Os vereadores aprovaram nesta terça-feira, 30, um requerimento do vereador Coronel Urzêda (PL) que propõe o reajuste do auxílio-alimentação dos servidores da Câmara Municipal de Goiânia. O texto prevê a realização de um estudo de viabilidade financeira e orçamentária para elevar o benefício de R$ 467,79 para R$ 1 mil. A mudança deve abranger tanto os servidores efetivos quanto os comissionados.

Segundo o autor do requerimento, o valor atual não cobre minimamente as despesas diárias de alimentação. Ele argumenta que considerando 22 dias úteis, o benefício equivale a cerca de R$ 21,26 por dia, insuficiente para custear refeições na cidade. Além de destacar, na justificativa, o impacto da inflação acumulada nos últimos anos.

“A proposta é para todos os servidores, efetivos e comissionados”, afirmou Urzêda ao Jornal Opção. “O auxílio atual equivale, em média, a R$ 21 por dia, valor que não cobre sequer um marmitex. Esse reajuste já é praticado pelo Tribunal de Justiça e pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Nosso objetivo é assegurar um pouco mais de dignidade aos servidores, já que muitos acabam, literalmente, pagando para trabalhar”, concluiu.

Ao mesmo tempo, ainda tramita pela Câmara o projeto que prevê a concessão de vale-alimentação aos servidores da saúde. O valor previsto será de R$ 159,39 para servidores com jornada de 20 horas semanais e de R$ 227,70 para aqueles com carga de 30 horas. O pagamento será exclusivo aos profissionais em efetivo exercício, não sendo devido em períodos de afastamento, ainda que remunerados.

O vale-alimentação terá reajuste anual pelo mesmo índice aplicado na data-base dos servidores municipais. A estimativa é de que o benefício custe R$ 1,823 milhão entre setembro e dezembro deste ano. Para 2026 e 2027, a expectativa é de que os valores alcancem R$ 5,590 milhões e R$ 5,825 milhões, respectivamente.

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