A Lojas Americanas apresentou nesta segunda-feira, 20, o seu plano de recuperação judicial para a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. De acordo com a proposta, apresentada no limite do prazo estabelecido, está um aporte de R$ 10 bilhões junto a venda de ativos, leilão reverso e conversão de dívidas em ações. A empresa possui cerca de R$ 43 bilhões em dívidas, com mais de 16 mil credores.

O documento prevê que o aporte será feito por Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles, considerados o trio de acionistas de referência. Também serão vendidos uma rede de hortifrúti e uma aeronave Embraer Phenom 300. Fora a plataforma Grupi Uni.Co, que é dona das empresas Puket, Imaginarium e Love Brans.

O objetivo do plano aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia é que a empresa continue com as suas atividades e supere os problemas financeiros. Atualmente, quase metade da dívida (R$ 19,5 bilhões) é com bancos privados, incluindo o Bradesco, o principal credor com R$ 5,1 bilhões. Também estão na lista: Santander (R$ 3,6 bilhões), BTG (R$ 3,5 bilhões), Itaú (R$ 2,7 bilhões) e Safra (R$ 2,5 bilhões).

Como tudo começou

O escândalo da Americanas começou no dia 11 de janeiro quando identificou “inconsistências em lançamentos contábeis” que chegariam a R$ 20 bilhões. Nos próximos dias, o número saltaria para R$ 40 bilhões. A situação ainda gerou a renúncia CEO na época, Sérgio Rial, e André Covre, diretor de relações com investidores.