Quem são os puxadores de voto da (forte) chapa do PT à Assembleia Legislativa
25 setembro 2022 às 00h08
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Em 2018, a disputa para deputado estadual foi uma decepção para o PT de Goiás. O partido conseguiu eleger apenas dois nomes para a Assembleia Legislativa: a delegada Adriana Accorsi, reeleita, e o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide.
Foi o pior resultado eleitoral do partido para o Legislativo (incluindo aqui o Congresso) para desde 1998, quando, para a Assembleia, só conseguiu eleger Rubens Otoni, que depois seria sempre eleito deputado federal a partir de 2002.
Desta vez a chapa está desfalcada de Adriana, que, por outro lado, fortalece o PT na corrida à Câmara dos Deputados e é cotada, inclusive, como candidata a superar o pentacampeão em mandatos Rubens Otoni como o nome mais votado da sigla. Também está na disputa o professor Edward Madureira, muito bem votado em sua primeira tentativa, em 2014, quando ficou como primeiro suplente.
Para a Assembleia, o destaque, sem dúvida, é Antônio Gomide. A previsão é que o fator Lula, que deve impulsionar toda a chapa, o favoreça a ultrapassar os 40 mil votos (em 2018, ele obteve 33 mil). Será assim, o grande puxador de votos e deve ser reeleito com facilidade.
Sobrariam, então, três vagas. Oito nomes estão nessa briga pelas demais cadeiras:
Bia de Lima (PT) – maior líder sindical dos professores em Goiás, ela deve ter votos bem espalhados em todo o Estado e está à frente de uma categoria com tradição de militância e que funciona muito bem organicamente.
Fabrício Rosa (PT) – policial rodoviário antifascista, já provou que é “bom de voto” por um partido menor (o PSOL) e está se preparando para esta eleição há muito tempo. A causa LGBTQIA+ pode fazer diferença.
Isaura Lemos (PCdoB) – a comunista é a única puxadora de votos listada aqui fora do PT. Não dá para negar a competitividade de quem teve cinco mandatos consecutivos de deputada estadual, nas eleições de 1998 a 2014. Ligação com o movimento de moradia popular pode fazer a diferença.
Luis Cesar Bueno (PT) – vereador de Goiânia eleito duas vezes, depois mais quatro eleições para a Assembleia (de 2002 a 2014), concorreu ao Senado em 2018. O historiador é figura histórica do PT no Estado e tido como político sério.
Kátia Maria (PT) – presidente estadual do partido, a professora vem para a disputa com o background de ter sido a candidata ao governo quatro anos atrás. Visitou praticamente todos os municípios do Estado nos últimos anos e isso é um ponto importante.
Marina Sant’Anna (PT) – um dos quadros lendários do PT em Goiás. Já foi vereadora na capital e deputada federal entre 2011 e 2015. Seu retorno à cena mostra o revigoramento da base histórica do partido. Tem o apoio do ex-prefeito Pedro Wilson e de setores da Igreja Católica.
Mauro Rubem (PT) – depois de três mandatos como deputado estadual, o líder sindical da saúde em Goiás voltou à Câmara de Goiânia e é, sem nenhuma dúvida, o vereador mais combativo. Além do SindSaúde, tem forte mobilização também entre professores de todos os níveis.
Valério Luiz (PT) – sua corajosa e incansável luta por justiça contra os acusados de executar seu pai, o radialista Valério Luiz, em 2012, mostra que o advogado está preparado para todos os embates, se ganhar cadeira na Assembleia. Tem o apoio do senador Jorge Kajuru (Podemos).