Um policial federal e nove suspeitos morreram durante a operação Fauda na região do bairro Valéria, em Salvador. Iniciada na sexta-feira, 15, a ação combatia um grupo criminoso, mas policiais federais e civis sofreram uma emboscada que resultou na morte do agente Lucas Caribé Monteiro de Almeida. Além deixar outros dois agentes feridos.

Durante a emboscada outros quatro suspeitos também morreram após troca de tiros com as autoridades. Até o domingo, houve mais cinco mortes resultante de confrontos e uma pessoa também foi presa, segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Ainda foram apreendidos três fuzis, uma submetralhadora, uma carabina, um revólver e três pistolas, além de munições e rádios comunicadores.

Após os confrontos, as aulas foram suspensas para mais de dois mil alunos da rede pública que estudam na região. O transporte público também foi suspenso na região.

Crise na Segurança Pública

A Bahia vive uma crise na Segurança Pública e tem sofrido com altos índices de violência urbana e letalidade policial nos últimos anos. A operação Fauda tem como objetivo o combate a uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos. A operação é realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que começou a atuar no mês passado para tentar coibir as organizações criminosas que se instalaram na Bahia, principalmente ligadas ao tráfico ou à milícia.

De acordo com o jornal Estadão, o presidente Lula foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública – e muito em função dos resultados apresentados na Bahia, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022. Com isso, o cargo de Dino parece estar em jogo.

Para comandar o ministério surgem nomes como Jorge Messias (AGU), Marco Aurélio Carvalho (advogado) e Augusto de Arruda Botelho (secretário de Justiça), conta Andréia Sadi. O favorito do PT é Messias, que também é o preferido do partido para o STF. Botelho é do PSB, o que daria continuidade à gestão de Dino. Já Carvalho, que coordena o grupo Prerrogativas, é um dos conselheiros políticos mais próximos do presidente.