Na semana passada, durante bom tempo, a cidade de Porangatu parou. Quarenta agentes da Polícia Federal vasculharam a prefeitura, colhendo documentos, inclusive num cofre, a respeito de denúncias de corrupção,

A rigor, a Polícia Federal já tinha muitas informações em mãos, tanto que recebeu autorização da Justiça Federal para fazer as buscas e apreender mais material comprobatório.

O que a Polícia Federal buscou foi mais material que sustentará, possivelmente, pedidos de afastamento da prefeita Vanuza Valadares — aliada do deputado federal José Nelto, do pP — e alguns auxiliares. Há, inclusive, a possibilidade de, em breve, prisões — se todas as denúncias foram efetivamente comprovadas.

Até agora, estranhamente, a Câmara Municipal de Porangatu não se manifestou oficialmente sobre os acontecimentos. Porém, o vice-prefeito Capitão Pires compareceu à sede da Câmara, se apresentando como “um cidadão” do município, e entregou um requerimento no qual pede que o Legislativo faça uma investigação sobre os fatos ocorridos na prefeitura. Afinal, como postula o militar da reserva do Exército, a Polícia Federal fez apreensões de documentos na sede da prefeitura. Porém, não há viv’alma na cidade que acredite que o Legislativo procederá a alguma investigação ou trabalhe pelo impeachment da gestora municipal.

Consta que a investigação da Polícia Federal é explosiva. Chega a ser assustadora. Tanto que tem gente “tremendo” na prefeitura… e na cidade.

O vice-prefeito não é citado nas investigações. Não tem nenhuma participação nos supostos esquemas de corrupção.

O empresário Eronildo Valadares, marido de Vanuza Valadares, disse, durante a campanha de 2022, que fecharia sua loja, a Valadares, e demitiria todos os funcionários se Lula da Silva fosse eleito presidente da República. O petista-chefe ganhou e o empresário — dono de um patrimônio de 34 milhões de reais — até agora não fechou seu comércio.