Dilma Rousseff e Joaquim Levy queriam mudanças mais duras. Oposição diz que o PT “traiu” os trabalhadores

PT de Dilma e Lula aprova mudanças contra trabalhadores | Foto: Reprodução

Sob a batuta do ministro da Fazenda, Joaquim Levy — apontado como primeiro-ministro de fato —, o governo da presidente Dilma Rousseff, do PT, tenta aprovar ajuste fiscal para economizar cerca de 18 bilhões de reais. Mas não vai conseguir inteiramente, dada a reação do Congresso Nacional. Mas na quarta-feira, 6, o texto principal do primeiro item do pacote fiscal foi aprovado a duras penas — a medida provisória 665 —, depois de o PMDB enquadrar o PT e exigir que este partido votasse em peso com o governo. A Câmara dos Deputados aprovou o aumento do tempo de trabalho para que o trabalhador possa requerer pela primeira vez o seguro-desemprego. Passa de seis para 12 meses. A presidente Dilma Rousseff e o ministro-chefe, Joaquim Levy, queriam 18 meses, porém, sob pressão, recuaram (mais Dilma Rousseff do que o implacável ministro).

Aprovado o projeto, que “penaliza” os trabalhadores, a oposição cantou, com petistas incomodados: “O PT pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. Emendas que devem ser votadas na quinta-feira, 7, podem modificar detalhes do projeto. O PDT, ao contrário do PT, não quis votar “contra” os trabalhadores e chegou a falar em colocar os cargos federais à disposição (nenhum político acredita nisto).

O governo está jogando pesado para aprovar o pacote fiscal. Tanto que decidiu fazer novas nomeações, notadamente de integrantes do PP.