O esquema de falsificação de cartões de vacinação que levou à ação na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira, 3, teria começado em Goiás, segundo informações da colunista Malu Gaspar, do Jornal O Globo. Apesar de registrado em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o procedimento teria sido iniciado por um médico no município de Cabeceiras, a 339 km de Goiânia.

Segundo informações de Gaspar, um médico da prefeitura de Cabeceiras, ligado ao bolsonarismo, teria sido responsável por preencher o cartão de vacinação de Bolsonaro, da filha Laura, do ajudante Mauro Cid e sua esposa.

Só com o cartão assinado em Goiás em mãos, então, o grupo passou a buscar o registro no sistema eletrônico de Duque de Caxias, onde teria sido adulterado para permitir viagem aos Estados Unidos, sem restrições.

Apesar da tentativa, o sistema acabou rejeitando as informações exatamente pela difrença de registros de lotes das vacinas. Como o lote informado havia sido enviado para Goiás, e não para o Rio de Janeiro, não foi possível validar as informações.

A partir daí, Mauro Cid passou a trocar uma série de mensagens, via WhatsApp, para negociar o esquema. Foi por meio dessas mensagens, inclusive, que a Polícia Federal conseguiu deflagrar a operação realizada na manhã desta quarta.

O Jornal Opção tentou contato com a Prefeitura de Cabeceiras e com a Secretaria de Saúde do município, mas não obteve respostas. O espaço segue disponível para posicionamento