Senadora Lúcia Vânia:  “Qualquer mudança fora do que está ai é perigosa” / Foto: Fernando Leite
Para a senadora Lúcia Vânia, não apenas os analistas políticos estão de olho nos acordos políticos. “A população esá de olho”/ Foto: Fernando Leite

Convidada pelo governador Marconi Perillo (PSDB) para coordenar a parte política de sua campanha à reeleição, a senadora Lúcia Vânia (PSDB) diz que ainda, até a sexta-feira, 12, ainda não havia reunido com o restante do colegiado que fará parte do “conselho político da campanha” tucana. Ela se refere ao deputado Helder Valin, ao senador Cyro Miranda, ao presidente da AGM, Cleudes Baré, ao ex-prefeito de Goiânia Nion Albernaz e ao peemedebista Frederico Jayme.

Porém, embora ainda não possa falar em nome do conselho político de Marconi, a senadora não se omitiu a expressar suas opiniões sobre a atual situação da política goiana. Como conhecedora das campanhas anteriores, Lúcia acredita que este ano não será muito diferente das eleições anteriores, visto que o comprometimento demonstrado por Marconi é o mesmo. “O governador é dinâmico e é ele quem dá o tom da campanha. Podemos dizer que esse é o ponto que mais o distingue dos demais candidatos. É ágil e estimula a militância”, analisa.

Sobre as alianças que se formaram neste ano e que tem causado estranhamento aos analistas políticos goianos, Lúcia acredita que isso é fruto da necessidade de uma reforma política, pois não apenas em Goiás ocorreu a formação de alianças inusitadas. “O eleitor tem visto que alianças inusitadas surgiram por todo o país. Então, acredito que isso não deverá pesar na hora do voto. Porém, isso é fruto da necessidade de mudanças. Hoje, grande parte dos partidos não tem identidade com projetos, nem com a população. Por isso, surgem alianças assim. Pois elas são feitas visando o interesse pessoal dos políticos”.

A senadora faz menção, especialmente, à aliança formada entre Iris Rezende (PMDB), Ronaldo Caiado (DEM) e Armando Vergílio (SD). Ela vê um quadro em que Caiado e Vergílio fecharam apoio à candidatura de Iris, mas não conseguiram unir seus partidos em torno do propósito. “O Caiado vai, mas não leva o partido, pois o DEM tem história em Goiás e membros antigos, como [o deputado estadual] Hélio de Sousa, não comungam com alianças estranhas”, afirma.

Agora, por que Caiado precisou fechar aliança com Iris? Para Lúcia, a resposta é simples: “Os eleitores do Caiado, que representa um segmento importante no Estado, os ruralistas, quase exigem que ele se candidate. Por isso, ele precisa buscar espaço onde há.” E Vergílio? “O partido é ele”.