Bastidores

[caption id="attachment_35696" align="alignright" width="300"] Médico Antônio Macedo[/caption]
No sábado, 23, entre 9 e 18 horas, será organizado o VII Grande Encontro dos Porangatuenses. Por que o médico Antônio Macedo (foto) conseguiu organizar sete encontros? Primeiro, porque é um diplomata nato e, por isso, tem uma paciência de Jó, conciliando interesses e perspectivas divergentes — de maneira inteiramente cordial.
Segundo, porque não permitiu que se tornassem encontros partidários (tanto que não são feitos em anos eleitorais). Políticos participam, sem qualquer problema, mas não podem instrumentalizá-los. Os encontros são inteiramente apartidários, com o objetivo de confraternização geral. São encontros, se se pode dizer assim, humanistas. Neles amigos encontram amigos — alguns não se viam há muitos anos — e reforçam laços. Sem Antônio Macedo na coordenação, seria praticamente impossível realizá-los.
O encontro será realizado na Chácara Aldeia das Flores, na Rodovia GO-070, km 6, saída para Inhumas, em Goiânia-Go. Na abertura, às 9horas, se terá uma missa com Frei Vilmar, figura histórica de forte presença nos eventos de Porangatu, sua terra natal.
Demais organizadores: Antônio Durão, Antônio Euzébio, Euclides Oliveira, Eva Araújo Jorge, Evangelina Reis, Fátima Mustafé, Fátima Rodrigues, Graça Estrela, Mariazinha Oliveira, Oscar Rodrigues, Raul Belém e Veruska Martins.

Políticos próximos do sociólogo Fernando Henrique Cardoso dizem que o ex-presidente da República está entusiasmado com a desenvoltura política do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB. Tese de Fernando Henrique Cardoso: o PSDB precisa ter pelo menos três nomes consistentes para a disputa eleitoral em 2018 — em termos nacionais. Na lista tripla estão, nesta ordem: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Marconi Perillo.
De um petista histórico: “É provável que o prefeito Paulo Garcia tente fazer o PT apoiar Iris Rezende [possível candidato do PMDB a prefeito de Goiânia], mesmo que este não aceite Adriana Accorsi como vice”. Ouvido, um aliado de Paulo Garcia contesta: “Não é bem. Paulo sabe que, se não emplacar Adriana Accorsi na vice de Iris, terá de lançá-la para prefeita de Goiânia. Senão o PT acaba na capital e aí o grupo do deputado federal Rubens Otoni toma conta do partido de vez”.

O peemedebista Robledo Rezende sustenta que o eleitorado de Porangatu não quer votar no prefeito Eronildo Valadares, do PMDB, e no grupo do deputado Júlio da Retífica, do PSDB. “Eronildo Valadares parece que vive noutra galáxia e não percebe o desgaste de sua gestão. O grupo de Júlio da Retífica governou durante 16 anos ininterruptos e, por isso, a sociedade cansou-se dele. Vai ser eleito prefeito de Porangatu aquele político consistente que disser ‘não’ tanto ao grupo de Eronildo quanto ao governo de Júlio”, afirma Robledo
O grupo de Júnior Friboi aposta que, na hora agá, o presidente da Comissão de Ética, Leon Deniz, recua e fica contra a sua expulsão do PMDB e pede o arquivamento do processo. O grupo de Iris Rezende, porém, conta com o voto do advogado para, no desempate, expurgar o empresário. A decisão será na segunda-feira, de manhã.

Se o PMDB expulsar Júnior Friboi estará “cassando” o futuro e prestigiando o passado, Iris Rezende. Por mais que fale em renovação, o PMDB, enquanto Iris Rezende for seu líder máximo, não será capaz de se renovar. A tradição do velho impera como uma ordem sacra no partido.
No encontro entre o vice-presidente da República, Michel Temer, e o empresário Júnior Friboi, com a presença dos deputados Daniel Vilela e Pedro Chaves, além do ex-deputado Leandro Vilela, o mandachuva político do governo Dilma Rousseff pediu “calma”. Michel Temer disse para Júnior Friboi ficar “quieto” e garantiu que grandes mudanças estão prestes a acontecer, antes da e com a Reforma Política. O vice-presidente da República não aprova a expulsão de Júnior Friboi. Mas Iris Rezende passa a manhã, a tarde e a noite pensando em expurgá-lo do PMDB.
O deputado estadual José Nelto garante que, se o empresário Júnior Friboi não for expulso do PMDB, vai aceitar, sem brigar, o apelido de “Zé Buscapé”. José Nelto disse a um deputado que tem 100% de certeza que Friboi será expurgado do PMDB.
Não convidem os deputados estaduais José Vitti — líder do governo na Assembleia Legislativa de Goiás — Chiquinho Oliveira para a mesma picanha mais do que maturada da Churrascaria Gramado. Pode sair muito sangue e não será da picanha “gramadiana”. Será de Vitti ou de Chiquinho. Os dois falam mal um do outro só em três turnos: de manhã, à tarde e à noite. Na madrugada descansam a língua — consta que a de Chiquinho é um tanto maior e mais conspirativa — para falar mal nos outros dias.
O motivo da crise entre José Vitti e Chiquinho Oliveira é a eterna disputa, no caso muito antecipada, pelo poder. Os dois querem ser presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, entre 2017 e 2018. O tucano é mais polido e o líder do PHS é mais agressivo, talvez excessivamente. Vitti alega, segundo seus aliados, que, ao abrir espaço para a eleição de Helio de Sousa, atual presidente, negociou que seria o próximo candidato da base governista. Chiquinho sustenta que não participou do acordo e, por isso, já está colocando seu nome à disposição dos colegas.
Não será nenhuma surpresa se um ex-vereador do PT de Goiânia transferir seu domicílio eleitoral para Trindade para ser vice do prefeito Jânio Darrot, na eleição de 2016. O padre Robson de Oliveira “abençoa”, sem muito esforço, a aliança.
Com a presença do deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB), e de vários jornalistas, a Faculdade Cambury organizou um excelente jantar com comida tailandesa, inteiramente feito por alunos. A comida, além de bem feita, ficou bonita. Com disse uma jornalista, tinha uma espécie de “arquitetura”.
De um economista da PUC: “Maguito Vilela vai passar para a história como o prefeito que mais endividou Aparecida de Goiânia”. O especialista assegura que a bomba — como um empréstimo de 80 milhões de reais — vai cair ou explodir no colo de seu sucessor. O financiamento tem apenas cinco anos de carência. Um deputado tucano concorda com o economista: “Exceto asfalto, Maguito Vilela não tem obras de grande porte que justifiquem tomar tanto dinheiro emprestado”. “Tenho dó do próximo prefeito. Aliado ou adversário, vai ficar quatro anos pagando as dívidas contraídas por Maguito Vilela”, afirma o economista.
O ex-deputado Sandro Mabel sugeriu a um aliado que pode mesmo ser vice de Iris Rezende na disputa pela Prefeitura de Goiânia, em 2016, sobretudo se o mandato for prorrogado até 2022. Mabel teria acrescentado que desconfia que o deputado José Nelto quer ser vice de Iris Rezende. Este, por sinal, tem admitido que, pelo coração, fica com Agenor Mariano como vice. Porém, pela razão — leia-se o vil metal —, ficará com Mabel.
O peemedebista José Nelto comentou com um deputado estadual que o site Goiás Real conquistou, em menos de um mês, uma audiência extraordinária. “Eu não sabia que ‘bater’ no governo do PSDB dava tanto ibope”, relatou a um peemedebista.