Bastidores

Marcus Vinicius Queiroz derrotou o marqueteiro Duda Mendonça na Colômbia e em Palmas (TO)
Lúcia Vânia vai trocar o PSDB pelo PSB brevemente. Motivo: a senadora quer participar do fortalecimento do partido o quanto antes. A senadora quer preparar candidatos a prefeito e a vereador em todo o Estado. E só poder fazer isto se já estiver filiada. Lúcia Vânia deve ser a presidente regional do PSB.
Na avaliação do tucanato, o senador Ronaldo Caiado, do DEM, quando busca impedir ou atrasar a venda da Celg, pensa mais na próxima eleição do que no crescimento e no desenvolvimento de Goiás. Segundo um aliado do tucano-chefe, “o receio de Ronaldo Caiado é que a privatização da Celg irrigue o caixa do governo do Estado e a aliança pilotada pelo governador Marconi fique mais robusta na sucessão de 2018”.
O deputado estadual José Nelto diz que a aliança do PMDB com o PT em Goiânia está descartada. “Mas, se o PT quiser apoiar Iris Rezende para prefeito, não colocaremos obstáculo. Só que nossa aliança prioritária é com o DEM de Ronaldo Caiado.”
O PMDB é mesmo um partido kafkiano. Durval Mota, que levou Júnior Friboi à Comissão de Ética do PMDB, acusando-o de infidelidade partidária — “apoiou” Marconi Perillo, e não Iris Rezende, para governador de Goiás, em 2014 —, manteve cargos, no governo do tucano-chefe, durante anos. Sua “ficha de infiel” está nas mãos do advogado Robledo Rezende, aliado de Friboi.
Luas azuis do Palácio das Esmeraldas sugerem que é mesmo definitivo o afastamento político entre o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB). Setores do PT concluíram que o PMDB sempre torceu contra o sucesso da gestão de Paulo Garcia. Iris Rezende, que diz ter o maior respeito pelo prefeito, estaria orientando seus principais aliados a ficarem afastados da gestão petista.
Um líder irista, de maneira enigmática, disse para o Jornal Opção: “Não estranhe se Paulo Garcia, atropelando o PT, apoiar Iris para prefeito de Goiânia, e sem indicar o vice ou a vice”. Há um problema na fala do irista: o PT tem uma disciplina partidária rígida. O prefeito Paulo Garcia se submete a ela e não é um político rebelde.
José Nelto garante que o PMDB não indicou nenhum secretário para o governo de Paulo Garcia. “Os que assumiram cargos não foram sugeridos pelo partido. Paulo Borges e Murilo Ulhoa são escolhas pessoais do prefeito petista.” Os iristas não estão mais beirando a Prefeitura de Goiânia.
Apoiado por Iris Rezende, pela ex-deputada federal Iris Araújo e pela bancada estadual para assumir, em outubro deste ano, o comando do PMDB de Goiás, José Nelto diz que se sente “lisonjeado”. “Eu apoio a candidatura de Sandro Mabel para presidente do partido. Porém, se ele não quiser assumir, meu nome está à disposição”, frisa. Ao contrário de Sandro Mabel, que vive viajando para os Estados Unidos — como se fosse conselheiro do Partido Republicano ou do Partido Democrata —, José Nelto planeja visitar todas as cidades de Goiás. Às vezes visita de 15 a 17 municípios por semana.
Paulo Henrique Guimarães, vereador licenciado do PMDB, é o novo secretário de Turismo da Prefeitura de Rio Verde. Seu pai, Wagner Guimarães, tem parentesco com o prefeito Juraci Martins. Mas este não é o motivo de o jovem político ter aderido à gestão do líder do PSD. Na verdade, Paulo Henrique se considera perseguido no PMDB pelo médico e empresário Paulo do Vale. A perda de Paulo Henrique e Wagner Guimarães pode minar os sonhos de Paulo do Vale, que planeja ser candidato a prefeito de Rio Verde em 2016.
Se não conseguir o apoio de Karlos Cabral, do PT (o partido em Rio Verde costuma ser autônomo e não aceita ser uma célula do PMDB), e de Leonardo Veloso, do PRTB, Paulo do Vale pode começar a economizar para comprar o terno da posse do deputado Heuler Cruvinel, pré-candidato a prefeito de Rio Verde pelo PSD. Cruvinel é, por enquanto, o líder nas pesquisas de intenção de voto.
Um político tucano garante que “um empresário, tido como rei da gasolina batizada, pretende ser candidato a prefeito de Senador Canedo. Ele também é conhecido como rei das ações trabalhistas”.
Os “secretários” de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela e Halim “Jirad”, ganharam um prêmio nacional: Goiás é o líder absoluto no ranking nacional da dengue. O Ministério da Saúde considera a situação de Goiás, em termos de dengue, gravíssima. A incidência chega a 1.365 casos por 100 mil. No total, são 89.076 infecções. “Só mesmo uma ‘jirad’, não o Halim, para combater o problema com mais eficácia”, ironiza um infectologista. “O ‘Jirad’, agora o Halim, é sempre o primeiro a chegar atrasado”, acrescenta. A incidência da dengue em São Paulo é a segunda maior do Brasil: foram registrados neste ano 1.125 casos a cada 100 mil habitantes, bem abaixo de Goiás.
O tucanato de Anápolis não aprova a ideia do deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) de lançar sua mulher para prefeita do município. Os tucanos sublinham que, embora seja “uma pessoa séria e competente”, Luana Baldy não tem a experiência e a capacidade de articulação do tucano. “Ele será candidato”, confirmam aliados anapolinos.
De um tucano de bico erado: “Vanderlan Cardoso, do PSB, quer ser o candidato da base marconista a prefeito de Goiânia, mas não quer apoiar o candidato da base marconista em Senador Canedo, o prefeito Misael Oliveira, do PDT”. Para os jornais, Vanderlan Cardoso diz que pode apoiar a reeleição de Misael Oliveira, “desde”, frisa sempre, “que melhore” sua administração e “trate bem” seus aliados. Entretanto, está apresentando o empresário Zélio Cândido (PSB) como seu virtual candidato no município. Comenta-se que Vanderlan quer assenhorar-se das principais secretarias da prefeitura, como Finanças e Obras. Misael resiste e tenta manter sua autoridade.