Dono da Havan, Luciano Hang; do Grupo Coco Bambu, Afrânio Barreira; proprietário da gigante de shoppings Multiplan, José Isaac Peres; do Barra World Shopping (Rio de Janeiro), José Koury; da construtora W3 Engenharia, Ivan Wrobel; e da marca de surfwear Mormaii, Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, estão entre os empresários bolsonarista que defendem um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vence as próximas eleições, de 2 de outubro.

O site de notícias Metrópoles divulgou que os empresários participam de um grupo de WhatsApp, e nele atacam as instituições da Republica, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Tribunal Eleitoral (TSE). As manifestações têm ganhado força com a aproximação do 7 de Setembro, dia que se comemora a Independência do Brasil. Assim como no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem feito especulações sobre a data para estimular os simpatizantes, que cobram dele a adoção de um regime ditatorial no país.    

Segundo a reportagem do Metrópoles, a incitação do grupo de empresários bolsonaristas se intensificou no dia 31 de julho, quando o dono do shopping Barra World, José Koury, que é atuante no mercado imobiliário do Rio, comentou sobre o tema. Ele escreveu que preferiria uma ruptura democrática ao retorno do PT ao poder. Segundo o empresário, a instalação de uma ditadura não impede que o Brasil receba investimentos estrangeiros.

No mesmo sentido, foram as postagem feitas pelo proprietário da W3 Engenharia, Ivan Wrobel. Ele frisou se eleitor de Bolsonaro desde o segundo mandato de deputado federal do ex-capitão. “Quero ver se o STF (sic.) tem coragem de fraudar as eleições após um desfile militar na Av. Atlântica com as tropas aplaudidas pelo público”, postou no grupo. Esse ato mencionado por ele está prevista para ocorrer na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio de Janeiro, com desfile das Forças Armadas, no feriado do dia 7.

O Jornal Opção indagou a Procuradoria-Geral da República (PGR), o TSE e o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) para saber se a Justiça tem feito monitoramento sobre possíveis ataques direcionas às instituições da República, a seus membros e às eleições. A PGR e o TRE-GO informaram que, por enquanto, não há nada que sinalize para ataques mais acirrado por parte de manifestantes. O TSE não se manifestou.