Vanderlan articula frente para disputar com Iris Rezende
26 janeiro 2020 às 00h01
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Senador se entusiasma com a possibilidade de se candidatar novamente à Prefeitura de Goiânia e conversa com lideranças para formatar um grupo unido
O senador Vanderlan Cardoso (Progressistas) animou-se definitivamente com a possibilidade de disputar pela segunda vez a Prefeitura de Goiânia, repetindo o confronto de 2016, quando perdeu o segundo turno para o prefeito Iris Rezende (MDB). Na última semana, reuniu-se com várias lideranças políticas, inclusive com outro pré-candidato, o deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania). Também esteve com o ex-deputado Simeyzon Silveira, que hoje ocupa uma diretoria na Assembleia Legislativa, entre outros políticos.
A ideia é articular uma grande frente para enfrentar Iris com chance real de vitória. A avaliação é que abriu-se uma janela de oportunidade que não pode ser perdida. O nome mais forte para liderar esse grupo é o do próprio Vanderlan, mas, em último caso, o candidato pode ser outro.
Pessoas do entorno de Vanderlan acreditam que é mais viável uma candidatura já, em 2020, que aguardar 2022, como era o projeto inicial do senador. A avaliação é que o governador Ronaldo Caiado (DEM) começa a acertar a máquina, especialmente porque tem conseguido contornar as dificuldades financeiras, e poderá, em breve, começar a mostrar resultados mais visíveis ao eleitorado. Assim, o democrata chegaria muito forte para a reeleição.
No caso de Iris, o grupo não o subestima, ao contrário. Mas vê uma grande possibilidade de levar Vanderlan ao segundo turno novamente. Assim, teria chance de vencer, especialmente se o pacote de obras do emedebista na capital não der o resultado eleitoral esperado.
Sondagens dos institutos de pesquisa mostram que o goianiense aprova o prefeito, mas pode optar por outro gestor mais jovem e moderno. O sentimento é que Iris cumpriu o seu papel, mas a mudança só valeria a pena caso o substituto juntasse as virtudes de Iris como gestor e tocador de obras a uma mentalidade conectada com a era das transformações digitais. Vanderlan acredita que preenche esses requisitos.
A decisão pela candidatura é uma empreitada de risco moderado para o progressista. Ele cumpriu apenas um dos oito anos de mandato que o eleitor lhe concedeu em 2018. O copo meio cheio é que não precisa abrir mão do Senado para disputar a eleição para prefeito. Caso não seja eleito, pode retornar ao cargo normalmente. Mas ainda há arestas a serem aparadas. O deputado Rafael Gouveia já manifestou o interesse de ser ele o candidato dos Progressistas. Francisco Júnior, do PSD, é outro pré-candidato muito próximo de Vanderlan.
Vale lembrar que, em 2018, um terço dos votos de Vanderlan para o Senado, 522 mil de 1,7 milhão, foi em Goiânia. O fato é que o senador e seus aliados mais próximos estão vendo o cavalo passar arriado diante dele – e não querem perder essa oportunidade.