Apagão nacional atinge todos os estados

*Ruy Bucar e Giovanna Campos

Um apagão nacional deixou várias cidades de Goiás, Distrito Federal e de outros 19 estados sem energia na manhã desta terça-feira, 15. Moradores de cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Caldas Novas, Anicuns, Luziânia, Vianópolis e Caçu acordaram sem luz. Alguns, no entanto, relataram falta de energia após às 08h da manhã.

A Equatorial Goiás, concessionária que administra a energia no Estado, informou em nota “a normalização já foi iniciada” e segue tomando “providências para o restabelecimento integral das cargas”.

A partir das 8h41, a carga voltou a subir gradativamente, mas às 9h30, a energia ainda não havia voltado ao patamar visto antes do apagão. Isto é, ainda há regiões do Brasil sem o restabelecimento do sistema elétrico. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a ocorrência no SIN interrompeu 16 mil MW em todas as regiões do país.

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que está apurando as causas da ocorrência, mas adiantou que a interrupção ocorreu devido à abertura da interligação Norte-Sudeste.

Nota da Equatorial Goiás na íntegra

O Grupo Equatorial Energia informa que houve registro, a partir das 8h30 desta terça-feira (15), de interrupção geral no fornecimento de energia em vários estados do país, provocado por uma ocorrência de abrangência nacional.

Segundo informações preliminares, houve atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga, que consiste em um mecanismo de proteção da rede para tentar restringir a perda de carga no sistema.

Em todos os estados em que há concessão do Grupo (Alagoas, Amapá, Maranhão, Goiás, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul, a normalização já foi iniciada. O Grupo segue acompanhando junto ao Operador Nacional do Sistema as providências para o restabelecimento integral das cargas e com equipes técnicas de prontidão em todas as suas bases nos estados.

Energisa retoma fornecimento de energia no Tocantins após apagão

A concessionária de energia elétrica no Tocantins, Energisa, enviou nota informando sobre o apagão na manhã desta terça-feira, 15, que atingiu todo o Estado. A empresa esclarece que houve um evento externo no Sistema Interligado Nacional, que afetou o suprimento de energia em várias localidades do Brasil. “Como proteção, por determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS), foi interrompido o fornecimento de energia elétrica em territórios de sua concessão. O serviço está sendo gradualmente reestabelecido conforme a liberação da NOS”, explica.

“Desde o início da ocorrência, por volta das 08:31h, quando o Estado foi afetado, técnicos da Energisa Tocantins atuam de forma ininterrupta no centro de operações e em contato com o Operador Nacional do Sistema. A empresa também entrou em contato para alertar e dar suporte à hospitais e outras entidades que prestam serviços essenciais no estado”, diz a nota. A empresa disse que a causa do apagão ainda será apurada. O fornecimento de energia no Tocantins já começou a ser restabelecido de forma gradativa.

Nota do Ministério de Minas e Energia na íntegra

O Ministério de Minas e Energia (MME), a partir de dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), informa que uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional interrompeu 16 mil MW de carga em estados do Norte e Nordeste do Brasil, nesta terça-feira (15/8). Estados do Sudeste também foram afetados.

A interrupção ocorreu devido a abertura, às 8h31, da interligação Norte / Sudeste e as causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas.

A recomposição já foi iniciada em todas as regiões e até Às 9h16, 6 mil MW já foram recompostos.

A equipe do MME está trabalhando para que a carga seja plenamente restaurada o mais breve possível.

O ministro Alexandre Silveira já determinou a criação de uma sala de situação e acompanha o processo de retomada, bem como determinou a apuração das causas do incidente.

Eletricitários teriam avisado que apagão poderia ocorrer após venda da Eletrobras

A possibilidade de um apagão foi por diversas vezes previsto pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) que, inclusive, enviou correspondência ao MME, a NOS e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEE).