O senador Wilder Morais (PL) se manifestou nesta sexta-feira, 18, com críticas à decisão judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre as medidas, houve a determinação de proibição de uso das redes sociais e o uso de tornozeleira eletrônica. Em nota, ele classificou a medida como “desproporcional” e afirmou receber a decisão com “espanto e repúdio”.

“Recebo com muito espanto e repúdio a desproporcional ação contra o presidente Bolsonaro. Ele sempre esteve à disposição e colaborou com a Justiça, mesmo ciente do tom de perseguição que marca essa investigação. Confio no compromisso dele com a democracia e com a Justiça. Mas, sem dúvidas, retirar as redes do presidente é uma tentativa clara de calar a voz mais influente do país”, afirmou Morais, em sua conta no Instagram.

A declaração do senador goiano ocorre no contexto das recentes ações autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e conduzidas pela Polícia Federal (PF) no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e articulações para deslegitimar o processo eleitoral.

Na manhã desta sexta-feira, 18, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-presidente. Além das buscas, Bolsonaro foi conduzido à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária para o uso de tornozeleira eletrônica.

 Por determinação judicial, o ex-presidente está proibido de utilizar redes sociais, manter contato com outros investigados, embaixadores e diplomatas estrangeiros, e de se ausentar da comarca do Distrito Federal. Também deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno, entre 19h e 6h.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou ter recebido “com surpresa e indignação” as medidas cautelares, alegando que o ex-presidente “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”.

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