O candidato do PSD a prefeito de Goiânia, senador Vanderlan Cardoso, é forte — até fortíssimo. Nas pesquisas realmente sérias, ele aparece em segundo lugar, atrás da candidata do PT, deputada federal Adriana Accorsi. Porém, considerada a margem de erro dos levantamentos, na faixa de 3%, os dois parlamentares estão tecnicamente empatados.

Mesmo isolado, sem aliados sólidos, Vanderlan Cardoso está bem-posicionado. Há, porém, duas ressalvas.

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Teto de 20%: obstáculo grave

Primeiro, mesmo se apresentando como candidato a prefeito desde 2020 — e até antes —, Vanderlan Cardoso não chega a 25% das intenções de voto. O que parece revelar um teto quiçá instransponível. Como se sabe, em política, quem não cresce acabar sendo ultrapassado. O senador corre o risco de, entre o fim de agosto e o início de setembro, ser superado pelo candidato do União Brasil, o ex-deputado federal e empresário Sandro Mabel.

Vanderlan Cardoso: candidato a prefeito de Goiânia pelo PSD | Foto: Leoiran/Jornal Opção

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Silas Malafaia: uma pedra no caminho

Segundo, a fala de Silas Malafaia contra Vanderlan Cardoso pode ser destrutiva.

Pastor da Assembleia de Deus — a mesma frequentada por Vanderlan Cardoso —, Silas Malafaia atacou o senador num vídeo explosivo. Chamou-o de mentiroso e de ser aliado do PT e do presidente Lula da Silva.

Apesar dos excessos verbais, o pastor Silas Malafaia tem razão num ponto: o senador realmente apoia o presidente Lula da Silva e ganhou cargos para seus aliados no governo federal, como Abelardo Vaz, seu mais fiel escudeiro (em Inhumas, é conhecido como o “Sancho” de Vanderlan).

Os eleitores evangélicos tendem a ficar impactados pela fala de Silas Malafaia e, desconfiados de Vanderlan Cardoso, podem votar em outros candidatos — como Fred Rodrigues, do PL, ou Sandro Mabel. (E.F.B.)