Teófilo é apontado como favorito em Inhumas, mas pode deixar disputa pra João Antônio e Cosmed

03 novembro 2019 às 00h01

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O deputado-delegado saiu na frente. Mas o prefeito João Antônio está bem posicionado. Wilder Morais banca Edivaldo da Cosmed

A disputa pela Prefeitura de Inhumas, cidade nas proximidades de Goiânia, será das mais renhidas de sua história. O prefeito (e médico) João Antônio Ferreira, do PSD, faz uma gestão que tem aprovação e é considerado decente.
A vitória de João Antônio parecia tranquila. Mas, se o deputado estadual e delegado de polícia Humberto Teófilo (PSL) desistir da Assembleia Legislativa — consta que está apaixonado pela carreira de parlamentar — e optar pela disputa, o quadro muda. Ele passa a liderar.
Por que Humberto Teófilo lidera em Inhumas? Dois políticos e um jornalista experimentados apresentam a seguinte explicação: o deputado, quando delegado da Polícia Civil, começou a prender figurões da política local — envolvidos em falcatruas — e acabou transferido, como “perseguição”, pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Resultado: a população, condoída do delegado, começou a estimá-lo ainda mais. Na eleição para deputado, teve uma votação excepcional em Inhumas: 9.340 votos, ou seja, 34,06%. Agora, para prefeito, está liderando com relativa folga — com João Antônio em segundo lugar.
Outra surpresa eleitoral pode ser o empresário Edivaldo da Cosmed. Filiado ao Pros, ele é o candidato do ex-senador Wilder Morais (os dois seriam sócios em alguns negócios). À sua campanha não faltará estrutura. Só vai precisar mesmo de votos.
Edivaldo da Cosmed foi vice-prefeito na gestão do prefeito Dioji Ikeda (DEM).
Dioji Ikeda também pode ser candidato. Mas estaria cometendo o equívoco de sugerir que só disputa se o governador Ronaldo Caiado “pedir” ou “exigir”. O que provavelmente não acontecerá. Por dois motivos. Primeiro, aos menos dois pré-candidatos, Humberto Teófilo e Edivaldo da Cosmed, são pró-Caiado. Segundo, João Antônio estaria se aproximando do governo.
O ex-deputado federal Roberto Balestra também é cotado para a disputa. Ele diz que a aliados que não será candidato. Mas, se for o nome de consenso do governo, pode ser que dispute.