Após a formação dos blocos parlamentares e a mudança na regra de composição para Comissões Especiais de Inquérito, o colegiado que investigará possíveis irregularidades no Consórcio Limpa Gyn começa a se delinear. A expectativa é que a base do prefeito Sandro Mabel (UB) e os articuladores da investigação ocupem três vagas cada. Situação que deixa a bancada do Partido Liberal (PL) na condição de fiel da balança.

Anteriormente, com a apresentação dos blocos governistas, a expectativa era de que a base do prefeito ficasse com quatro vagas. No entanto, o vereador Léo José (SD) apresentou na sessão desta quinta-feira, 28, um requerimento que altera essa questão. O documento foi aprovado após inúmeras discussões no plenário.

O texto em questão prevê que a composição siga o critério de proporcionalidade partidária previsto no Regimento Interno da Casa, tomando como referência os parâmetros da Câmara dos Deputados. Ao mesmo tempo, em caso de empate entre partidos ou blocos parlamentares, o desempate será definido pela soma dos votos obtidos pelos integrantes nas últimas eleições municipais. Além de estabelecer que as indicações sejam irrevogáveis.

Ou seja, com base nas novas regras, as sete vagas titulares da CEI do Limpa Gyn ficariam com  Goiânia Limpa (oposição), bancada do PL, Vanguarda (oposição), Forte (situação), Brilha Goiânia (oposição), Governança (situação) e Goiânia (situação).

Por fim, a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) e o bloco Liderança devem indicar membros apenas para a suplência. A última vaga, entretanto, segue indefinida, já que há apenas nove grupos para dez assentos. Em tese, caberia ao presidente Romário Policarpo (PRD), que não se integrou a nenhum bloco e, na prática, representaria sozinho a “bancada” do Partido Renovação Democrática (PRD).

Caso o presidente opte em ficar de fora da composição, existe a expectativa de que o grupo que articulou a CEI fique com mais uma vaga de suplente.

Possível CEI do Limpa Gyn

Ainda sem definição oficial, as articulações nos bastidores da Câmara Municipal de Goiânia já apontam alguns nomes como favoritos para compor a comissão de investigação.

Entre os cotados estão Welton Lemos (SD) ou Cabo Senna (PRD), além de Aava Santiago (PSDB) e Pedro Azulão Jr. (MDB), que devem representar a oposição. O PL já indicou Willian Veloso. Enquanto a base governista caminha para Thialu Guiotti (Avante), Ronilson Reis (SD) e Juarez Lopes (PDT).

Para as vagas de suplência, os nomes seriam Fabrício Rosa, indicado pela bancada do PT, Heyler Leão (PP) e o presidente Romário Policarpo (PRD). Caso o presidente não assuma, Lemos ou Senna podem ficar com a vaga.