A falta de energia elétrica é o maior problema de infraestrutura de Goiás. Nos anos 1990, o então governador Maguito Vilela foi, supostamente, forçado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso a vender a Usina de Cachoeira Dourada. FHC conseguiu na marra fazer o desmonte do setor elétrico. Depois, um aliado de FHC no PSDB, Marconi Perillo, vendeu a Celg. A usina e a companhia foram para a italiana Enel, recentemente negociada com a Equatorial, que opera em outros Estados. “Foi na venda para a Enel que deu tudo errado”, diz o advogado Luciano Lima, que se candidatou a deputado estadual para “lutar em favor das vítimas da falta de energia”. Alexandre Baldy, candidato a senador, e o governador Ronaldo Caiado, que tenta a reeleição, estão atentos também à nova companhia: “Se não prestar, vai ter de cair fora”, diz Baldy.

Luciano Lima, atuante no Sudoeste goiano, diz que se lembra de acompanhar Ronaldo Caiado e Alexandre Baldy pela região nos últimos anos e eles “baterem firme na Enel por causa dos apagões que espalham sofrimento na cidade e no campo”. A crítica deu certo: a Enel preferiu se retirar.

Na opinião de Luciano Lima, “o povo goiano vai retribuir ao governador com a reeleição e ao Baldy com o mandato no Senado e um dos motivos é tomarem as dores do produtor rural que fica dias e dias sem energia, do comerciante que perde negócios, de todos que queimam eletrônicos, geladeira e tudo da casa e do escritório”.

Ronaldo Caiado está certo, concorda Luciano Lima, “[a concessão] tem que trocar de mão e se a nova empresa for ruim, a gente vai pra cima dela também, aí já estaremos mais fortes, eu na Assembleia Legislativa, o Baldy no Senado e o Caiado no segundo mandato”.