Os especialistas em pesquisas, inclusive os que estão prestando serviços à oposição em Goiás, sabem que reta final de campanha com o líder em alta significa que o boi dos concorrentes já foi com as cordas. Ronaldo Caiado lidera as pesquisas para governador desde 2015, quando tomou posse no Senado. E, sete anos depois, continua subindo, ao contrário de alguns colegas.

ACM Neto: o grande favorito começou a cair | Foto: Divulgação

Em Pernambuco (Marília Arraes caiu 5 pontos no Ipec), na Bahia (ACM Neto permanece favorito, mas a frente caiu e o candidato do PT está se aproximando) e no Distrito Federal (Ibaneis Rocha caiu 6 pontos no Ipec), para citar apenas três de muitos exemplos, os favoritos estão perdendo terreno. Podem até ganhar, mas não com a facilidade prenunciada havia algumas semanas. O Ceará, o candidato do PT conseguiu uma virada histórica.

Segundo todos os institutos com alguma reputação boa, Caiado será reeleito em primeiro turno e com mais votos que os já inacreditáveis 60% de 2018.

Ibaneis Rocha: caiu pouco mas caiu | Foto: Divulgação

O feito é inédito.

Marconi Perillo foi reeleito na primeira votação em 2002, mas havia precisado de segundo turno no mandato inicial e na reeleição passou raspando, com 52%.

A se manter como vai, o triunfo caiadista será muito maior:

+ sem apoio federal (venceu o candidato do MDB, partido do então presidente da República), nem estadual (ganhou do governador que era candidato à reeleição), nem municipal (apenas 14 dos 246 prefeitos o apoiavam);

+ eleito em primeiro turno, reeleito em primeiro turno, só lhe faltará fazer o sucessor também em primeiro turno. Não é à toa que já falam em sua candidatura para presidente da República em 2026. Tancredo Neves dizia que o político, além de votos, precisa ter sorte. É o caso de Ronaldo Caiado — quem tem votos, credibilidade e, sim, sorte.

Mas isso é conversa para 2026 e terá de combinar com os russos. Ou com os ucranianos.