Vereadores elogiam visita de Mabel, mas não gostam de clima de ‘já ganhou’

13 abril 2024 às 13h21

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A reunião do pré-candidato da base governista, Sandro Mabel (União Brasil), na última quarta-feira, 10, na Câmara Municipal de Goiânia, foi considerada positiva. Vereadores apreciaram a iniciativa de convidar o Legislativo para conversar sobre a pré-candidatura e a expectativa é de que mais encontros entre Mabel e os vereadores ocorram diante os próximos meses. Outros pré-candidatos também podem fazer o mesmo e se apresentar para o Legislativo.
Alguns vereadores, porém, não apreciaram certas falas do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Principalmente a respeito do perfil de vice e a sua postura como “candidato já eleito” durante o encontro.
Parlamentares que não quiserem identificar acreditam que ele não pode falar como se estivesse vencido o pleito deste ano. Por exemplo, durante a reunião, Mabel pediu ajuda dos vereadores para discutir sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. O pedido para discutir a questão não foi bem visto por alguns vereadores presentes.
“Queria que na fase de orçamento, não sei exatamente quando ele é feito, gostaria que a gente pudesse discutir e pensar juntos sobre a idealização disso. Se não, a gente entra no orçamento do ano sem poder fazer o que estamos pensando. Tem que ser um orçamento com a nossa cara”, disse Mabel, em reunião com os vereadores.
Até o julho, os vereadores precisam deliberar sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, a matéria é predecessora da LOA 2025. O documento deverá ser enviado na próxima segunda-feira, 15, e inclui o demonstrativo de riscos fiscais e providências, metas focadas em programas e ações prioritárias para o orçamento.
Outro ponto que gerou incômodos foi a discussão do vice da chapa. Até o momento, Mabel anuncia que o plano seria uma “mulher evangélica”, mas especificação não é interpretado por partidos que buscam articular seus vices com outras características como uma porta fechada.
Parlamentares defendem que ele deveria “segurar” a informações para discutir internamente. Durante a conversa, o vereador Sandes Júnior (MDB) sugeriu que a escolha do vice seja feita com base em uma pesquisa qualitativa.
(F.V.)