A parlamentar afirma que, ao contrário que disse a mestre da Faculdade de Direito Cláudia Helena, é conservadora e apoia Bolsonaro

A vereadora Gabriela Rodart, eleita pela Democracia Cristã em Goiânia, na eleição de 2020, foi criticada pela professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) Cláudia Helena. Na sua réplica, a parlamentar contesta a mestre e sustenta que decidiu processá-la judicialmente. Ela é peremptória: não aceita a prática de “rachadinha” no seu gabinete. Também ressalta que permanece conservadora e aliada do presidente Jair Bolsonaro. E frisa que a professora é “intratável”.

Gabriela Rodart, vereadora: processo contra professora da UFG | Foto: Divulgação

A professora Cláudia Helena, da UFG, diz que a sra. abandonou as pautas conservadoras e adotou “ações midiáticas que visam manter a imagem em alta nas redes sociais”. O que tem a dizer a respeito? Afinal, a sra. é ou não é uma política conservadora? A mestre disse: “Está claro que a Gabriela Rodart de conversadora não tem nada. Eu e muitos fomos ludibriados”.

Me colocar como uma vilã que abandonou as pautas conservadoras é uma afirmação tremendamente leviana, mentirosa e inconsequente. Entendo por conservadorismo precisamente aquilo que está colocado no pensamento do João Camilo de Oliveira Torres, ou seja, a continuidade dos bons valores do passado encaminhados para o futuro. Essa é a base do conservadorismo: A preservação da família, dos bons costumes, de tudo aquilo que há de bom e edificante numa sociedade, buscando preservar o que funciona bem e reformar e/ou corrigir o que há de errado. Isto é evidente em meus posicionamentos e conduta política, especialmente na defesa do direito à vida, a exemplo do PL 142/21, que coloca o Hospital e Maternidade Dona Iris como um centro de referência contra o aborto e a favor da vida desde o nascituro, como deve ser. Busco também atender a demanda das centenas de famílias que pedem uma regulamentação do ensino domiciliar, o homescholling, e para isso, protocolizei o PL 99/21 que busca atender essa solicitação dos pais e responsáveis que querem um reconhecimento legal da modalidade do ensino em casa.

Além disso, destaco a nossa campanha do Maio Laranja, que busca combater o abuso e exploração sexual infantil, inclusive solicitei que fosse incluída no calendário oficial do município o dia 18 de maio como o dia de combate a esta terrível prática, que nada mais é do que um verdadeiro assassinato à infância. Por outro lado, há também a minha forte defesa do exercício da fé, de modo que sempre me coloquei contra o impedimento da presença de fiéis nas igrejas e templos religiosos na pandemia, por entender que não cabe ao Estado tutelar a liberdade religiosa. Fora o nosso trabalho em relação aos problemas enfrentados pelos munícipes, as diversas solicitações de soluções para questões relacionadas à habitação, infraestrutura viária, irregularidades, entre outros. Tenho muito a apresentar para a população em poucos meses de mandato e sempre agindo em conformidade com os meus valores, a minha fé e buscando atender às expectativas depositadas em mim através dos 3476 votos que recebi na eleição passada.

Cláudia Helena: professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
“Não tem ‘rachadinha’ no meu gabinete”

A mestre da UFG afirma que a sra. “começou a conversa de cotizar um percentual do salário dos comissionados para as despesas do gabinete”. O que a sra. tem a esclarecer?

Essa afirmação é criminosa. Eu jamais iria expor os meus assessores a essa prática ilegal que todos conhecem como “rachadinha”. Isso não existe em meu gabinete e a sra. Cláudia Helena irá responder em juízo por conta desta calúnia proferida contra mim e todos os meus assessores. Essa prática jamais existiu em nosso gabinete. Todos os assessores recebem integralmente os seus salários sem quaisquer tipos de cotas para despesas.

“Jamais deixei de apoiar Jair Bolsonaro”

A sra. não apoia o governo do presidente Jair Bolsonaro?  Sra. não apoia a reeleição dele?

Eu apoio integralmente o governo do presidente Jair Bolsonaro. Jamais deixei de apoiá-lo em momento algum. Ele tem sido alvo das mais diversas calúnias, difamações e ataques brutais contra a sua honra e conduta em seu governo, que tem buscado com uma força hercúlea o nosso país naufragado após décadas de governos de esquerda. Eu não só apoio o seu governo, como também já me manifestei a favor da reeleição do presidente e já estou pronta para fazer campanha para ele. Em hipótese alguma eu irei mudar o meu posicionamento em relação ao presidente Jair Bolsonaro, que é um homem honrado, honesto e conservador.

Jair Bolsonaro, presidente da República | Foto: Reprodução
“Cláudia Helena humilhava minha equipe”

Qual era o relacionamento pessoal e político entre a sra. e a sra. Cláudia Helena?

Ela era uma voluntária na Frente Conservadora, dizia que era uma pessoa influente nos meios conservadores e que iria me eleger. Depois de eleita, se mostrou uma pessoa de difícil trato. Só aí tive tempo de saber que ela havia tido problemas por onde trabalhou: PUC, Padrão, Major Vitor Hugo e UFG. Mas achei que era uma pessoa de bom coração, católica pró-vida. Até que ela começou a humilhar minha equipe, um era chamado de burro, outro de fraude, outro de incompetente. Enfim, sobre essa sra. eu só falo através dos meus advogados. Ela terá que responder sobre suas calúnias, difamações, injúrias e extorsão. A juíza despachou a interpelação na sexta-feira, agora é com a justiça.

Procede que a sra. e Gustavo Gayer romperam as relações políticas?

Gayer é uma das melhores pessoas que já conheci, além de ser o maior representante do conservadorismo em Goiás e um dos maiores do Brasil. Enquanto eu estiver aqui, irei defendê-lo e apoiar sua carreira.