Secretários dizem que o VLT de Goiânia foi para o saco, quer dizer, não vai mais sair do papel
25 abril 2015 às 12h23
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Na semana passada, dois secretários do governo de Goiás disseram, numa linguagem coloquial, que “o VLT foi para o ‘saco’”. Perguntados sobre o significado da expressão, riram e disseram (suas palavras estão sintetizadas): “Significa que o VLT não vai sair do papel”. Por qual motivo? “O governador Marconi Perillo tem uma capacidade enorme de empreender e, ao mesmo tempo, de surpreender, arrancando leite de pedra. Mas o fato é que não há dinheiro para a construção do Veículo Leve Sobre Trilhos”, sublinhou um secretário, apontado como “top”.
O governo do Estado não tem condições de bancar financeiramente a construção do VLT — uma obra caríssima. A alternativa seria conquistar recursos federais. Porém, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem dito, com todas as letras, que o governo federal não vai bancar obras como VLTs, que avalia que, apesar de importantes, não são fundamentais. Qual a saída? Melhorar o “BRT” do Eixo Anhanguera.
Especialistas dizem que o serviço da Metrobus no Eixo Anhanguera é de qualidade. O que se precisa melhorar são os terminais e os pontos de ônibus. A rede foi ampliada, chegando a cidades do Entorno de Brasília, mas a estrutura é inadequada.