirmando sua vitalidade no primeiro turno, Rollemberg seria eleito contra qualquer um dos candidatos. Contra Frejat, que teria 25%, Rollemberg teria 47%. Contra Agnelo Queiroz, que ficaria com 20%, o candidato do PSB teria 52%. A pesquisa sugere que Agnelo é o candidato mais fácil de ser batido. Frejat derrotaria Agnelo – por 43% a 27%.
Rejeição
Agnelo é o primeiro colocado em rejeição – com 44%, um dado, aparentemente, intransponível. A rejeição de Rollemberg é a menor – 5%. Frejat tem rejeição de 16%. Pitiman: 10%. Toninho: 9%. Perci: 8%.
Governo mal avaliado
A pesquisa mostra que 47% dos entrevistados avaliam a gestão de Agnelo como ruim ou péssima. Um dado elevado. 32% a avaliaram como regular. 18% admitem que é ótima ou boa. 3% não responderam.
Na avaliação pessoal de Agnelo, 64% disseram que não o aprovam. 27% o aprovam. 9% não responderam.
A avaliação altamente negativa do governo e de Agnelo sugere que o petista dificilmente irá para o segundo turno.
A maioria do PT não queria aliança com o PMDB na disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2008. Rejeitava-se a aliança com o candidato Iris Rezende. No entanto, por um milagre quase inexplicável, dois jovens do PT, que inicialmente não queriam a união com Iris, de repente mudaram de posição e passaram a apoiá-la.
O que a Articulação fez para “virar” os votos dos dois jovens – que resultou num apoio apartadíssimo a Iris, com a indicação do petista Paulo Garcia para vice – até hoje não mereceu um esclarecimento definitivo. Aproveitando a crise atual, o vereador Tayrone di Martino – vice na chapa de Antônio Gomide, candidato do PT a governador de Goiás – poderia explicar o que de fato aconteceu. Ele possivelmente sabe como os dois votos foram “virados”.
A adesão envolveu dinheiro? Político sincero e articulado, Tayrone di Martino poderia ajudar o goianiense a entender se o apoio dos dois jovens custou mesmo algum dinheiro? Teria custado módicos 30 mil reais – 15 mil reais para um dos garotos? Não se sabe.
O prefeito de Jataí, Humberto Machado, do PMDB, não apoia a candidatura de Iris Rezende para governador. Mas apoia a candidatura do deputado federal Ronaldo Caiado, do DEM, para senador.
Na terça-feira, 24, Machado hipotecou total apoio a Caiado e participou de uma caminhada nas avenidas Goiás e Dorival de Carvalho. “Vamos enviar para Brasília o melhor senador do País. O Brasil tem grandes nomes na política, mas nenhum é tão capacitado como Ronaldo Caiado. Esse é um momento que o Brasil será passado a limpo e que somente os melhores ficarão. O Ronaldo é um deles”, disse o prefeito, apontado como um dos mais qualificados do Estado.
Machado frisou que Caiado é decisivo na defesa dos produtores rurais e do agronegócio. “Hoje, o agronegócio carrega o Brasil, e muito por causa do trabalho de Ronaldo. Antigamente, enfrentávamos juros altos, dificuldades. Hoje, somos os produtores mais qualificados do mundo graças ao Ronaldo, que levou os nossos problemas para os debates e nos trouxe soluções”, afirma o prefeito.

Além de declarar apoio a criação do município do Jardim Ingá, jovem candidato a deputado federal pelo Solidariedade também reforçou compromisso pelo entendimento da Frente Parlamentar do Entorno
A presidente Dilma Rousseff nomeou na sexta-feira, 19, o ex-deputado federal Marcelo de Araújo Melo (foto acima) para o cargo de diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O líder político, um dos mais articulados do Estado, é ligado ao vice-presidente da República, Michel Temer. Em Goiás sua ligação mais sólida é com o empresário Júnior Friboi.
Marcelo Melo é o principal cabo eleitoral da presidente Dilma Rousseff no Entorno do Distrito Federal. Não à toa é chamado, entre os petistas do Palácio do Planalto, de “o leão do Entorno de Brasília”.
A campanha de Iris Rezende — candidato do PMDB a governador de Goiás — praticamente não existe no Entorno do DF. O motivo é simples: Marcelo Melo, sabotado pelo irismo, cruzou os braços e só trabalha, com forte empenho, na campanha da presidente Dilma Rousseff. O jovem político, cotado para ser candidato a prefeito de Luziânia em 2016, é um craque político, sempre posicionado, mas o irismo prefere bajuladores.
As pesquisas eleitorais publicadas no final de semana colocaram o grupo de Antônio Gomide (PT) com as barbas de molho. A 15 dias das eleições, o cenário para o governadoriável petista deixou de ser desanimador para entrar no terreno do desespero.
