O advogado goiano Egmar José de Oliveira fará parte da nova composição da Comissão da Anistia. Ao lado de outras 15 pessoas, ele é parte dos novos titulares anunciados pelo Ministério dos Direitos Humanos nesta terça-feira, 17. Segundo a pasta, os escolhidos foram apontados por experiência técnica nas temáticas de reparação integral, memória e verdade.

Criado em 2002, o órgão é responsável por analisar questões relacionadas a reparação e memória de familiares ou vítimas da ditadura civil-militar no Brasil, entre 1964 e 1985. Segundo a nova administração, a nova composição precisará reverter a “interferência política” que ocorreu desde 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ou seja, militares nomeados por Bolsonaro foram excluídos da nova composição, incluindo o general Rocha Paiva. Ele era conhecido por ser amigo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI e um dos torturadores mais conhecidos da ditadura. Fora que escreveu o prefácio do livro “A Verdade Sufocada”, escrito por Ustra.

A nova Comissão de Anistia será presidida pela professora Eneá de Stutz e Almeida, da Universidade de Brasília (UnB). Além de Egmar, ainda será composta por: Márcia Elayne Berbich Moraes; Ana Maria Lima de Oliveira; Rita Maria Miranda Sipahi; Vanda Davi Fernandes de Oliveira; Prudente José Silveira Mello; José Carlos Moreira da Silva Filho; Virginius José Lianza da Franca; Manoel Severino Moraes de Almeida; Roberta Camineiro Baggio; Marina da Silva Steinbruch; Egmar José de Oliveira; Cristiano Otávio Paixão Araújo Pinto; e Mario de Miranda Albuquerque.

Outros nomes ainda serão indicados posteriormente pelo Ministério da Defesa e anistiados.