O Primeiro Comando da Capital (PCC) tinha como objetivo sequestrar o ex-juiz da Operação Lava Jato e senador, Sergio Moro (União Brasil), na votação do segundo turno das eleições, em outubro de 2022. Segundo documentos obtidos pela revista VEJA, o plano era trocar o parlamentar por uma transferência do líder do grupo, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, para uma prisão em São Paulo. Entretanto, caso o exigência não fosse atendida, o político seria morto pela facção criminosa.

Entretanto, a operação para sequestrar Moro foi descoberta a tempo pela Polícia Federal (PF). De acordo com a investigação, o PCC monitorava o ex-juiz desde maio de 2022 e tinha todas as informações detalhadas sobre a rotina dele durante o período. Dessa forma, o plano era sequestrá-lo no dia 30 de outubro, data do segundo turno, quando estaria sem acompanhamento de segurança, após ele votar no Clube Duque de Caxias, em Curitiba.

Leia mais: Sergio Moro era alvo de plano de sequestro

Após a captura, o plano da facção era levar o senador para uma chácara próxima da capital paranaense, um local isolado e com diversos aparatos de segurança. No cativeiro, possivelmente ele seria morto pelos criminosos. O assassinato ainda era visto como uma oportunidade de mostrar de força e poder para a sociedade.

No entanto, o sequestro foi impedido por uma série de acasos, como um apartamento alugado pela quadrilha que chamou a atenção dos moradores. Situação que levou eles a acionar a polícia e fez os criminosos abandonarem o plano. Depois, um ex-membro do PCC, jurado de morte pelo grupo, ofereceu informações sobre o plano para as autoridades.

Leia mais: Após “Caso Moro”, parlamentares se movimentam em projetos “anticrime”