Mesmo sem o centrão, Bolsonaristas já são maioria na Câmara

Independente do resultados do segundo turno, que será realizado no dia 30 de outubro, a Câmara dos Deputados está encaminhada para apoiar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Com mais de 200 cadeiras eleitas pelo Partido Liberal e outras siglas aliadas, os bolsonaristas precisam apenas de um pouco do apoio do centrão para formar maioria no Congresso.

Apenas o partido do atual governante conseguiu 99 representantes nos estados brasileiros. Se somarmos a quantidade com os aliados, como Republicanos, Progressistas, Podemos, Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Social Cristão (PSC), o número salta para 207. Sem contar, apoios individuais como o de Marcel van Hattem (Novo/RS) e Pablo Marçal (Pros/SP), caso o último seja liberado pela Justiça Eleitoral para assumir o cargo.

Por outro lado, caso vença as eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas contará com 138 vagas no parlamento, incluindo 79 deputados do próprio Partido dos Trabalhadores. Além de outros pertencentes à coligação: Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Verde (PV), Avante e Solidariedade.

Partidos como o União Brasil, Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e Partido Social Democrático (PSD), conhecidos popularmente como o centrão, optaram por liberar os filiados a escolherem quem vão seguir para o segundo turno.

Por exemplo, uma parcela dos eleitos pelo MDB pode seguir a decisão da candidata à Presidência Simone Tebet e apoiar o petista. Por outro lado, nomes do União Brasil podem seguir com o bolsonarismo, como o caso do ex-ministro da Educação José Mendonça Filho (PE).

Fora a situação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que deverá dividir os eleitos, junto a federação com o Cidadania, no apoio entre Lula e Bolsonaro.