Niquelândia passou por maus bocados após o fechamento das usinas de níquel, mas sobreviveu às mineradoras. Perdeu população, passando de maior cidade do Norte de Goiás para 3ª, pois Porangatu é a 1ª e Uruaçu, a 2ª, com Minaçu em 4º. Perdeu renda. Perdeu muito. Porém, está de pé, tão de pé que o que não falta é interessado em substituir o médico Fernando Carneiro na prefeitura. Um deles é Ronan Batista, presidente da Associação Goiana de Ex-Prefeitos.

Ronan é casado com a ex-deputada estadual Gracilene Batista, atualmente advogada na região. A intenção do ex-mandatário “é que Niquelândia seja novamente campeã de obras”. Segundo ele, aplicou mais de R$ 200 milhões em construções no município. Outro foco é o turismo. “O lugar mais bonito do mundo tem que ser visitado por todo mundo”, diz Ronan.

A deputada federal Magda Mofatto (PRD), que o apoia, vai mobilizar a Comissão de Turismo da Câmara com os projetos de Ronan. De acordo com ele, “o JK do Norte está de volta”, referindo-se ao apelido que ganhou durante seus mandatos. As duas letras viraram ícones por representarem Juscelino Kubitschek, que foi senador por Goiás e em seu mandato de presidente construiu Brasília, de onde Ronan quer levar turistas para Niquelândia: “São só 250 quilômetros pela BR 414”, convida o ex-prefeito.

Além de Ronan Batista, são pré-candidatos em Niquelândia o também ex-prefeito Luiz Teixeira; Ozéas Boiadeiro, apoiado no PL pelo senador Wilder Morais; o advogado Sandro Bernardes, secretário do atual prefeito, e a empresária Fernanda Melo. Ronan é fiel ao ex-governador Marconi Perillo e apoiou Lula da Silva para presidente, daí esperar verbas do governo federal no caso de eventual vitória.