Além de confirmar que sua candidatura realmente não encantou o conjunto do eleitorado goiano, os estudos mostram algo pior: Marconi Perillo (PSDB)pode chegar ao final da disputa com mais votos que Gomide até mesmo em Anápolis.
Para tornar a situação mais desesperadora para o grupo do ex-prefeito, seu irmão, o deputado federal Rubens Otoni (PT), pode ter menos votos que Alexandre Baldy (PSDB) na cidade. É o que também apontam pesquisas recentes nos últimos dias.
O problema para Gomide e Otoni tem configurações diferentes. O candidato a governador, por não ter chance nenhuma, despertou o raciocínio do voto útil entre os anapolinos: se votarem em Gomide, ajudam a colocar Iris Rezende (PMDB) no segundo turno. Como se sabe, o peemedebista é rejeitado em Anápolis.
Para Rubens Otoni, a questão é outra. Pela primeira vez, encara um candidato a deputado federal que, além de ter uma campanha organizada e competitiva em todo o Estado, tem um perfil de empreendedor, que combina mais com a cidade. “Votar em Alexandre Baldy virou um movimento em Anápolis”, diz um observador.
No sábado, Marconi e Baldy reuniram uma multidão impressionante para a caminhada que fizeram pelas ruas da cidade. O clima foi tão festivo e descontraído que, durante um trecho, chegaram a andar em bicicletas cedidas por moradores. O sorriso dos dois, disse o mesmo observador, era sinal de vitória.
[Olavo Noleto, de terno escuro, e Rubens Otoni, à direita, de camisa branca: as principais apostas do PT de Goiás para a Câmara dos Deputados]
Vinte e dois petistas, ouvidos por um repórter do Jornal Opção, disseram, sob a proteção do off, o que efetivamente pensam sobre os favoritos do partido para deputado federal. Eles dizem que positivo mesmo, para o PT, seria a eleição de Rubens Otoni, Olavo Noleto, Mauro Rubem e Edward Madureira – políticos absolutamente qualitativos. Porém, admitem que isto é impossível. Por isso, sugerem que as energias e os parcos recursos financeiros do partido estão realmente concentradas em dois nomes – Rubens Otoni e Olavo Noleto.
O único de fato garantido, dada sua história política e intenso trabalho na organização do PT em todo o Estado, é o deputado federal Rubens Otoni. Ele é visto como hors-concours, como virtualmente eleito. Ninguém no partido acredita que pode perder a eleição. Rubens, frisam, é maior do que o PT goiano, com forte apoio até fora do partido. O PT acredita que, com muito esforço, será possível eleger um segundo deputado. O segundo nome preferido da máquina partidária é o de Olavo Noleto. O jovem petista tem o apoio do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e do ex-prefeito Pedro Wilson. A candidata a senadora, Marina Santana, também está empenhada em sua campanha.
Rubens e Olavo, portanto, são a duas principais apostas do PT de Goiás para a Câmara dos Deputados.
Mauro Rubem é petista, respeitado pelas cúpulas, mas permanece, de algum modo, uma espécie de outsider, quer dizer, um político que não é controlado pelas principais tendências do partido em Goiás. É visto como “excessivamente independente”. Ele é apontado como o político que empurra do PT para uma linha mais independente, mais crítica e aguerrida. Não se trata, afirma os entrevistados, de um conciliador. Todos gostam dele, o admiram, mas mantém um pé atrás a respeito de algumas de suas posições. Acham-no ideológico demais, com um discurso meio passadista.
Edward está no PT, é respeitado pelos líderes do partido, mas não é visto integralmente como um petista. É percebido como um quase-petista. Os entrevistados argumentam que, para se tornar um petista de verdade, é preciso filiar-se ao partido e, ao mesmo tempo, a uma de suas tendências. Só assim alguém pode-se tornar um petista confiável. Não se entra no PT como se entra no PSDB, no PSD ou no DEM. O filiado casa-se com o partido e, principalmente, com uma tendência. São as tendências, e não exatamente o partido, que fazem as campanhas de seus membros.
A rigor, Mauro Rubem e Edward estão na disputa muito mais para fornecer quociente eleitoral para Rubens e, sobretudo, para Olavo. Os petistas não acreditam que possam ser eleitos, mas serão decididos para a eleição de, notadamente, Olavo. Rubens ganha praticamente sozinho.

[caption id="attachment_15747" align="alignleft" width="300"] Misael Oliveira: em caso de segundo turno, o prefeito apoia o tucano-chefe Marconi Perillo | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Publicamente, o candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, afirma que vai para o segundo turno, tirando Iris Rezende (PMDB) do páreo, e que vai enfrentar o governador Marconi Perillo (PSDB). Nos bastidores, seus aliados, embora respeitando o competente empresário, dizem exatamente o contrário: no caso de segundo turno, apostam, a disputa se dará entre o tucano-chefe e o peemedebista-chefe. Eles admitem que, ao menos nas eleições deste ano, não há espaço para terceira via.
