O que mudou: como Lula aumentou a quantidade de ministérios de 22 para 37

04 janeiro 2023 às 13h08

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Em média, cada governo após a redemocratização utilizou em média 30 ministérios para poder governar. A menor quantidade foi durante a gestão de Fernando Collor (PTB) com 12 e a maior foi durante o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) com 39 pastas. Já na última administração realizada por Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2022, o Brasil teve 22 ministros.
O atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou a quantidade de pastas na Esplanada dos Ministérios. Ao todo, serão 37 ministros durante o seu terceiro mandato como presidente da República. A segunda maior quantidade desde 1985, junto com o primeiro mandato de Dilma, mas perdendo o segundo.
Entretanto, o que mudou para para que ocorresse um salto de 15 ministérios novos entre uma gestão para outra? Diversas mudanças, principalmente em desmembramentos de pastas e criações de novos ministérios. Por exemplo, o ministério da Economia foi dividido em: Fazenda; Planejamento; Desenvolvimento, Indústria e Comércio; e Gestão e Inovação.
Além da Economia, outros ministérios também foram desagrupados para se tornarem outras pastas independentes. Trabalho e Previdência foi dividido em duas pautas, uma para cada. Assim como Agricultura que foi ramificada também em Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca.
Cidadania se tornou Desenvolvimento Social e Esporte, assim como Desenvolvimento Regional virou Cidades e Integração Nacional. Já a Infraestrutura foi dividida em Portos e Aeroportos e Transportes. O Ministério da Cultura também foi recriado após ser separado do Turismo.
O ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, um agrupamento realizado durante o governo Bolsonaro, foi remanejado em quatro pautas: Direitos Humanos, Povos Originários, Mulheres e Igualdade Racial.
Na teoria, sem contar as ramificações, a única pasta que foi recriada foi a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Órgão com status de ministério criado em 2005 por Lula e que foi extinto em 2015, quando Michel Temer (MDB), então vice-presidente, assumiu as atribuições no governo Dilma. Entre as funções, SRI atuava nas áreas de articulação e coordenação política do governo.
Ministérios inalterados
Ministério da Casa Civil – Rui Costa (PT)
Secretaria Geral da Presidência – Márcio Macêdo
Secretaria de Comunicação Social – Paulo Pimenta (PT)
Controladoria-Geral da União (CGU) – Vinicius Carvalho
Advocacia-Geral da União (AGU) – Jorge Messias
Gabinete de Segurança Institucional – Gonçalves Dias
Ministério da Justiça e Segurança Pública – Flávio Dino (PT)
Ministério da Defesa – José Múcio Monteiro (PTB)
Ministério das Relações Exteriores – Mauro Vieira
Ministério da Saúde – Nísia Trindade
Ministério da Educação – Camilo Santana (PT)
Ministério do Meio Ambiente – Marina Silva (Rede)
Ministério de Minas e Energia – Alexandre Silveira (PSD)
Ministério das Comunicações – Juscelino Filho (União Brasil)
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – Luciana Santos (PCdoB)
Ministérios ramificados
Ministério da Economia virou: Ministério da Fazenda – Fernando Haddad (PT); Ministério do Planejamento – Simone Tebet (MDB); Ministério de Gestão e Inovação – Esther Dweck; e Desenvolvimento, Indústria e Comércio – Geraldo Alckmin (PSB).
Ministério do Trabalho e Previdência virou: Ministério do Trabalho – Luiz Marinho (PT); e Ministério da Previdência – Carlos Lupi (PDT).
Ministério do Desenvolvimento Regional virou: Ministério das Cidades – Jader Filho (MDB); e Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional – Waldez Góes (PDT).
Ministério da Infraestrutura virou: Ministério dos Portos e Aeroportos – Márcio França (PSB); e Ministério dos Transportes – Renan Filho (MDB).
Ministério da Agricultura virou: Ministério da Agricultura – Carlos Fávaro (PSD); Ministério Ministério do Desenvolvimento Agrário – Paulo Teixeira (PT); e Ministério da Pesca – André de Paula (PSD).
Ministério da Cidadania virou: Ministério do Desenvolvimento Social – Wellington Dias (PT); e Ministério do Esporte – Ana Moser.
Ministério do Turismo virou: Ministério do Turismo – Daniela do Waguinho (União Brasil); e Ministério da Cultura – Margareth Menezes.
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos virou: Ministério dos Direitos Humanos – Silvio Almeida; Ministério dos Povos Originários – Sonia Guajajara (PSOL); Ministério da Igualdade Racial – Anielle Franco (PT); Ministério das Mulheres – Aparecida Gonçalves.
Ministério recriado
Secretaria das Relações Institucionais – Alexandre Padilha (PT).