O professor de História Yussef Campos, da Universidade Federal de Goiás, é, ao lado de Antônio César Caldas, cotado para assumir a superintendência do Instituto de Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) em Goiás.

Yussef Campos tem 39 anos, é doutor em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora e está em Goiás há quase oito anos (está tão identificado com o Estado que, localizado pelo Jornal Opção no sábado, estava no Estádio Olímpico, assistindo um jogo do Goiânia contra o Aparecidense. Sim, é torcedor de Goiânia e do Botafogo do Rio de Janeiro). Ele é mineiro de Juiz de Fora.

Por que Yussef Campos se dispôs a dirigir o Iphan? “Trata-se de uma demanda da própria área, tanto de servidores quanto de pessoas que trabalham com preservação”, afirma o historiador. Seus apoiadores, ao definirem seu nome, começaram a trabalhar politicamente. O jovem mestre não é filiado ao PT, mas apoiou Lula da Silva para presidente da República. “Surgi como um nome técnico, pois atuo na área há 20 anos. Por isso conto com o apoio de especialistas do setor.” Integrantes nacionais do Iphan, de acordo com o professor da UFG, o apoiam. Há também apoio local, mas as pessoas preferem não se manifestar publicamente.

Yussef Campos diz que os servidores do Iphan cobram pessoas especializadas. “Sou especializado, estudo e trabalho com patrimônio cultural. O Iphan não é para aventureiros, porque demanda muito trabalho e conhecimento especializado.” Ele frisa que encontrou “boa acolhida” no PT.

Alguns intelectuais decidiram se manifestar a respeito do pleito de Yussef Campos.(E.F.B.)

Cristina Helou/Professora da UFG e doutora em História

Cristina Helou, professora da Universidade Federal de Goiás | Foto: Facebook

“O professor Yussef Campos é um pesquisador bastante comprometido com o patrimônio cultural não somente no Brasil, como também no que tange os debates sobre patrimônio no mundo. Tem uma discussão importante rumo à decolonialidade, além de estar atento às necessidades da área. Tem meu apoio, sem dúvida. O considero qualificado. Sabemos que a tarefa da gestão não é fácil, mas, caso seja indicado, torço para ele fazer um bom trabalho. Vontade e fundamentação não lhe faltam.”

Raul Lanari/Professor da UFG e doutor em História

Raul Lanari, professor da Universidade Federal de Goiás | Foto: Facebook

“Avalio como uma ótima indicação. Yussef Campos é um profissional ativo nos debates sobre o patrimônio, tendo pesquisado temas relevantes e atuais na área. Ele associa conhecimento teórico e capacidade de articulação para trazer recursos para nossas cidades históricas e para valorizar os detentores dos bens culturais de natureza imaterial do Estado. Será uma grande oportunidade para o desenvolvimento do patrimônio cultural em Goiás.”

Adriana Vaz/Arquiteta e urbanista, doutora em História e professora da UFG

Adriana Vaz, professora da Universidade Federal de Goiás | Foto: WhatsApp

“Trabalhei com Yussef Campos no programa de pós-graduação Projeto e Cidade da Fav, UFG. Fomos colegas. É um profissional sério e discute a questão do patrimônio há muito tempo. Tem atuação responsável.”

Nilton Rabello/Músico

Nilton Rabello, músico | Foto: Facebook

A indicação de Yussef Campos para assumir o Iphan é bastante pertinente devido a sua história profissional, sempre esteve pautado em seus estudos, em suas pesquisas a memória social, o patrimônio cultural, pessoa que tem conteúdo e propriedade nos assuntos, é da área. Muito melhor sua indicação do que somente uma indicação política de alguém que não é da área e que não tem conteúdo para desenvolver as demandas necessárias que o cargo exige.

Sobre sua qualificação, é só olhar seu currículo que é extenso, graduação em História e Direito, doutorado em História, mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural Patrimonial, especializações em Gestão do Patrimônio Cultural, pós-doutorado em Ciências Humanas e diversas formações complementares. Toda sua vida profissional dedicada e pautada no tema patrimônio cultural. Yussef Campos está muito bem-preparado e com um conteúdo imenso que precisa ser externado para uma boa gestão no Iphan.