Os vanderlanzistas dizem, com todas as letras, que Vanderlan Cardoso planeja apoiar Iris Rezende no segundo turno, repetindo o cenário de 2010. Entretanto, terá uma pedra, gigante, no seu caminho. Aliados importantes, como o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), e o presidente do PSC, Joaquim Liminha, em caso de segundo turno entre Marconi e Iris, vão ficar com o tucano. Misael e Liminha são amigos e aliados históricos de Marconi. Estão com Vanderlan por lealdade.
Há outro “drummond” no caminho de Vanderlan: dependendo do quadro político nacional, Marina Silva pode levar o PSB a apoiar Marconi no segundo turno.

[caption id="attachment_15822" align="alignleft" width="300"] Agenor Mariano, vice-prefeito de Goiânia: “Eu sei que não será nada fácil os institutos de pesquisa ajustarem seus números ao quadro verdadeiro” | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), diz que a política goiana se tornou uma grande central de boatos. “Durante toda a semana, ouvi que o grupo do governador Marconi Perillo (PSDB) estava dizendo que havia ‘virado’ em Goiânia, porém sem apresentar dados confiáveis. A história de ‘pesquisas internas’, obviamente sem registro, é tão-somente para convencer e incentivar os aliados. Iris Rezende (PMDB) continua na frente em Goiânia e em Aparecida de Goiânia. Em Anápolis, Antônio Gomide (PT) lidera. Portanto, nos três municípios com maior eleitorado, Marconi não é o líder. Na capital, nas ruas 44, mais popular, e 136, mais elitizada, está difícil encontrar eleitores do governador.”
Agenor frisa que, “com uma estrutura gigantesca de campanha, na qual não faltam recursos, esperava-se que a frente de Marconi fosse maior. Mas não é. Há um quadro de estabilização do tucano e um ligeiro crescimento de Vanderlan Cardoso (PSB), mas que não ameaça Iris Rezende. O que se deve, e é preciso dizer, com todas as letras, é que Goiás terá segundo turno em 2014. Uma eleição com mais de quatro candidatos dificilmente termina no primeiro turno”.
Uma das teses de Agenor é que o eleitorado está começando a definir efetivamente seu voto agora, quando passou a observar com mais atenção os candidatos. “Assim, a tendência é que Iris se aproxime mais de Marconi, com a diferença entre ambos caindo para no máximo 5%. O que os diretores dos institutos de pesquisa dirão quando tiverem de mostrar que a diferença entre Iris e Marconi não é de 15%? Uma informação pouca divulgada é que Iris começa a crescer no Entorno de Brasília. Marcos Cabral, ex-prefeito de uma cidade do interior e ligado ao deputado federal Ronaldo Caiado, está muito ‘otimista’ com os números da região. Perdemos em poucos lugares, como Luziânia.”
O vice-prefeito avalia que a campanha de Iris, “ao centrar fogo na desconstrução do governo de Marconi, acertou o alvo em cheio. No primeiro turno, o tucano até pode fazer cara de paisagem, mas, no segundo turno, com uma crítica mais concentrada e direta, sem outros candidatos, terá de ‘enfrentar’ as críticas de Iris”.
O ex-prefeito de Goiânia, na opinião de Agenor, “é um político de palavra. Ele está dizendo que a de 2014 será sua última eleição. E será. Não é blefe. Nós percebemos que o eleitor gostou disso e quer dar uma nova chance, a última chance, para o candidato do PMDB ao governo. O eleitor certamente quer homenageá-lo”.
As alianças para o segundo turno, destaca Agenor, “serão discutidas no devido tempo. Agora, o importante é ir para o segundo turno. Mas, sim, nós acreditamos que vamos conseguir o apoio tanto de Vanderlan Cardoso (PSB) quanto de Antônio Gomide (PT). Com uma aliança ampliada, devemos eleger Iris para governador de Goiás, acabando com uma série de injustiças”.

Líderes do PMDB listam suas principais apostas para deputado estadual: Ernesto Roller, José Nelto, Waguinho Siqueira, Bruno Peixoto, Adib Elias, Paulo Cezar Martins e Nélio Fortunato e Lívio Luciano.
Para ser eleito, um candidato peemedebista precisa obter entre 25 mil e 30 mil votos. Um irista avalia que o PMDB tende a eleger de oito a dez parlamentares. É provável que surja alguma surpresa do interior, talvez do Sudoeste ou do Entorno de Brasília,