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Se Iris Rezende e Armando Vergílio firmaram mesmo um acordo, não se sabe. Mas a questão tem sentido e combina com o perfil de ambos

O que circula pelos corredores do QG peemedebista é que os candidatos ao governo na chapa Amor por Goiás tem um acordo. O cabeça da chapa, Iris Rezende (PMDB), parece ter prometido ao seu vice, Armando Vergílio (SD), que, se vencerem a eleição deste ano, deixará o governo no último ano de mandato. Sendo governador, mesmo que por um ano apenas, Vergílio se cacifaria como o candidato natural nas eleições ao governo de 2018. Mas por que Iris iria querer deixar o governo, caso vença, no último ano? A resposta é simples: para disputar uma cadeira na Câmara Federal. Isso mesmo.

Acontece que a única posição pública nunca ocupada por Iris é justamente a de deputado federal. O peemedebista foi: vereador, aliás, começou sua carreira política nessa posição; prefeito de Goiânia em três oportunidades; deputado estadual; governador duas vezes; senador; e ministro [da Agricultura, no governo de José Sarney (PMDB), e da Justiça, no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso].

A intenção de Iris, segundo dizem os peemedebistas, é se aposentar após completar o mandato na Câmara. Assim, encerrará sua carreira política com currículo completo, faltando apenas ter ocupado a presidência da República — algo que a essa altura já deixou de ser parte dos planos. E pelo que consta, ninguém torce mais do que Vergílio para que isso ocorra. Isto é, que sua chapa vença este ano e que Iris cumpra a promessa de deixar o governo em 2018.

E a torcida se justifica. É certo que Vergílio conquistou, ao lado de Iris, algo que pouco provavelmente conseguiria na base do governador Marconi Perillo (PSDB): um lugar ao sol. Acontece que a base tem muitos nomes que, inclusive, quase se atritaram seriamente quando da definição do vice. O leitor atento há de se lembrar de Jovair Arantes (PTB) tentando alçar à vaga do vice José Eliton (PP). Assim, se uma oportunidade aparecer, tenha certeza leitor: Vergílio aproveitará.