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Com a ida de Mauro Rubem para a Assembleia Legislativa, a presidente do PT em Goiás e então primeira suplente do partido na Câmara de Goiânia, Kátia Maria, assumiu a vaga, no início de fevereiro.

Não é missão fácil substituir um parlamentar experiente e combativo como Mauro, mas, em menos de quatro meses, Kátia já vem mostrando um trabalho relevante – algo que falta a colegas com mais tempo na legislatura, ou até mesmo com uma série de mandatos.

Isso se dá porque, assim como ocorreu com seu antecessor, ela tem uma consciência “macro” do papel de vereadora. Dessa forma, encaixa projetos pensando na cidade como um todo, dentro de bandeiras tradicionais do partido.

Com pouco tempo de mandato, Kátia já tem estabelecido boas parcerias com a mesa diretora da Casa e encaixou dois projetos de grande alcance. Um é na área de cultura, buscando a revitalização do Centro e também beneficiar as regiões da periferia. O outro tem a ver com a sustentabilidade e deveria ser encampado até mesmo pelo governo estadual: trata-se da proteção ao Rio Meia Ponte, algo que vai bem além das divisas de Goiânia.

Embora seja “caloura” na função, não surpreende seu poder de articulação: a vereadora é a principal dirigente do PT em Goiás e, como sempre ressalta, já caminhou por todos os 246 municípios do Estado. Conversar, portanto, não é problema para ela. E quem sabe conversar também sabe convencer.

Nesse mesmo sentido, Kátia tem viistado unidades públicas de saúde, educação e outras nas mais diferentes regiões da capital, em um trabalho que vai bem além do “vereador de bairro”. Eleitoralmente é interessante, mas, bem além disso, é o que se espera de alguém que exerce um mandato público que abrange toda a cidade.

A seguir nesse rumo, o PT pode estar construindo uma nova liderança forte para a capital, não para a próxima sucessão – com Adriana Accorsi abrindo mão da candidatura, Edward Madureira segue favorito, com o nome de Mauro Rubem também colocado –, mas com vistas a mais adiante. De quebra, mostra que a única cadeira do partido continua, como era com Mauro, mais “influente” do que as de outras bancadas.

Enquanto isso, a mesma Câmara, na semana passada, foi cenário de outro bate-boca entre vereadores que quase chegaram às vias de fato, por conta de questões menores. É preciso que homens públicos tenham noção real do papel que desempenham.